Encaminhei-me ao cinema ontem para assistir a um filme com minha irmã e cunhado. Nos deparamos com uma escolha que envolvia duas opções. Ou assistir ao Transformers 2, ou assistir a esse A Proposta. O meu cunhado é fã de filmes de ação, e estava mais propenso a assistir ao neoclássico de Michael Bay. Mas foi derrotado por votos por mim e a minha irmã, que, em nome da velha e velada cumplicidade fraternal, escolhemos a outra opção. O filme é médio, mais para bom do que para ruim. Os atores são muito bonitos. Sandra Bullock já tem 45 anos, mas continua muito bonita, e Ryan Reynolds desperta a paixão das mulheres e dos homens que não são homens também, já que é um rapaz muito bonito.
O filme, que é mais para bom do que para ruim, situando-se então em uma média de cunho médio, é muito agradável. Tem piadas divertidas quando o momento pede por piadas divertidas, tem romance quando o momento pede por romance, tem lições morais muito importantes quando o momento pede por lições morais muito importantes, apresenta momentos de maior seriedade e ambição narrativa quando o momento pede por momentos de maior seriedade e ambição narrativa, e conclui com um esperado, merecido e previsível final clichê, já que o final desse filme pedia desde o seu primeiro minuto por um final esperado, previsível e clichê.
A personagem da Sandra Bullock é uma séria, sisuda e compenetrada editora de uma editora de livros em Nova York, que abdicou totalmente de sua vida pessoal em nome do trabalho, é odiada e temida pelos seus empregados, e precisava apenas de um amor inesperado e impactante para redescobrir o canal que a ligaria às suas emoções e sentimentos, tão sonegados e escondidos ante essa máscara de impenetrabilidade profissional. O personagem do Ryan Reynolds é o assistente do personagem da Sandra Bullock no filme, um rapaz sério, trabalhador, honesto e cavalheiro, que foi contra os desejos de sua próspera família no Alaska (um estado muito bonito, escondido do lado do Canadá) para perseguir o seu sonho de ser um assistente de uma editora draconiana em Nova York. Uau.
O casal subverte a noção usual de que a mulher deve ser agraciada com o pedido, em nome da comédia de situações
Quando a personagem de Sandra Bullock - que é uma atriz muito bonita, de verdade- depara-se com um problema legal que a fará ser deportada dos Estados Unidos da América (o país mais poderoso do mundo, cujo presidente é o Barack Obama), já que ela é uma canadense e resolveu, mesmo com problemas de renovação do seu visto, viajar a uma feira de livros em Frankfurt, na Alemanha (país muito rico que formou o eixo, ao lado do Japão e Itália, na Segunda Guerra Mundial), o que provocou a ira dos escritórios de imigração, que resolvem então deportá-la do país.
A personagem de Sandra resolve então, de sopetão, engatar um improvável casamento de fachada com o seu assistente, o personagem interpretado pelo Ryan Reynolds (que, segundo as mulheres e os homens que não se acham homens, é um rapaz muito bonito). O que se segue então são confusões engraçadas, momentos de redescoberta pessoal, a redefinição do significado das palavras amor e família, uma discussão ampla e complexa sobre o valor e peso das atividades profissionais em detrimento da nossa vida pessoal e do amor, que, segundo esse filme e o Fábio Jr, famoso cantor brasileiro, é um sentimento muito bonito.
No final, saímos da projeção com uma sensação doce, suave, lívida e perfumada, como as flores que desabrocham na primavera depois do mais rigoroso inverno. Rigoroso inverno como esse que vivemos agora, que estava em pleno vapor quando eu fui ao cinema ontem com minha irmã e cunhado, para assistirmos a um filme, que veio a ser esse A Proposta, que tem um casal de atores muito bem apessoado e bonito, e que levantou discussões muito importantes a respeito de valores como amor, família e carreira.
devia ter assistido tranformers, kk
ResponderExcluirahahah, o texto está melhor que o filme, valeu ter assistido.
ResponderExcluirEntão Camarada Fundamentalista, o Clube de Leitura é mesmo para mulherzinha, e apesar de eu ser aquela fã do layout passado do seu digno blog, não acredito que vá querer falar do romantismo do Mr Darcy, da TPM da Virginia Wolf, da insônia por falta de amigas da Lispector... ou vai??
Bem, se quiser, será bem vindo. Adoraria muito sulper ultra master um colega de blog papitando sobre a mulherada. Seria interessante. Vocês já acham o Ryan Reynolds bonito, já é um começo!
Sua crítica começa bem, avaliando o filme em questão de forma adequada. As circustâncias que o levaram a assistir "A Proposta" são dispensáveis, mas garantem de certa forma sua aproximação psicológica-emocional com os leitores.
ResponderExcluirNo entanto, na reles tentativa de fazer humor, o texto resvala miseravelmente no didatismo imbecilizado - proposital, tenho certeza - que lembra o curta Ilha das Flores, de Jorge Furtado. Talvez se tentasse ser menos "engraçadinho" sua escrita fosse mais eficiente. Obrigado.