segunda-feira, 30 de abril de 2007

TETÉIA DA SEMANA

D'arcy Wretzky
Baixista da fase áurea do Smashing Pumpkins, gravou todos os cds lançados pela banda, saindo somente antes da última turnê, em 2000. Mereceria uma medalha de honra ao mérito do governo americano, por ter aguentado o mala mor Billy Corgan por 9 anos. Depois de ser pega com crack, também no ano 2000, recolheu-se em alguma fazenda no meio do nada no estado de Michigan, onde nasceu, e sumiu. Isso sim é Rock'n Roll. Ah, importante: não participará da volta do Smashing Pumpkins, no meio do ano. Corgan, vai ser burro assim lá em Chicago.

domingo, 29 de abril de 2007

Eu odeio a facul

Eu sou o Adão blogueiro. Fiquei desempregado, e o desemprego, suspeito que seja um estado muito próximo àquele em que vivia o homem lá, no Éden, antes da queda. Em vez de jardinar como o Adão bíblico, eu leio livros – na verdade, só folheio um monte deles; eu assisto a videoclipes no YouTube e a episódios da 4ª temporada do Seinfeld, emprestada do Camarada Progressista; eu acesso o Orkut. Mas o principal, a minha tarefa e ocupação básica: eu posto.

Postar é a grande incumbência de um Adão que seja blogueiro, é óbvio. Se eu posto, não sou tentado. Fico com a cabeça ocupada, não dou brecha pra nenhum maluco vir e me oferecer o fruto do conhecimento do bem e do mal. No caso, o fruto do conhecimento do bem e do mal da apreciação artística. Isto é bom, aquilo não. Eu prefiro ficar na minha. Quero só curtir as minhas coisas de filisteu. Não quero referências críticas alheias. Quero viver no meio do mato da opinião.
Por isso é que eu odeio a Academia. Tenho de ir lá e me fazer passar por um iniciado. Até fazer prova, eu faço. Claro que não estudo. Por sinal, é das coisas mais engraçadas do mundo a hora da prova. Eu sento, pensando como não tenho a mínima idéia do que vem pela frente, enquanto o pessoal em volta está totalmente maluco, consultando alucinadamente anotações de aula e textos burocraticamente sublinhados. Aí, tenho de admitir que eu sou um picareta.

Só que você vai assistir a uma sessão de Hiroshima, mon amour ou de O raio verde, acompanhado de uma dúzia desses consumidores compulsivos do fruto do conhecimento do bem e do mal nas artes e aí vê os infelizes rindo de coisas das quais não deveriam estar rindo, se eles tivessem dado só mais uma mordidela no fruto. E, terminada a sessão, eles saem comentando que achavam que o raio verde ia cobrir a tela toda, tipo Independence Day, e não que nem foi: só um fiozinho de nada, que nem deu pra ver direito. Mas, de volta ao regime acadêmico, eles dizem que Rohmer é um artista pós-moderno e o escambau.

O que é um acadêmico? Um funcionário público do gerenciamento técnico e logístico otimizado do saber estabelecido e recursos afins.

Acadêmicos e filhotes de acadêmicos, aprendam com Sócrates, que era um filisteu e hoje é o pensador arquetípico. Ele, por não sacar nada de “arte de verdade”, “arte de qualidade” e “bons livros”, metia o pau em quem sacava e, não bastasse isso, inventou o método filistino por excelência, que parte do princípio de que ninguém ali sabia mesmo do que estava falando.

sábado, 28 de abril de 2007

Jack White, ou: A Maior Farsa Americana


Existem artistas na música pop que adoram atirar para todos os lados, a chamada "versatilidade musical". Não contentes com os seus trabalhos nas suas bandas principais, eles se embrenham em projetos paralelos que possam alimentar as suas almas ávidas por intercãmbios com estilos, gêneros e propostas diferentes, na esperança de poderem evoluir como instrumentistas e compositores. Gente como o Damon Albarn, Dave Grohl, John Frusciante, Elvis Costello, os dois primeiros por não terem lá muita confiança no taco das suas bandas principais, muito por culpa deles próprios, o terceiro por querer recuperar o tempo que perdeu se drogando na década de noventa inteira até ser resgatado no limbo pelos Chili Peppers, e o quarto, por ser realmente talentoso, se aventurou até na música clássica, com dignidade. Todos esses citados possuem, em maior (no caso de Costello) ou menor escala, capacidade o suficiente para não passarem ridículo nas suas empreitadas, e nem sempre contam com a proteção dos críticos.

Mas nenhum deles conta com um respeito tão grande por parte da crítica musical quanto um certo músico de Detroit, venerado e requisitado guitarrista e produtor, e membro de duas bandas importantes no cenário musical: um tal de Jack White. Líder do White Stripes, duo que mantém junto da ex-mulher e raimunda (feia de cara mas fica muito bem com shortinhos apertados) Meg White, a qual ele dizia ser sua irmã no começo da banda, numa tosca e imbecil jogada de marketing. E a outra banda, bem mais nova (o Stripes existe desde meio da década de noventa e já tem 5 discos na bagagem), com os Raconteurs, banda que criou com 3 expoentes da música alternativa yankee.

O White Stripes vai lançar disco novo nesse ano e sair em turnê. Até aí, tudo bem, faz 3 anos que a banda não lança nada. Mas aí, vem a notícia de que, ao mesmo tempo que se prepara para a turnê, o Jack White já gravou 12 músicas com os Raconteurs, para lançar um disco no ano que vem. Isso é o que eu chamo de fogo no rabo. Nem bem gravou disco novo com uma banda, já grava com a outra, aí sai em turnê com uma, ai acaba a turnê e seguidamente, lança disco com a outra e sai de novo em turnê. Aí fica fácil ver porque, em todos esses duzentos discos com os Stripes e no que fez com o Racouters, só tenha sáido porcaria.

O Raconteurs é impressionante, todas as revistas e sites de música elegendo Steady As She Goes com uma das melhores do ano, uma musiquinha tosca, com uma letra vergonhosa e uma guitarrinha distorcida no refrão que enganou meio mundo. Porcaria. Como todo o resto do disco, popzinho safado sem qualquer diferencial, a não ser a voz desagradável de White e as suas firulas guitarrísticas inúteis (depois falam que o Slash é farofa). Já a obra que pariu com os Stripes (ele tocando guitarra e a Meg White maltratando a bateria), cinco discos que se voce juntar, não dão um. Rocks safados alternando tentativas de imitar o estilo esporrento dos Stooges, ou tentativas de imitar os riffs do Jimmy Page, ou tentativas de imitar o alt-country dos Joshs Rouses da vida. Jimmy Page, Stooges e Josh Rouse, tudo a ver. Só podia sair merda mesmo. E com uma baterista que faz qualquer um ter esperança de tocar, afinal se ela pode, até um cachorro aprenderia também, fica tudo mais difícil. E sem baixo, o que alguns críticos tonhos acham a maior inovação musical da história da humanidade, mas que, como efeito prático, somente ajuda a tirar das músicas qualquer tipo de senso rítmico. No ultimo disco, ele até tentou diversificar o som, tocando marumbas, escaletas e chocalhos, e fazendo várias músicas somente no piano. É o que faltava mesmo, quando se apela para o Elton John, é porque a coisa tá feia. Outra porcaria inominável. Quinze anos de carreira, e não saiu ainda uma música que preste. UMA. Seven Nation Army? A música favorita de comerciais de bancos? Não, obrigado. Mas sempre vai ter um crítico babando em cima desse enganador. Ponto para a Reneé Zelwegger, que deu um belo pé na bunda nele. É que não se pode conseguir enganar todo mundo 24 horas por dia. Uma hora, alguém ia perceber.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

A maior banda holandesa do mundo (The world's greatest Dutch indie-rock band)

Dando prosseguimento à série "Eu, Camarada Fundamentalista".

A arte em geral é só uma desculpa pros marmanjos prolongarem indefinidamente a adolescência. Representa tudo em nós que é egocentrado e sentimental até a obtusidade e, se der, pra depois dela, pro genial, quem sabe. Nietzsche, Dostoievski, Kafka, Joyce, Guimarães Rosa, tudo uns moleques. Por isso, a adolescência preexistiu à forma como a entendemos hoje, e portanto Nietzsche e cia. podem ser colocados no mesmo saco, dos que adiavam o fim dela.

Imagina uma banda, então. É meio que assumir de vez que você não quer crescer, e o pop é a Terra do Nunca. Há mesmo casos extremos, que desembocam na caricatura: vide Hateen.

É tão verdade, que Los Hermanos acabaram. Queriam virar artistas sérios (acredita-se que isso exista), desistiram dos refrões, caíram na MPB e ficaram chatos. Fim da adolescência, fim da banda. Tinham que amadurecer musicalmente... Quando o sujeito, querendo posar de músico, se esquece do elemento adolescente-trouxa, está descuidando do principal. Banda não é pra isso.

Existem algumas bandas de longa data que, supostamente, contrariariam a tese - U2 e Rolling Stones, por exemplo: ou seja, os maiores mercenários do meio. Faz tempo que abandonaram o tipo adolescente, evitando o ridículo. Só que não foi em nome do "amadurecimento", mas pra encher o bolso de grana, essa é que é a verdade.

