sábado, 22 de março de 2008

7 filmes

Quem disse que ficar em casa é chato? Breviário crítico-metidinho dos últimos filmes que eu vi. Mas falar do que a gente gosta faz o estilo cair vertiginosamente, tipo escrever “cair vertiginosamente”. Você baixa a guarda, larga a pose e fica todo docinho, todo sentimental.

No Calor da Noite: policial bonachão, com Rod Steiger de policial bonachão, as mãos de Sidney Poitier e Sidney Poitier. Muitas risadas e cenas antológicas. Números: Rod Steiger masca o mesmo chiclete 1.475.816 vezes durante os 110 minutos de projeção; e 72 são os confrontos com Sidney Poitier, mas apenas 68 aqueles em que pelo menos um dos dois aprende algo sobre o caráter do outro.

Viver a Vida: HUASHUASHUASHUASHUASH. Mclovin brechtiano.

Godard, em momento de descontração, dança com sua então esposa Anna Karina durante filmagens.

Superbad – É Hoje: Godard. Também brechtiano. Anna Karina massacrada. Mclovin. Leve lenços. You’ll know.

O Boulevard do Crime – Primeira Época: melhor que O Boulevard do Crime – Segunda Época.

O Boulevard do Crime – Segunda Época: Fréderick Lemaitre, Fréderick Lemaitre, Fréderick Lemaitre. E, quando comentá-lo com os amigos chatinhos que gostam e entendem (?) de cinema, choque (mas não se esqueça de fazer cara de Anna Karina) com “É melhor que toda a nouvelle vague junta”. Não me diga!

Memórias do Subdesenvolvimento: o quêêêêêêêêê? Cinema latino-americano que pensa? O quêêêêêêêê? Cinema latino-americano? Você? Não creio. E depois? Garota de Ipanema? Um cantinho e um violão?

A angústia existencial de viver só cercado de mulherão: uma porrada de suspension of disbelief.

O Grito: Antonioni sem medo no coração. Amando muuuuuito. Ladrões de Bicicleta com muita mulher bonita dando mole. E depois querem reduzi-lo ao esteticismo? Talk to the hand! (Andava num impasse: cinema italiano ou francês? Zurlini, Antonioni, Carné, Bresson. Difícil. Mas assistindo O Grito, vi Dorian Gray, essa aí em cima, e, pelamor, como era fácil decidir.)

Eu blogando em cena de filme independente a ser lançado.

Nous Avons été au Cinéma: e quando adaptarem pro cinema a minha história, sobre como eu passei de junkie a blogueiro, well, vou exigir, com cláusula de contrato e tudo, que a Chlöe Sevigny me interprete, tipo a Cate Blanchett interpretando o Bobo Dylan. Pegou mal? E se eu te disser que eu adooooooro David Bowie?

Um comentário:

  1. ah, o David é uma instuição já! hehehehe... ele foi meu primeiro amor, hehehehehe...

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