sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Cinema - Estréias da semana (o retorno)

É isso aí. Trago de volta a seção mais over desse blog. Estreías da semana, o guia mais sincero e equivocado de filmes que existe na net. Pois desse teclado saem somente as teclas da verdade. Confere ai o bagulho:


O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford - Diretor: Andrew Dominik; Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck e Mary Louise Parker
As filmagens ficaram prontas em 2005. O filme demorou dois anos para sair, já que o corte final tinha quase quatro horas de duração, o que deixou o pessoal do estúdio um tanto quanto nervoso. No final, deixaram 160 minutos mesmo, sabe como é. Falaram maravilhas desse filme, o que não deixa de ser meia verdade. O Brad Pitt e o Casey Affleck (o irmão Affleck que não merece apanhar) garantem o êxito do filme, auto indulgente demais nas suas tentativas de poesias visuais, aquela coisa Terrence Mallickiana de colocar os personagens olhando para o horizonte em meio a uma paisagem deslubrante. Sim, eu gosto dos filmes do Terrence Mallick, mas o Andrew Dominik, ex-diretor de comerciais na Austrália (precisamos começar a eliminar os atores e diretores australianos, é uma epidemia, e deixar somente o Peter Weir) passa longe da excelência do mestre. Pelo menos a gente já sabe qual vai ser o final do filme, afinal a história americana e o quilométrico título já garantem o serviço.

Viagem a Darjeeling - Diretor: Wes Anderson; Elenco: Owen "Suicide Solution" Wilson (sacaniei), Jason Schwartzman e o nariz do Adrian Brody.
O Wes Anderson voltou! Ouviram? O quê, ninguém ficou lá muito animado? A, tá, vamos todos crucificar o cidadão por culpa do Vida Marinha. Que nem era tão ruim assim. A história não é muito promissora, três irmãos que embarcam numa viagem pela Indía em busca da mãe. O elenco é indigesto, o insuportável nariz do Adrian Brody foi uma escolha infeliz, e o Jason Schwartzman já merece a honraria de Coppolla menos talentoso. Mas filmes do senhor Anderson jamais poderiam ser julgados pela superfície. Sei que não chega nem perto do neo-clássico moderno Excêntricos Tennembaums, mas aí seria pedir demais. E tem um bônus: antes de começar o filme propriamente dito, passa um curta chamado Hotel Chavelier, que introduz o personagem do Jason Schwartzman. São treze minutos em companhia da Natalie Portman, que contracena com ele apenas nessa parte. Um alívio para quem tem de encarar depois uma hora e meia do napudo mais insuportável do ocidente. Maldito Polanski.

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