Estou falando isso tudo, pra chegar naquilo que eu acredito ser a vontade de todo o mundo quando senta pra ouvir música ou assistir à droga de um filme: ser filisteu em paz. Minha, tão logo diagnosticada, prontamente confessa preferência por baladas se explica por uma recalcada sentimentalidade justamente do tipo adolescente-trouxa, responsável por súbitos e constantes acessos de vislumbramento.

Vem daí meu gosto por indie rock. Em especial, Bettie Serveert, banda holandesa, mas de expressão inglesa, com vocal feminino, desconhecida até pelos meus amigos chatos que manjam de música. Seu primeiro álbum, Palomine (1992), houve quem o considerasse o London Calling do college rock. Como o meu filisteísmo é radical e ilimitado, eu nunca ouvi London Calling, e não estou nem aí pra isso, porque não manjo mesmo nada de música. Parece, de todo modo, que eles não convenceram muito aqueles entusiastas, com os trabalhos posteriores. Tanto melhor. Ficaram sendo só uma banda holandesa de indie rock, seja lá o que isso signifique.

E eu adoro esses caras. Não tem música ruim, todas agradam ao meu adolescente trouxa interior. ("Kid's alright", aliás, não podia ter uma letra mais emblemática.) Em Palomine, os arranjos eram mais crus, uma banda de guitarra. Canções maravilhosas. Fazem as lágrimas rolarem, de nostalgia dos anos 90. Nesse último álbum, Bare Stripped Naked (2006), o oitavo da banda, como prenuncia o nome, acústico, para o meu deleite. "Hell = Other People" é a minha favorita e o hit do disco.

Ah, é: traduzindo-se o nome da banda do holandês para o português, é literalmente "Bettie serve", nome de um programa de televisão, apresentado por Bettie Stöve, tenista holandesa que perdeu em Wimbledon, na final de 1977.

Em resumo, lá, na Holanda, onde as pessoas vivem entre moinhos, diques e vaquinhas malhadas, e usam tamancos de madeira, e, por isso mesmo, o consumo de entorpecentes é legalizado e a prostituição é regulamentada, eu, sendo fundamentalista, nunca pisaria, não fosse o Bettie Serveert.

Aproveite o dia do trabalho sem muito trabalho

Quando as coisas não estão dando certo, o que vc deve fazer? Eu penso da seguinte forma: pegue suas coisas e vá embora. Não estou falando pro pessoal fugir de casa, mas sim se puderem viajar para um lugar onde seus problemas estiverem mais distantes, façam. Primeiro, dê um tempo no trabalho e aproveite o feriado( já fiz), faça suas malas de acordo com o local do seu destino( em andamento) e o mais importante: ache um jeito de ir a custos módicos( por exemplo 65 reais) .
Resolvido, agora resta-nos preparar para curtir. Se diverta como puder e não pense nas coisas que deixou pra trás, não perca tempo com isso. Deixe que a viagem, isso pode parecer ridículo, faça vc ver seus problemas de outra forma; quando viajamos colocamos nossa vida na estrada e podemos analisar tudo que constituímos dali até coisas que aconteceram há muito tempo. A viagem acaba sendo mais pra dentro de si mesmo do que percorrer horas de ônibus. quando você voltar os problemas estarão lá, e você gritará: "Revanche!"

Spider-Man 3: one week to go


-Pô, Topher, dá um espaço ae, jão!
-Cê é chorão, hein, Tobey? Fica esperto truta, no próximo eu vo tá com essa fantasia sua, seu pervo!
Os geeks do mundo todo estão em polvorosa. Dia 4 de maio, estréia mundialmente o filme do nerd mais famoso da história da cultura Pop. Sim, ele, aquele que não bate e só apanha, melhor amigo da vizinhança, o Homem Aranha! Todo esse alvoroço é justificado pelas bilheterias astronômicas dos dois primeiros filmes, amados também pela crítica, dito como melhores filmes de quadrinhos já feitos (Sin City é revista filmada com a Rosario Dawson semi-nua). Mas alguns fatos provocam preocupação nos fãs do herói aracnídeo.

O filme terá 3 vilões. Sim, pelo jeito a polícia de Nova Iorque anda preocupada demais pegando pichadores e mijadores públicos. Serão eles, o Homem -Areia, o Novo Duende e o Venom, que provocava arrombos de amor e ódio nos fãs dos quadrinhos. Além dos 3 vilões, teremos a participação ativa da Gwen Stacy, personagem importante nos quadrinhos e que tinha sido relegada nos 2 filmes anteriores. Tendo esse panorama, podemos lembrar de um outro filme de super-heróis, que também tinha 3 vilões, que teve a primeira aparição de uma personagem relegada nos outros filmes. Estou falando de um filme que toda Hollywood evita sequer pronunciar o nome, evitam falar como se fosse macumba, como se fosse a peste negra, mas que nós, destemidos blogueiros, não temos medo de lembrar: BATMAN E ROBIN. Sim. Esse é o principal motivo de temor dos fãs. Lógico que os Batmans anteriores eram muito inferiores aos primeiros filmes do Aranha, mas é um risco alto demais enfiar diversos personagens numa franquia que sempre prezou a sombriedade e o desenvolvimento de histórias mais plausíveis que a média do mainstream. Poderia ter um risco altíssimo de se repetir o verdadeiro Carnaval Gay que Joel Schumacher promoveu com aquele filme, que naufragou a franquia do homem morcego por 8 anos. Mas pelo jeito o Aranha está livre desse risco.

As primeiras impressões dos críticos americanos foram elogiosas, mas alguns reclamaram do excesso de coincidências do roteiro e da longa duração, 140 minutos. Mas nada que prenuncie um desastre como aquele malfadado filme de 1997. E, por Cristo, não teremos de aturar o Schwarzenegger grunhindo vestido com uma armadura bisonha. Imagino que o Topher Grace vestido como Venom não deva ofender ninguém, mas pensem, poderia ser o truta dele do That's 70 Show, o Ashton Kutcher. Já pensou, no meio de uma luta, Aranha e Venom descendo o cacete um no outro, aí o Ashton para, tira a máscara e grita pro Maguire: YOU'RE PUNK'D! HAHA, I PUNK'D YOU, BITCH!

Cinema -estréias da semana

Minha Mãe Quer Que Eu Case: Comédia romãntica com a Diane Keaton e a aprendiz de Lindsay Lohan Mandy Moore. Essa bomba naufragou nas bilheterias estadunidenses e é seríssima candidata a diversas indicações para o Framboesa de Ouro 2008. Nem chegue perto de cinemas que estejam passando esse lixo.

Miss Potter: cinebiografia da escritora inglesa Beatrix Potter (dizem por aí que a J.K. Rowling colocou o nome de Harry Potter no bruxo nerd mais chato do universo homenageando-a), interpretada pela Renée Zellweger. Pela segunda vez, Renée interpreta uma personagem inglesa, Bridget Jones sendo a primeira. É lógico, afinal, todos sabemos que ela nasceu naquele estado no sul da Inglaterra, o Texas. Cris Noonan (diretor do Babe- Porquinho Atrapalhado, bela referência) dirige e Ewan McGregor completa o elenco nesse filme que passou desapercebido na corrida do Oscar, não sem justiça. Fuja também.

Proibido Proibir - Dirigido pelo chileno e metido a entendedor da alma carioca Jorge Durán (escreveu também o roteiro do Pixote- A Lei Do Mais Fraco, dirigido pelo argentino metido a entendedor da alma brasileira dentro do contexto social latino-americano contemporâneo Hector Babenco), fala sobre um triangulo amoroso formado por três universitários cariocas, usando um viés sócio-político leve. Caio Blat, o Giovanni Ribisi brasileiro, encabeça o elenco formado por ilustríssimos desconhecidos (escola Cidade de Deus de botar um bando de anônimos liderados por um mais famosinho). O filme afunda quando usa a tomada mais clichezona que um filme brasileiro poderia ter: focar a imagem no Cristo Redentor e virar imediatamente para a favela. Tá, nós entendemos, o Brasil é um país de contrastes e o povo aposta tudo na fé e em esperanças divinas. Obrigado pela lição e volte sempre.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Série: eu, Camarada Fundamentalista

Pessoas mais novas que eu que já são famosas:
  • Avril Lavigne, meninota "de atitude" e cantora pop canadense, 22 anos;
  • Lilly Allen, tetéia da semana deste blog e cantora pop inglesa, 22 anos;
  • Scarlett Johansson, recentemente eleita pela Esquire a mulher mais sexy do mundo e atriz norte-americana, 22 anos.

Como se vê, não negligenciamos a variedade dos talentos em alta. No entanto, a lista é meritoriamente crescente. Virá o dia em que ser "tetéia da semana" deste blog excederá a todos os demais títulos. Ah, sim, e não há homens nesta breve lista: afinal, a precocidade delas para a fama vem do fato de que a sociedade é falocêntrica.

Camarada Moderado for minors

Camarada Moderado, em 1979: a Kavorka em crisálida.
urbandictionary.com says:
Kavorka:
originated in Latvia - The lure of the animal. To be wanted and possessed by someone.

"I got the Kavorka, Jerry. I'm dangerous, I'm very Dangerous!" (From Seinfeld episode "The Conversion".)

Blog? Bullshit!

Blogs são diários pessoais. É tipo um registro virtual das nossas aventuras pequeno-burguesas (porque, querendo ou não, só a pequena burguesia se ocupa de blogs, blogs são sintomas do estilo de vida individualista, sedentário e principalmente midiático da pequena burguesia). Mas, especificamente aqui, não tem sido assim.

Pra começar, são três malucos. Sim, três malucos mesmo, e não desdobramentos de uma personalidade esquizofrênica, como houve quem especulasse. E malucos cujo principal objetivo é se atacarem mutuamente, de maneira direta e indireta. E, pra isso, se escondem sob simulacros, adotando posturas farsescas, à Diogo Mainardi, com exceção, sim, sempre, do Camarada Moderado, o único que tem tido peito e dado a cara pra bater.

Nessas circunstâncias, como, portanto, tais raposas iriam se expor? E em nome do quê? Da autenticidade? Pois fique sabendo que autenticidade é um valor pra adolescentes bundões que ainda não sacaram que a vida adulta só começa quando você passa a ser um sacana.

Então, pra ser sincero, a gente nunca quis um blog. A gente queria é um site, mas a gente não é nerd o bastante pra isso. E a gente não vai sair por aí aprendendo HTML, Flash e o escambau, porque a gente é bem acomodado. Mas eu posso, de qualquer forma, fazer um apelo: Nerds amigos e interessados, entrem em contato conosco, e façamos negócio!

Até lá, continuaremos com essa palhaçada, fazendo comentários que qualquer um podia fazer a respeito de fatos de domínio público. Apesar de que eu mesmo, Camarada Fundamentalista, procurarei, na medida do possível, ser mais pessoal. Afinal, covarde mesmo, aqui, só tem um. É camarada e, sei lá por quê, progressista.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Complementando

Na correria da semana passada, esqueci de falar de um filme que estreiou no Brasil sexta. Bom, ai vai:


Motoqueiros Selvagens (Wild Hogs) - John Travolta, Tim Allen, Martin Lawrence e William H. Macy

Tente olhar para a foto do poster por mais de um minuto. Concentre-se. Eles estão encarando você. Eles querem que você vá ver essa bomba atômica. Querem que você pague 15 pilas. Eles já conseguiram levar você para ver Vovózona, O Meu Papai é Noel, Vovózona 2, Meu Papai É Noel 2, Um Maluco na Idade Média, A Reconquista, Michael, Fenomeno, o Justiceiro. Eles nunca falham. Você vai acabar indo ver. E quando a tortura acabar, você ainda vai pedir bis. E por mais que você olhe fixamente na foto, jamais conseguirá perceber que o nome do Martin Lawrence no alto do poster está correspondendo a foto do Tim Allen, e vice-versa. Sim, a ordem está invertida, e você nem vai perceber. Eles levaram 156 milhões de dólares pra casa de bilheteria nos EUA. Vão querer levar algo aqui também. E você vai contribuir. Não há como dizer não para John Travolta, Tim Allen, Martin Lawrence e William H. Macy (o Buscemi paraguaio).

ao bom velhinho.....

Digo isto mais alto: ao bom velhinho dançante! Não, não estou falando do papai noel e sim do bom velhinho bêbado: o bom e velho Boris. Os camaradas postaram sobre isso já, resta-me lembrar suas peripércias quando ia discursar. Boris, drunked showman, ao mesmo tempo divertia a platéia e avisava sobre aumento de impostos, como contestar e se revoltar contra ele? A risada se prova, em tempos de terroristas, o melhor remédio pra qualquer coisa mesmo. O mundo sabia rir ou os presidentes eram tão engraçados? Bill Clinton, maconheiro pegador de secretárias, atuava no Leste enquanto Boris no Oeste. Imagino os dois juntos em farras com secretárias, bebidas e pastas "top secret" do serviço secreto. Será que quando Boris recebeu Bill ele deixou o yankee pegar alguma secretária russa no Kremlin? Boris sempre marcava as visitas nos EUA para o período da Festa de São Patrício? Sobram questionamento sobre esse período, onde o mundo sem dúvida não era mais seguro, mas ríamos muito mais. Bush e Putin não tem nada de engraçado.

Como arranjar um amor perfeito - 3ª parte

Mas se vc achou que aquele romance da sua vida não passava de uma curtição de algumas semanas? Que o tal amor da sua vida não passava de uma paixão de fim de semana? Depois de pensar nisso, resolvi escrever e continuar o manual, contudo para o outro lado: o lado do desarranjar "o amor perfeito" sem muito esforço, ok, vamos lá.

Primeiro, aos pobres seres masculinos, sobretudo eles. Mulher que costuma terminar, elas são peritas nisso. Eu me dedico nesse texto a população a masculina. Existe dois modos seguros de terminar: o que foca na fuga e o na implicância. O segundo funciona da seguinte maneira; fique mais calado do que o normal, deixa ela falar e quando indagar sobre vc estar muito calado, responda seco "agora não posso nem ficar na minha e almoçar sossegado" pronto, vc deu o pontapé inicial para o rompimento. Monte um diálogo vago com as as palavras "minha liberdades, meu espaço". Mais coisas como estar sendo sufocado e outros artifícios semelhantes, ou seja, imite um mulher, seja ilógico e no final fale "acho que devemos dar um tempo", depois dessa frase é hora de ir embora. Você não vai querer ouvir o que ela vai falar, aproveite enquanto ela está atordoada.

Agora o outro método é mais simples, entretanto exige certos requesitos: você não deve morar com ela ou não ter muitas coisas na casa dela e ela não deve ter a chave da sua casa(caso tenha troque a fechadura, mude de casa se necessário, aí depende da urgência da situação). Agora vc está pronto, ou quase. E outra coisa muito importante: se ela fuma garanta que os cigarros dela acabaram. Levante do sofá, olha calmamente pra ela e diga "vou comprar cigarros", pronto. Esse método é uma lei não escrita pros homens há muito tempo. Pais de família usaram isso pra sair de uma situação de risco, dizem que Jack Kerouac começou sua peregrinção assim e resultou nada menos no "On the Road", então mostra-se um método infalível. E quando vc encontra-la, muitos anos depois e ela te indagar o porquê daquilo, apenas diga "eu fui andando e estava procurando alguma coisa e não sabia o que era, acabei esquecendo dos cigarros". Mesmo que, os leitores devem ter pensado nisso, vc não fume, o método funciona. Quando ela falar "ué? vc não fuma!", aí basta usar o método apresentado anteriormente conjugado deste.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Bye bye, Boo-boo

Apesar da amargura com que o Camarada Progressista pontuou sua nota acerca do falecimento de Boris Yeltsin, aproveitando-se para lançar, de modo algo constrangedor, críticas requentadas contra o governo Lula, retificamos nossa despedida, lembrando que Boo-boo sabia sacudir as cadeiras como ninguém, e as sacudia com todos aqueles que se dispusessem a acompanhá-lo: essa era a sua idéia de abertura, sua Glasnost, e ele nunca se afastou dela. Nunca a traiu.

Quem quisesse sacudir as cadeiras, era só vir, que lá estava ele, sacudindo junto, sacudindo com todo o mundo e em toda a parte, no Kremlin, nos botecos de Moscou a São Petesburgo, e no palco inteiro (como se vê na foto postada abaixo pelo Camarada). Que líder mundial possuiu, em toda a história, essa capacidade, de se requebrar, e de se requebrar todo, como este homem, como este russo? Nenhuma Lopez ou Beyoncé sequer chegaram perto disso, da energia dos quadris deste homem!

Que, ao lado dos meneios políticos de Napoleão, Churchill, Gandhi, seja para sempre lembrado este remolejo!

Boris Yeltsin, RIP




Paus d'água desse mundo: uni-vos! Morreu hoje, aos 76 anos de idade, o bebum mais famoso do mundo pós-guerra fria! Sim, ele, Boris Yeltsin, o homem que deveria ter conduzido a transição da Rússia para o capitalismo, a famosa Perestroika, mas que na verdade estava mais preocupado em provar toda e qualquer bebida de cunho alcoólico que passasse perto, motivo também das viagens do premier russo. Política internacional? O cacete, o negócio era beber as melhores iguarias etílicas dos países que visitava! Por isso, e pela falta de toda e qualquer aptidão política, Boris ajudou a Rússia a virar uma zona de magnatas petrolíferos corruptos e funcionalismos públicos inertes, deficitários e (como não poderia deixar de ser) corruptos. Pegou o país desgovernado e ajudou a tacá-lo no primeiro poste que viu pela frente. É difícil falar do querido Boris sem lembrar de outro chefe de estado de outro país gigantesco e ineficiente: sim, ele, o nosso honorável Luis Inácio Lula da Silva. Tão cachaceiro quanto, e com níveis equiparáveis de burrice, ignorãncia e incompetência. Mas pelo menos o Yeltsin ainda divertia o seu povo (rir para não chorar?) com vexaminosas aparições públicas e danças absurdas movidas pela Vodka.
Já o Lula, embora solte suas pérolas eventualmente, não consegue desenvolver todo o seu talento para o humor, talvez por se levar a sério demais. Deveria parar de achar que é o messias do terceiro mundo e assumir de uma vez que é o palhaço com função de entreter as massas enquanto os Petistas saqueiam os cofres públicos. Suspeite sempre que um alcoólatra estiver governando o seu país: algum espertinho deverá estar ganhando muito por trás.


Um último copo para Boris Yeltsin! IRC!!!!!!!

Deixe-me ver...

Como eu poderia dizer isso educadamente, mano fundamentalista? Uhm... vejamos... a, sim: ARREGOOOOOOUUUUU, ARREGOOOOOOUUUUU!!!!!! YEAH!

Nota de esclarecimento

Abaixo segue uma nota de esclarecimento com o intuito de desviar de nós, camaradas deste blog, uma imagem misógina. Misoginia, mulheres, significa "desprezo", aversão a vocês".


Este blog, de maneira alguma, apóia a superioridade de gênero. Ainda que seus colaboradores possam eventualmente vir a confessar-se, em âmbito privado, românticos, ou seja, praticantes de uma modalidade benigna de machismo (por mais duvidoso que isso possa parecer), rechaçamos publicamente fomentar quaisquer oposições de caráter sexista. Mas, pelo contrário, sustentamos o projeto democrático estendido a todos os aspectos do social. No entanto, acreditamos na eloqüência do humor para denunciar as contradições da sociedade.


A Redação (Sim, este blog possui uma Redação, com reuniões de pauta, café e cigarrinhos de chocolate PAN - muito, muito raros.)

TETÉIA DA SEMANA


Lilly Allen

Desbocada cantora inglesa. Capaz de suscitar uma discussão famosa entre amigos, mas que na opinião do mano fundamentalista (que não reconhece os conceitos de beleza e feiúra) é estúpida: você pegaria? Eu, sem hesitar, responderia: "mas só se for agora!". E ainda chamou as minas do Cansei de Ser Sexy (Tired of Being Sexy para os europeus) de sapatas. Perva.


domingo, 22 de abril de 2007

Taxonomia - Breve introdução (Apêndice para as lições de "Como arranjar um amor perfeito")

Você, mulher, que quer obter um conhecimento seguro do que é o homem, o macho da sua espécie, saiba que os homens transitam entre apenas duas classes de indivíduos: os cafajestes e os patetas. Os cafajestes te fazem sofrer que nem uma desgraçada, mas te fazem rir e se sentir mulher como nenhuma outra. Já os patetas, esses são bonzinhos, atenciosos, românticos, fofos, por isso, não te fazem sofrer: te fazem dormir, te fazem se perguntar: "Caramba, será que eu tô com um homem mesmo?"

Mas prestem atenção no que eu disse, na palavra que eu usei: eles "transitam". Ou seja, nenhum homem nesse mundo é absolutamente cafajeste; o que é muito bom, né? Mas também nenhum é absolutamente pateta. Por isso, você, megera, mandona, dominadora, não descuide do capacho que arranjou, mas tome cuidado com o teu pateta: um dia, o cafajeste reprimido dele aflora, e aí, se prepare, minha filha.

Pra não dizerem que fiquei só na teoria, na abstração do conceito, exemplifico:

- o Camarada Moderado é predominantemente cafejeste, com tendências à patetice, ou seja, um partidaço;
- já o Camarada Progressista é exatamente o oposto do Moderado: predominantemente pateta, que às vezes até me iludo achando-o invencivelmente pateta. Mas não; como eu disse, os homens sempre, sempre são parte um, parte outro, e mesmo o pateta-mor do Camarada Progressista tem o seu cafajestezinho interior, que cedo ou tarde mostrará as garrinhas.

Mas, e você, Camarada Fundamentalista? Eu, eu sou fundamentalista, caramba! Vou entrar nessas classificações mundanas?

Amor, na condição de Love

Tava demorando. Pronto, o blog virou alcova. Dou um tempo na campanha pró-Buscemi para voltar as minhas armas (Bushnaniamente falando) para o assunto discutido pelos meus manos-camaradas-com-nomes-ideológicos-engraçadinhos: sim, ele, o amor! Love is in the Air, cambada! E eu, escória desse site, latrina retórica e junkie-food para nerds, sinto-me na obrigação de descrever o meu cenário das dinâmicas modernas dos relacionamentos. Vejo que o mano fundamentalista tentou jogar a culpa na omissão feminina, usando palavras supreendentemente duras para o seu estilo glam de escrever, mas sem conseguir disfarçar a sua persistente ingenuidade. Tentou subverter uma verdade que existe desde Adão, Eva e a cobra no paraíso: os homens SEMPRE chegam. Mulheres se acomodaram, com razão, na postura de espera. O negócio todo é que existe algo chamado contraponto. Na cabeça feminina, a parte melosa, romantica e grudenta do relacionamento cabe a elas, e somente a elas, embora não assumam isso, talvez até por não terem consciência desse fato, vide aquele papinho bravo e mentiroso de "quero um homem romântico, que me compreenda, me entenda e me trate como eu mereço". A sacarina é a parte delas na história. A nossa, é agirmos como um troféu a ser exibido para as amigas, sermos engraçados, desinibidos, populares em qualquer ramo de atividade ou social, termos presença e não sermos chatos loser grudentos, pois aí, quando fazemos isso, estamos invadindo o território delas.


Vejam bem: as mulheres sempre analisam uma situação em cima de algum contexto. Pode ser a coisa mais tosca do mundo, mas tem que ter uma porcaria de um contexto. Se você querer dar uma de namoradinho sensível-romântico, vai se dar mal. Elas, numa situação assim, não conseguem enxergar uma função válida num relacionamento, não entendem o que se chama de compartilhar sentimentos. Para elas, vale tão e somente a idéia do contraste, e dentro do contraste, elas acham o complemento. Mas isso é um assunto complexo, põ! O camarada moderado, considerado o Casanova do blog, deverá ser ouvido com atenção, molecada. Mais a ser falado e discutido em breve.
Obs: ia postar uma foto do camarada fundamentalista, mas infelizmente não há editor de fotos nesse mundo que aguente aquela orelha gigante

sábado, 21 de abril de 2007

Buscemi for President 2008 - Join the Presidential Campaign

Buscemi serving afro-american customers at Hattie's Café: pro-multiracial coexistence and against racism!

Como arranjar um amor perfeito - 2ª parte

Agora que o camarada fundamentalista definiu como arranjar o homem certo ou pelo menos um pateta de bom coração, senti uma necessidade de passar o pouco que eu sei sobres as mulheres. E quando falo pouco é pouco mesmo, até os grandes pegadores de mulheres não sabem o que se passa naquela linda cabeça feminina. Na verdade, vc não não precisa saber o que se passa na cabeça das mulheres; primeiro pq todo homem que tentou isso enlouqueceu ou se perdeu por lá e não voltou; segundo, ainda que toda essa complexidade do sexo oposto pareça um osbtáculo existe ainda um fator comum: a insegurança.

É sabido que as mulheres são inseguras: vivem num mundo do patriarcado, são vistas como objetos e grande parte das obras de arte são culpas delas( até parece que nenhum que leia isto nunca fez nada pensando em uma mulher, eu sou bem suspeito pra dizer não). Finalizando, a insegurança vem desse mundo que é machista e adorador obssessivo por elas, em suma: cada passo dado por uma mulher é acompanhando e julgado; seja do seu físico até suas atitudes.

Depois de saber essa informações o que vc deve fazer? Ter penas dela? Pelo contrário, se aproveite da situação. Elas se perdem nessas coisas, dificilmente elas sabem o que querem. Aí está a questão: vc deve saber o que ela quer, tem que tranparecer isso. Mas não confunda segurança com obssessão, tome cuidado. Mande flores, bombons, mas tudo sem demostrar interesse demais, sem mostrar suas intenções claras. Controle a situação, prepare o ambiente. Seja um pouco romântico e safado. Mas acima de tudo confiança é a chave. Pergunte como ela está , as coisas em geral e deixe ela falar( se não tiver interesse, finja).

Não vou me delongar sobre a conquista em si, mas em termos gerais é isso. Vai devagar, se não for em baladas e se for amiga. Quando a mulher não te conhece vc tem uma vantagem, vc pode confudi-la, e´simples. Mas depois de ter pegado a moça, não se desespere, esqueça de ligar, deixe ela vir atrás. e fale "pô, era eu que tinah que ligar?". Mas prepare o ambiente, quando se reencontrarem prepare um almoço, um bom vinho. E mais um presente na hora certa e continue fingindo interesse, por pelo menos 20 anos, depois vc pode falar que teve a impressão errada das coisas.

Como arranjar um amor perfeito - 1ª parte

Censurado por mim mesmo.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

On vacation

Camarada Progressista está viajando. Retorna dia 22. Aproveitamos sua ausência e divulgamos uma das poucas fotos disponíveis dele. A foto, tirada em preto e branco, dissimula suas imperfeições epidérmicas, apesar das limpezas de pele mensais:

Camarada Progressista

Bem... o que podemos fazer?

digo agora, um tanto mais sóbrio e depois de trabalhar, o que acontece com cinema nacional.

