Mao Tse Tung
Eu não sou um libertador. Libertadores não existem. São as pessoas que libertam a si mesmas
Che Guevara
Na prática da tolerância, o seu inimigo é sempre o melhor professor
Dalai Lama
O Capitalismo exige brutalidade
Manic Street Preachers
Que comam brioches!
Kirsten Dunst. Ops, er, que dizer, Maria Antonieta
Vejam só essa tacada!
George W. Bush
Perguntei pro céu, perguntei pro mar, pro mágico chinês, mas parece que ninguém sabe, aonde a felicidade, resolveu de vez morar
Xuxa
O Capitalismo morreu para o ex-blog Fomos ao Cinema no segundo que se encerrou uma sessão do filme Grupo Baader-Meinhof, numa noite de Quinta-Feira em um cinema burguês (1) no centro da Cidade de São Paulo. Depois do encerramento do filme, Camaradas Fundamentalista e Progressista, que estavam entre as estimadas 35 pessoas que compareceram à sala naquela histórica sessão (80% homens e 20% mulheres, segundo estimativas dos mesmos) tiveram uma epifania violenta, chocante e absolutamente necessária. Análises de filmes são ferramentas burguesas (2) de manipulação das massas, lavagens cerebrais destinadas a distrair o operariado das causas que realmente importam para o homem e seus semelhantes. A cultura, com sua subjetividade tipicamente antropocentrista, é inimiga do coletivo. Mas para vocês entenderem todo esse processo, darei um breve resumo do que foi o Grupo Baader-Meinhof e do filme, mas evitando o uso de vírgulas e pontuação, quebrando assim a gramática e o senso de organização morfológica que gera a unidade chamada texto, um valor que nesse caso seria de uso burguês (3).
o Grupo Baader Meinhof foi uma organizacao terrorista de extrema esquerda formada na Alemanha na decada de 60 e que pregava que o crescente imperialismo norte americano era uma revitalizacao dos valores nazistas que assolaram a Europa anos antes e a proposta do grupo era atraves de taticas violentas e imediatistas exigir a saida americana do Vietna e o fim da participação alema no conflito alem de defender o fim do sistema capitalista na Alemanha que era considerado por eles o principal culpado pelos horrores nazistas e a instituicao do sistema socialista que seria responsável por uma organização mais justa e menos opressora dos trabalhadores o nome oficial do grupo era Faccao Exercito Vermelho sendo Baader Meinhof o nome dado pela imprensa burguesa (4) que evitava chamar o grupo pelo nome verdadeiro por medo de compactuar com suas ações sendo Baader o ex ladrão de motocicletas convertido em revolucionário Andreas Baader e Meinhof a ex jornalista esquerdista de sucesso convertida em revolucionária Ulrike Meinhof mas mesmo com a fama de Meinhof os verdadeiros cabeças do grupo eram Andreas Baader e a sua namorada Gudrun Ensslin o grupo aterrorizou a Alemanha por quase trinta anos com bombardeios a órgãos oficiais como delegacias de polícia comandos militares e embaixadas estrangeiras resistindo a prisão de seus principais integrantes e a morte controversa dos mesmos
O cartaz burguês do filme que, embora muito bom, peca pela falta de coragem no final.
Dito isso, declaramos aqui a total e absoluta rejeição dos valores capitalistas. O capitalismo, que gera aberrações como a desigualdade, a miséria, a exclusão social, fãs de White Stripes, filmes da Hasbro, Hebe Camargo, Dado Donabella e Tom Clancy, precisa ser combatido firmemente, e não somente com palavras vazias destinadas a agradar o mesmo público moderado que permite a desigualdade dos homens. Dentro dessa nova doutrina do ex-blog e atual organização terrorista chamada Fomos ao Cinema, damos aqui então uma lista de tudo aquilo que passamos a aprovar ou não, dentro da nossa nova proposta. E agora todos os textos serão assinados em conjunto pelos Camaradas, já que o indivíduo não mais se sobressairá ao coletivo. