domingo, 23 de agosto de 2009

Meu amigos e eu conversando sobre arte – tipo um poema modernista

Ih, indie.


I.

Fui lá na exposição do Degas.
Ôôô. E aí?
Degas, meu. Sensorial.
Cezanne.
Cezanne.
E aquele tecido lá da saia da escultura?
Pô, tecido de bailarina. De roupa mesmo.
Sacada do cara.
Pffff.

II.

Saca os pré-rafaelitas?
É, tipo vi uma vez numa aula de História da Arte na FAU.
É muita informação mesmo.
Matisse.
Puuuuuuutz, Matisse. Toca aqui.

III.

E Kandinsky.
Bauhaus, é.
Tem Dalí.
Velásquez.
Muita renascença.

IV.

Meu preferido é Van Gogh. Aquele fogo todo, tipo um fogo mesmo.
A pincelada que queima, né?
Éééé, toda uma mistura. A representação mesmo.
Arte é mesmo o que vem de dentro.

V.

Sabe do que eu gosto? De abstracionismo.
Meu, Pollock!
Pollock!
Tem aquele filme com aquele carequinha.
Issssssso.
O carequinha, como é que o nome dele?

Pô, Matisse.

Dá até uma fome.

Nota: a ausência de palavrões é puramente ficcional.

4 comentários:

  1. Tipo, super me identificay.

    Ainda mais porque eu estudo na FAU... mas isso você já deve saber.

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  2. Não faça isso! Se você deixar qualquer coisa aos meus cuidados com o bibliotecário ele vai estragar tudo.

    Eu e ele temos uma rixa pós-moderna de cunho político-ideológico-apostólico-grevista. Passamos por arranca rabos homéricos via email e quando descobri quem era o fulano ue me enchia a caixa de entrada com xingamentos fui atrás, toda nervosinha, tirar satisfações. E ele ficou com medo e fugiu de mim

    (claro que não foi exatamente assim, mas foi bem assim assim)



    Eu gosto dos seus textos.

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  3. já tive um diálogo dessa estirpe. Foi mais ou menos assim:

    – Sabe as meninas?
    – Spice Girls?
    – Não, Velázquez.
    – Ah, tá.

    Moral da história: não adianta muito estar na FAU, né Corol?

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