A coisa que acontece com o cinema nacional, sobretudo aqueles que recebem incentivo governamental: corrupção. Isso mesmo caros leitores, nada mais além do velho problema do nosso país. Imagine, no período de 2006/2007 tem-se em produção, nada menos, que 165 filmes, assustador né? E grande parte deveria estrear ao longo desse ano. Temos bastante filmes nacionais que estrearam em 2007, contudo muito longe da meta estipulada. Ou seja, muitas vezes os responsavéis pelos filmes simplesmente esquecem de prestar conta do dinheiro público investido( vide Chatô). Atrelado ao famigerado problema da corrupção, há também outro, o qual não só a mídia do cinema como também os impressos sofrem: distribuição. Diferente dos livros e revistas, o problema não é a logística devido ao tamanho do nosso país mais usarmos um método de escoamento muito caro, o automóvel. Mas sim a reserva de mercado: o quanto as distribuidoras de filmes reservam às películas brasileiras. Estou falando de cinema de verdade, e não globo produções. Um bom filme seja ele de arte ou pipoca. Quer dizer: temos poucos espaço de exibição, atigindo, com sorte, o eixo Rio-Sampa. E depois de todas esses problemas para destinar o filme ao grande público, tem que concorrer com o lobby da Globo Filmes e seus enlatados( claro que a globo tem bons filmes, mas são exceções) e não fica só nisso: há poucos cinemas e eles são dominados por empresas multinacionais que seguem a onda estadunidense(quando escrevi isso me senti comunista), além, é claro, de ir ao cinema é muito caro hj em dia.

Concessões

Hora das concessões, eu mesmo as faço. Fora as truculências cometidas contra a ortografia, testemunhou-se um fio de luz, um vestígio quase imperceptível de lucidez em todo o jornalismo, amador ou profissional, no texto do Camarada Progressista (qual a razão deste nome? alguém sabe o que se quis dizer com isso?). Contrariando a estupidez geral, do tipo paga-pau, da cobertura dada ao BBB e ao casal com selo Boninho, Inc., de qualidade, o falacioso e falador Camarada Progressista parece ter dado uma dentro. Provavelmente, foi o pai dele que lhe disse essas coisas, limitando-se o rapazinho a simplesmente repetir as impressões e opiniões do papai.

Como deveriam saber, o que há de verdadeiro no romance Alemão e Siri é o que havia de verdadeiro no "quadrado mágico" da Seleção de Parreira, nos idos do ano passado. Ou seja, a Rede Globo tem se empenhado, com seu profissionalismo e competência assombrosos de sempre, a nos proporcionar uma grande farsa nacional por ano. É uma regularidade louvável. 2006: o Hexa. 2007: Romeu e Julieta, e um Romeu que, de quebra, é também herói da raça, macunaíma global, o Alemão.

Parabéns a todos, que eu tiro as minhas tranqueiras da frente pra deixar vocês passarem.

Observação inoportuna: uma razão para odiar irracionalmente o cinema nacional: o artista nacional. Exemplo: Walter Salles. Uma razão para odiar (ir)racionalmente o cinema nacional: o filme nacional. Exemplo: O Pagador de Promessas, Cidade de Deus, etc. Explico: tais filmes não são a regra, mas a exceção, numa terra onde todo o mundo se diz artista, nos remetendo de novo à necessidade de odiar o artista nacional. Tais filmes fazem a gente ver, por causa da sua qualidade excepcional, ou seja, de exceção, como o dinheiro do contribuinte está sendo, como sempre, jogado fora. O Camarada Progressista já o tinha assinalado.
Mas, e o que fazer? Bom, eu defendo é que, enquanto não houver quem assuma a responsabilidade de fazer cinema pipoca, e cinema mesmo, a Globo Filmes vai continuar nos forçando a engolir episódios autônomos e estendidos de seus programas e novelas. É preciso, em suma, que haja um cinema nacional, e não a Globo Filmes e meia dúzia de pretensiosos querendo mostrar a miséria dos trópicos, só que apelando pra tese sociológica de coluna de jornal. Não, não estou me referindo ao Waltinho. Porque ele sabe, de qualquer modo, segurar uma câmera, e quando ele se despir do tipo do "artista nacional", convido-o pra lanchar lá em casa, e vai ter pão com ovo.

E viva "O Homem que Copiava"! Jorge Furtado, seu petista de uma figa! Tu fizeste um filme trilegal!

BBB - uma ode à Grande Irmã

"Alguém me traz um cigarro aí?"
O Big Brother Brasil 7 foi um inesperado sucesso, devido ao esgotamento que o programa tinha mostrado na sua edição anterior. Todo esse sucesso de audiência e repercussão deve-se ao trabalho brilhante de maniqueísmo novelístico perpetuado pelos editores do programa.

Todos assistimos a consagração de Diego Alemão, dublê de programador, galinha e pornochanchada ambulante, um ser estúpido, arrogante, grosseirão e criador do triangulo amoroso mais tosco da TV brasileira. E também assistimos a criação mais espetacular dos habilidosos editores globais: a transformação do pacato e simplório Alberto "Cowboy" na personificação viva do mal, terceira encarnação do anti-cristo e estrategista impiedoso. Uma façanha, um trabalho digno de Guiness Book, transformaram todo a arrogancia do Alemão em "confiança", criaram para o rapaz uma imagem de como deveria ser o homem contemporãneo e jogaram para o Cowboy toda a culpa por todas os problemas da humanidade. Uma palhaçada completa.

Mas, alheia a tudo isso, existia uma luz de razão e verdade no meio de tanta bobagem. Analy, curitibana de 30 anos de idade. A mais velha do confinamento. Uma garota de voz um tanto quanto singular. De gestos sutis, explanações lentas, suaves e vigorosas, de uma discrição raramente vista num programa onde exibir-se é a alma do negócio. Fumando sempre que nem uma chaminé, emendando um cigarro no outro, desancando os rivais com um cinismo incontrolável e furioso em suas palavras, nunca nas ações. Uma cabeça fria e pensante no meio de tantos bufões incontroláveis. Sempre firme nos seus atos, deu um fora monumental no pobre jornalista-wannabe pernambucano Alan Pierre. Foi a única mulher da casa a jamais bandear para o lado do Diego Alemão, jamais se impressionando com a popularidade crescente do rapaz, sem fazer concessões para se fazer de boazinha para a patuléia., ao contrário da vice-campeã e inócua participante Caroline, que mesmo depois de ouvir do Alemão que "teria as roupas íntimas arrancadas a força" como resposta a uma brincadeira feita contra ele, ainda teve a cara de pau de defender o mesmo no final. Caroline, por sinal, que mesmo sendo a melhor amiga da Analy no confinamento, era sempre motivo de tédio e cortadas impagáveis da mesma.

Ai, veio aquele que entrará para a história como um dos momentos mais desconcertantes já vistos na TV brasileira. Na 7 semana do programa, o líder foi o Alberto Cowboy. Todos então temeram um possível paredão entre Diego Alemão e a Íris, casal favorito para o público do programa. Seria terrível se, a um mes e meio do fim do programa, um deles saísse. Então, numa prova do Anjo estranhíssima, a Íris ganhou o colar. Todos suspiraram aliviados. O Alemão estaria salvo, sendo imunizado por ela, e Íris ganharia de qualquer outro participante de qualquer maneira. Havia um porém. Nessa edição, foi introduzida a possibilidade de veto a indicação do anjo. Nas 6 semanas anteriores, os escolhidos nunca fizeram uso desse direito. Mesmo quando desafetos poderiam vetar imunidade para o outro, não o fizeram, já que temiam a reação do público perante essa descortesia. Alberto Cowboy sorteou, e no papel pego por ele, o nome era o dela, Analy. Então, Pedro Bial, dissimulado apresentador, perguntou a Íris quem ela queria imunizar, e a mala sem alça, como não poderia deixar de ser, escolheu o Alemão. Corte para o Bial. Então, ele se dirige a Analy. Pergunta se ela faria uso do poder de veto. Perguntou rapidamente, atropelando as palavras, já que nunca ninguém tinha feito uso do mesmo, então nem valeria a pena perder muito tempo com isso. Mas não. A camera fechou nela. Então, aconteceu.

Com um sorriso de orelha a orelha, todos os dentes a mostra, com um cinismo indisfarçavel, como se fosse a coisa mais natural do mundo, Analy disse que sim, vetava a indicação de Íris. Diego Alemão não mais estava imunizado, estava nu, como o mais desbaratinado dos reis. Corte para o casal, corte para Bial, suando, tremendo, tropeçando nas palavras, como se tivesse ouvido o anúncio da morte de alguém querido, ainda repetiu a pergunta, para ouvir as palavras proibidas: "Sim, eu veto". Como que sentindo a trágédia se aproximando, virou-se para o Cowboy e rudemente pediu a indicação do mesmo, que votou na Íris, e na justificativa ainda foi bruscamente interrompido por Bial, que já não escondia mais o nervosismo. Nos votos da casa, Diego foi emparedado, e disse que ia "acabar com essa palhaçada", olhando para Analy. Mas ela, impassível, classuda, manteve o belo sorriso, de quem sabia que tinha devolvido as coisas aos seus devidos lugares. Deu a dose de cinismo e sarcasmo que aquele circo global merecia. Resultado: Íris eliminada, Alemão sozinho por um mes e meio, e Analy marginalizada pela edição do programa, pelo público e pelo Pedro Bial até sair, numa honrosa 4 colocação, eliminada pela aprendiz de bibelô Caroline.
Mas ela não estava sozinha. Que tenha sido feita ajustiça nessas horríveis linhas.
Afinal, todos nós deveríamos ter amado a Grande Irmã.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Indies

Quanto aos diretores Indies, eu vou fundar o maior fã clube do David O. Russel do mundo. Esse cara sim, sabe tratar aqueles atorzinhos mimados.

moderado vs. progressista, Round 1, FIGHT!

Será que o moderado estava brincando com a gente tb? Será, será, será? Bom, usando o direito de resposta, direito esse SAGRADO E IRREVOGÁVEL nesse blog que se pretende como um livre intercâmbio de idéias, conceitos e truculências, eu digo em juízo que tenho uma visão extremamente negativa da produção cinematográfica brasileira pós-retomada, retomada essa iniciada com o horrendo Carlota Joaquina em 1994. Visão essa provocada pelo desgosto que sinto com os métodos usados pelos cineastas para poderem financiar os seus filmes, desgosto por saber que a única produtora rentável de cinema do país, a Globo Filmes, lança uns 6 filmes por ano, ou bobages dirigidas pelo Moacyr Góes (filmes do padre Marcelo Rossi e da Xuxa), ou comédias toscas e sem graça dirigidas pelo Daniel Filho (a Partilha, Se eu Fosse Você), ou novelões bregas feitos em cima de livros que teriam potencial para serem bom cinema(Zuzu Angel, Olga). Aí, restam duas alternativas: parcerias com estúdios estrangeiros, raras mas que acabaram gerando o melhor filme brasileiro da história (Cidade De Deus), ou então a roleta russa do cinema nacional, a lei de incentivo à cultura. Para cada Central do Brasil que é aprovado e financiado, temos os Paixões de Jacobina, Acquarias, Benjamins, Carandirus, Gatões de Meia Idade e cia. Os cineastas independentes que conseguem financiamento (ex, o Cheiro do Ralo) o fazem quando possuem algum astro ou conhecidos para fazer aquele lobbyzinho básico, e nos tapas nas costas daqui e nos apertos de mãos dali é que conseguem exito. Por mérito mesmo, é raríssimo, e além de tudo, temos de aguentar sempre o festival de propaganda nos filmes, as indicações estapafúrdias para o Oscar (Olga e Dois Filhos de Francisco é de fazer chorar). Mas você não deveria ter ficado bravo. Afinal, o Batismo de Sangue está sendo elogiadíssimo em todos os cantos. O cinema nacional continuará nessa toada, e não vai ser um zé ninguém como eu que mudará isso.

Na lata

Como diria o outro: xxxxxxxxxiti!

Bem... eu discordo de vcs dois

A loucura e a falta de lógica dão as mãos nessa madrugada ébria( desculpe camaradas). E contrariando toda a espectativa que ronda a minha nomenclatura em torno do meu codinome vou discordar dos dois caros camardas em dois pequenos aspectos.
Primeiro, filme indie pra mim não passa de uma nomenclatura que rotula o filme tão e somente ao um filme ao mesmo tempo com preceitos independente e tb com pertensões além da conta ou seja, um filme poser. aquele filme que mostrar-se independente e novo, só que o novo deles não tem mais uso, já foi esnobado pelos estetas da década de 60. Tudo be que isso é mais uma nomenclatura pessoal e do que vi dos filmes que se dizem indies( isso mesmo Sofia Coppola o que vc fez Jim jamurch fez a muito tempo, quem sabe David Croneneberg?)
O segundo é a respeito da vizão do camrada progressista sobre filems nacionais, será que vc conhece cinema ou so posa de conhecer? Ou os vÊ e aba por aquele pasteurizado indie? Sinto muito, mas o stempos são outrso, o cinema latinoamericano, sobretudo o mexicano e brasileiro. MAs tudo bem sei que vc está brincando, mas será que eu tb não estou? Tudo isso nõ foi uma zoação com vcs? será?

Cinema- estréias da semana

Rapido e rasteiro:
A Colheita do Mal - Filme de terror com a feiosa e rabuda-mor Hillary Swank. Fuja como se fosse a Dengue.
Hannibal: A Origem do Mal - Filme que conta as origens do psicopata canibal mais simpático da praça. Alugue o Silêncio dos Inocentes naquela locadora fedida perto da sua casa que é muito mais garantido que essa bomba.
Batismo de Sangue - Filme brasileiro. Precisa dizer mais alguma coisa?

Concluindo

Infelizmente, eu não sou muito incisivo.

Trechos de músicas mais bizarros - Pop Internacional

Pra descontrair o pessoal aí, todo mundo meio tenso, semana tensa, correria, stress, ó, mando aí, com uma baita felicidade, os 5 trechos de letras mais bizarros na história da música Pop Internacional(eu generalizo mesmo, tá ligado?).

5- "Broken Wings"- Mr. Mister

"Baby, all that i know, is that you're half of the flesh, and blood makes me whole"
"Neném, tudo o que eu sei, é que você é metade da carne, e sangue me completa por inteiro"
Sutis como um elefante indiano, essa banda one-hit-wonder dos anos 80 entrega putaria numa embalagem rádio-adulta-contemporânea. Imagino que seja trilha sonora de algum filme pornô com vampiros, estacas e todo o resto do bagulho

4-"Whiter Shade of Pale"- Procol Harum

"We skipped the light fandango -turned cartweheels from the floor- I was feeling kind of seasick - but the crowd called out for more"
"Dançamos um fandango suave- demos piruetas pelo chão- eu estava me sentindo enjoado -mas a platéia pediu mais"
Letras sempre foram o calcanhar de aquiles das bandas progressivas, mas aqui o Procol Harum foi longe demais. Só faltou mandar um "dei uma gorfada no chão, acho que pude ver o café da manhã inteiro de novo". Como consolo, a música foi zoada no The Commitments, melhor filme da história da humanidade (mas isso é assunto pra outro post, sossega ai).

3- "Jeremy"- Pearl Jam

"But we unleashed a Lion- gnashed his teeth and bit the recess ladies breast- how could i forget?"
"Mas nós libertamos um leão -rangeu os dentes e mordeu os seios da menina - como eu poderia me esquecer?"

Jeremy é uma música um bocado emocionante, da tradição dos lamentos épicos grunginianos. Mas esse trecho... dá até pra imaginar o pobre Jeremy ficando cabulosamente nervoso, agarrando alguma menina no pátio e dando uma bela de uma mordida nos peitos dela. Isso sim é o que eu chamo de "atitude positiva de libertação". Não é a toa que ele se mata no fim da música, afinal, estupro é crime e ele ia virar mocinha na cadeia de qualquer maneira, poupou sofrimentos desnecessários.

2-"The Impression That i Get" - Mighty Mighty Bosstones

"I've never had to knock on wood - and I'm glad i haven't yet - because I'm sure it isn't good - that's the impression that I get"
"Eu nunca tive de bater na madeira - e eu sou feliz por não ter tido de fazer ainda - porque tenho certeza que não seria bom - essa é a impressão que eu tenho"

Numa época que o ska dominava o mundo, com No Doubt, Sublime, Rancid e Skuba (ai é palhaçada!) no topo das paradas, essa banda de 458 mil integrantes, todos sempre impecavelmente vestidos de terno, faziam a alegria da galera no auge da era Clinton. Mas quando tocava esse refrão, somente podia-se pensar uma coisa: QUANTAS ESSES CARAS FUMARAM PRA ESCREVER UMA BOBAGEM DESSA?

1- "Scatman"- Scatman John
"Giviribiauuiriauriuriuaiaui no berou John, no berou jonhm girhgirgirignriririg no nerojhohnna - I'm the Scatman"
"?????????????????????????????????????????????????????????????????????????????- EU SOU O SCATMAN!"

Chega. Não percam cambada, em breve, os 5 trechos mais bizarros, música Pop Brasileira! Brazilian Remix! Ebaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Meu conceito de indie

Eu sei, eu sei: tenho só marcado pontos sobre o cinema indie. Mas pára aqui mesmo. Só quero deixar claro o que merece essa classificação. Pois existe certa tendência simplista - inclusive adotada por um dos colaboradores deste blog -, e que, em política, tem sua expressão clássica nos governantes tucanos, a reduzir tudo a números. Violência, educação, sáude. Realidades complexas, que envolvem pessoas e situações espaciais e temporais de verdade, se tornam tabelas e gráficos visualizáveis no Excel. Governar para milhões de pessoas (problemas), bem como avaliar uma obra artística como um filme passam a ser questões aritméticas. Assim, diz-me certo crítico tucano: este filme não é indie porque não tem baixo orçamento. 30 milhões? Não é baixo orçamento; logo, este filme não é indie. Uma equação, e perfeita, né? Tucano! Leva a estatística lá pra suas nega, vagabundo! Vai calcular o FGTS da sua mãe!

Indie é quando o sujeito quer atacar, e "atacar" num sentido bem lato, o american way of life, incluindo sua variação pé-de-chinelo aqui dos trópicos. É a proposta temática que, no final das contas, determina se o negócio é ou não indie. É a autonomia do mala do diretor, e isso só se vê no resultado, no que vai pra exibição, que decide: daí o nome alternativo "independente", cinema, filme "independente". Do contrário, se a gente for avaliar orçamento, condições de produção, tá é fazendo economia da indústria cinematográfica, sociologia do trabalho, sei lá, mas apreciação estética é que não vai ser!

Eu sei que a gente não pode isolar uma coisa da outra, produção e produto, principalmente quando se trata de cinema. Mas também não vamos embolar tudo, caindo no reducionismo da escola tucana de cinema. O que se trata é de fazer crítica, e usar indie como um termo crítico, estético, e não como rótulo de relatório de gastos.

Enfim, um filme "caro" não deixa de ser indie se tiver a Chloë Sevigny no elenco; ou então ela se enganou, e santa não se engana!

In Buscemi we trust

Interessantíssimo ponto levantado pelo nem sempre incisivo e muitas vezes vago camarada fundamentalista. Buscemi is the man. O homem que conseguiu fazer Con-Air e Armageddon (duplo blaaaaaaaargh) parecerem aceitáveis. Não consigo imaginar façanhas maiores do que essas. Guerra do Iraque, déficit público gigantesco ou economia estagnada não são nada perto disso. Afinal, Jerry Bruckheimer e Michael Bay são muito mais perigosos que o tal do Saddam Hussein e do Mahmoud Ahmadinejad.

For your consideration

Steve Buscemi
Yanks, consider this man for President of the United States of America.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A Sandy, o Júnior e o fim - Uma rápida reflexão

Ontem, ficamos chocados ao receber uma notícia triste e surpreendente. A dupla Sandy e Junior declarou oficialmente a sua separação depois de 17 anos de carreira. Como polaroids de uma época para sempre perdida, os dois refletiram com perfeição as angústias, agruras e anseios de uma geração, estando para a música pop brasileira como a nouvelle vague francesa esteve para o cinema moderno. Mas, como consolo, teremos a oportunidade de acompanhar de perto o surgimento de dois artistas cujos conceitos poderão preencher um vazio imenso na MPB: Sandy virará a cantora de voz, alma e personalidade que tanto sonhamos desde o dia que a Elis Regina tombou no altar dos excessos setentistas. E Júnior, multi-intrumentista de raro talento e cantor de inacreditáveis dotes vocais, poderá lapidar todo esse potencial quase infinito e se transformar numa espécie de Prince tupiniquim, ditando o ritmo da nossa música, os nossos comportamentos e criando e desfazendo a moda, além de poder continuar fazendo belas jams com o guitarrista do Sepultura, aquele barbudo lá. E que venha uma nova era na nossa música, de gente fina, elegante e sincera.
Sandy e Junior, RIP -1990-2007+

Chloë Sevigny, apparizioni della madonna

Eu há muito estivera vivendo em densas trevas, sem atinar com a experiência epifânica pela qual o cinema independente norte-americano desde sempre (pelo menos, pra mim) vinha tentando me resgatar de um modo de vida corrupto e grosseiro.

Ah, mas a revelação, como posso dizer, estava cifrada, dissimulada justamente por coisas que qualquer um julgaria imundas, corruptas. Mas, então, é que a beleza dessa verdade místico-religiosa se faz ainda maior. Onde meus olhos moralistas só viam o pecado, aí é que se escondia a face da pureza, da santidade, e uma santidade indie!

E essa face é senão a de Chloë Sevigny. Desde o submundo, do meio de toda a sua aparente degenerescência de costumes e almas, eis que emerge, pura e em si mesma incorruptível, ainda que tudo em redor o negue, Chloë Sevigny. È la madonna indie!

Ah, se tão-somente abrirem seus corações, como crianças, verão em filmes como, por exemplo, Meninos não choram e Psicopata americano, como eu mesmo vi, a imagem da santa, à qual toda criatura indie, ficcional ou não, pode ir ter e lhe rogar patrocínio, nem que seja apenas participação num filme, contanto que este se harmonize com a piedade e credo indie.

É sempre ela, que por mais que seja humilhada, jogada à lama, sempre reluz, sempre se volta à câmera, com a cara manchada, mas o coração e os olhos puros: Chloë Sevigny, ícone de beatitude. Mesmo os indie têm diante de quem dobrar os joelhos, seu modo de desviar os olhos desta terra imunda e má em direção do céu. Ah, santinha!

terça-feira, 17 de abril de 2007

Agora podemos desenvolver algo, ou diversão.

Agora que estamos juntos igual aquelas famílias disfuncionais de filmes americanos de baixo orçamento( quem é a Scarlet Johanssen?), poderemos denvolver um tema parecido ou, como segunda opção, ficarmos atacando uns aos outros sem parar( o que eu não recomendo) .

Estava pensando em falar, como todos os camaradas postaram, em moldes de filmes: no molde dos filmes asiáticos épicos; primeiro, algum diretor que fala parcialmente a língua inglesa, mas ninguém entende o que ele fala mesmo que parcialmente e tem tendências estranhas( homossexuais, etc...); Jet Li ou ChowYun Fat; Lucy Liu ou Ziyi Zhang( as vezes as duas); coreografia marcial, subtende-se Wo Ping Yuen; mais Wo Ping Yuen; alguma trama que seja algo de importantância histórica pra nação chinesa misturado com um trama menor, na qual tem-se um amor proibido( irmãos, mãe e pai, discípulo e mestra e vice versa, qualquer coisa parecida é aceitável desde que seja proibido); uso de cores bem fortes e tomadas sensoriais ou qualquer coisa que a platéia não entenda acompanhada de uma trilha musical chinesa; e em alguns casos a aparição de pombas em lugares mais inesperados( em alguns casos).

Há alguns casos de filmes que saem desse esteriótipo, são poucos, esses filmes são chamados de bons.

It's Zodiac time!

Guia do Zodíaco -Nível Stupid For Nerds Only

Áries- Fique longe de todas as pessoas desse signo nefasto. Se você for de Áries, só digo uma coisa: fique longe, bem longe de mim. Personalidade do signo: Adolf Hitler

Touro: Taurinos são bobos-alegres por natureza, seres capazes de falar e falar e falar por meses, anos, décadas seguidas, quando o apocalipse chegar, quando tudo for trevas nas terra, restará ainda um Taurino falando sobre como o seu fim de semana foi sensacional. Quem conhece um taurino não precisará nunca de anestesia. Personalidade do signo: Pol Pot

Gêmeos: Você acordou meio sádico, está com vontade de ouvir desaforos, ofensas, está com vontade se ser ridularizado, de ser pisado insaciavelmente por alguém? Bem, a solução é simples: ligue para o primeiro(a) geminiano(a) que lhe vier na mente. E se prepare para o festival de grosserias. Seres frios, mas obstinados, como se isso fosse uma qualidade. Personalidade: Johnny Depp (só lembrei dele mesmo, bem tosco)

Câncer: Ai, os cancerianos! Seres meigos, fofos, sempre fantasiando algo ou alguém que faça uma vida toda valer a pena, um objetivo ao qual se agarram, uma idéia de um mundo de compreensão, entendimento, fantasia! Os maiores bunda-moles de todo o Zodiáco. É um fardo, não um signo. Cancerianos são destinados a serem capachos pelo resto das suas vidas. Se voce vir um canceriano, fique longe também, ou vai acabar parando no meio do mundo mágico de Willow com aqueles anões feios e estranhos. Personalidades: George W. Bush e Júlio Cesar, imperador romano (olhe só, dois dos maiores bunda-moles da história da humanidade! Coincidência, né?)

Leão: signo das pessoas mais humildes do Zodíaco! Seres altruístas, incapazes de ignorarem os sentimentos alheios, sempre prontos para ajudar as pessoas, sem qualquer benefício próprio! Personalidades: Mussolini e Napoleão (duas das pessoas mais humildes e generosas da história da humanidade!)

Virgem: Putz, virginianos são encrenca. Passionais até o limite do insuportável, rudes, temperamentais, sinceros (eufemismo para chatos), experimente mentir para um virginiano, e você verá que existe o inferno na terra. Vai em frente, azar o seu. Personalidade: Neto, ex-jogador do Corinthians

Libra: Librianos precisam agradar a todos. Sem excessão, TODOS. Por isso, são considerados os camaleões do Zodíaco, podendo assumir diversas formas de comportamento que possam se adequar ao meio e as pessoas do seu convívio. Possuem uma estranha admiração por computadores, informática, contabilidades, trabalhos burocráticos e links para sites chatos (hã?). Personalidade: John Lennon

Escorpião: Emotivos, temperamentais, ocasionalmente agressivos, instintivos, um verdadeiro turbilhão de emoções. Ou seja: fique longe deles também. Personalidade: Pelé

Sagitário: Pessoas desse signo apresentam uma curiosa distinção, entre o que eles acham que são e o que o mundo acha deles. Eles se acham seres livres, almas sempre a procura de novos rumos para a vida, de pessoas novas, de emoções imediatas e de soluções simples para os dilemas existenciais. Mas para o resto de nós, são seres eternamente presos nas suas pretensões vazias e na sua cri-crice aguda (essa foi um recado pessoal). Personalidade: Woody Allen (vejam só, aquele que diz que quando acaba de fazer um filme, esse morre para ele e ele nunca mais o vê. Típico)

Capricórnio: signo mais racional do Zodíaco. Adoram mandar os outros coçarem os sacos e se mexerem, mas na hora de coçar o seu próprio... Sempre atentos ao que acontece no seu redor, não se engane com a aparencia pacata dos mesmos, eles devem a essa altura saber tudo sobre a sua vida! Corra! Personalidade: Mao Tse-Tung (sacaniei! huahauhauhauahuahuahauhau!!!!!)

Aquário: signo mais volátil, sempre estão mudando a maneira de encarar o mundo, não aceitam cobranças, adorariam poder escolher com quem gostariam de falar todos os dias, pois não gostam de perder tempo com quem não os interessa no momento (FÚTEIS!). Personalidade: W. Axl Rose (vejam só nenéns, o nome inteiro dele é um anagrama para WAR! Entenderam? War, Guerra!)

Peixes: não sei nada sobre o signo de peixes. Imagino que as pessoas desse signo devem adorar uma boa pescaria (peraê, peraê, quando começam a sair coisas desse tipo, é a hora certa de encerrar o bagulho. Mas um rápido adendo, Kurt Cobain era pisciano, leiam a biografia dele, e terão uma idéia de como se comporta um pisciano. Mas não leiam a parte do suicídio! É feia e triste!)

A todos aqueles que se sentiram ofendidos ao lerem a descrição dos seus signos: a verdade dói, e por isso eu fico sempre longe desses geminianos malvados e pervos!

Como fazer um filme cult

Como fazer um filme cult? Essa é fácil. Tem receita e tudo. Vou até passá-la pra vocês. Só que tenho que fazer uma coisa, que é avisar que a receita vale especificamente pra nossa geração, pra contemporaneidade, e contemporaneidade de, no máximo, uns dez anos pra cá. Beleza, gente? Firmeza, então.
Bom, pra começar, são várias as dicas, e se podem adotar aquelas que você quiser. Acho mesmo que, se colocar todas juntas, pode sair uma obra-prima insuperável do nicho. As comunidades do Orkut dedicadas ao seu filme podem estourar a casa dos 10.000. Imagina. Quem sabe, até concorrer com a do Requiem for a dream ou do Trainspotting. Tem de sonhar grande.

Primeira dica: faça enquadramentos classudos; bote a câmera em ângulos inusitados, amarre-a no corpo dos atores, sacuda-a bastante. É importante também cuidar da cromática. Seja bem evidente, isto é, deixe bem claro para o espectador que você está brincando com as cores do filme de propósito, tipo, "ei, está vendo este azul, quer dizer que o personagem está triste; e este vermelho quer dizer que ele vai descer a porrada em todo o mundo".

Segunda dica: escreva diálogos bem cuidados, espertinhos. Se você não tiver muito talento na escrita e não quiser passar a tarefa pra outro, afinal, se trata de fazer um cinema autoral, e não tem que nenhum maluco vir meter o dedo na tua obra, reduza ao mínimo a interação verbal. O efeito pode ser até maior. As personagens caladas, olhando-se sem dizer nada. Pode render um filme climático. E, vocês sabem, filme climático é classudo pra caramba. E isso já adianta o passo seguinte, o da escolha temática.

Terceira dica: na escolha temática, que envolve sua postura como artista, você tem duas opções: ou chocar, ou falar sobre a dificuldade de comunicação. E chocar é justamente o contrário desta última: uma afirmação do poder de comunicar algo. É enfiar na cara de alguém que isso é isso, assim mesmo, desse jeito que você tá dizendo que é. Quem choca sempre é ousado, ainda que tenha muito sociólogo chato, disfarçado de crítico, pra relativizar a eloqüencia de uma boa cena de sacanagem ou de um filho estourando a cabeça da mãe com um martelo. Quanto a quem for optar por rodar um filme sobre a dificuldade de comunicação, de se fazer entender, é só adotar a dica da supressão de falas logo acima e filmar algo climático.

Olha, e eu paro por aqui, não quero entregar o ouro de uma vez só. E também não quero me alongar. Isso é só o começo. Nem falei de atores, de atuações e de personagens. Deixo pra depois. Sussa.

Eu?

Fingindo uma cegueira momentânea, esquivo-me dos ataques cruéis, infundados, raivosos e oblíquos do Mano Fundamentalista, e do seu simplismo odioso e revoltante, deveríamos criar uma descarga com códigos hexadecimais para despejar todo o seu esgoto retórico e... perae, do que eu to falando mesmo? A, sim, beleza, deixa pra lá, o bagulho vai ser resolvido na praça, jão, ce que me espere, seu tonho.
E agora, pra descontrair o pesado clima criado pela inveja e pela infãmia (infames!), aqui vai pra vocês, algo que tem tudo a ver com o tema discutido acima: os 5 maiores vícios dos cineastas independentes americanos! Go Ahead, Yankees!

5- Tios gays sarcásticos e cínicos usados como ferramenta de linguagem para jogar na cara do público todos os defeitos do resto da família (tendo em mente duas pré-suposições: todo filme independente americano versa sobre famílias disfuncionais e todo diretor independente acha que o seu público é burro demais para entender sozinho as minúncias da narrativa)
4-Personagens no meio do filme (sempre no meio) olhando pelados para o seu reflexo no espelho (momento que inicia o processo de "auto-conhecimento").
3- Os personagens mais bonzinhos e fofos dos filmes acabam revelando-se no final viciados em pornografia e/ou maconha.
2-Scarlett Johansson
1-Chuvas de sapos (WHAT?)

Polêmica preliminar

Vejo que o assim rotulado Camarada Progressista aceita o rótulo mansamente. Pois desde o início confirma sua postura pretensamente combativa e contrária, mas que, na prática, recua diante do establishment, porque almeja os favores deste.

Supunha eu que, como demonstração mínima, minúscula, de amor-próprio, teria o assim chamado Camarada Progressista alguma autonomia, dando-se a si mesmo um nome que lhe conviesse. Se melhor ou pior, não vem ao caso. Mas não: ele se submete. Repito que isso é só o começo. Não se assustem nem se enganem: a retórica agressiva do assim chamado Camarada Progressista, suas vociferações, tudo não passa de bravatas.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Das 7 salas, eu não conheço somente a de número 7.

E, sorrateiramente, me junto com a congregação, assumo o rótulo a mim cabido, e digo, em alto e bom som, que sim, fomos todos no cinema, e, pena, o filme era uma m... mistura de diversos gêneros e pretensões que jamais se assumiam como um conjunto que fizesse a história parecer relevante ou no mínimo digerível por nós, filisteus assumidos (camarada moderado justamente excluído dessa afirmação- entendeu, fundamentalista?).
Espero que tudo aquilo que for escrito, discutido, argumentado E contra-argumentado nesse blog (é isso mesmo?) morra nessas mal ajambradas linhas virtuais.
Pois eu não sou homem de assumir ofensas, críticas e gracejos na frente dos que por mim serão atingidos, sendo, por assim se dizer, além de um viciado em vírgulas de efeito retórico, um (lamentando a falta de termos mais eficazes) ser pervamente covarde. Sim, eu sou pervo. Feitas essas colocações, espero, como um perna-de-pau indo para os vestiários no final do jogo depois do seu time levar uma surra, dizer aos repórteres que sim, o time está unido, estamos fazendo tudo o que o nosso professor está mandando, e que o que vale é a vitória, os 3 pontos, e por consequencia consequentemente, o campeonato. Despeço-me desejando aos incautos belos copos de leite e desejando muito, mas muito mesmo, da velha e boa ultra-violência.

Camarada Moderado se apresenta (Título acrescentado por Camarada Fundamentalista)

O que me cabe é acalmar os nervos, colocar os meninos pra conversarem. Meio que uma protistuta que acalma um cliente bêbado que não quer pagar a conta( ainda que perca em muito em beleza e volúpia). Estamos aí pra considerar, ponderar um meio termo razoável. Sou meio avesso a ser extremado, ainda que tantas vezes exagerado, e gosto do exagero, mas em discussões prefiro algo mais calmo, um jazz e uma contemplação.
Agradecimentos ao Camarada Fundamentalista por ter me inserido e dou a palavra ao outro: o Camarada Progressista.

O nome do blog mente

O nome do blog mente. Não fomos só ao cinema. Flanamos pela Paulista, por toda ela, e daí que vimos e falamos de muitas outras coisas. Na maior parte do tempo, de cinema, admito. Mas também de televisão, de música, de relacionamentos (os fracassados e a fracassar, é claro) e de sonhos egocêntricos e megalomaníacos de fama e grandeza.

Não faço convites; os que quiseram se achegar à roda, que se acheguem. Só aviso que esta é a apresentação razoável e polida que dou a algo que, espero, não seja nem um pouco polido ou razoável, a não ser pelo nosso camarada, o Camarada Moderado. Ele que seja a voz apaziguadora aqui. Quanto a mim, que eu seja, por comparação a ele, o Camarada Imoderado, o Camarada Fundamentalista. É isso, sou o Camarada Fundamentalista.
Ciao.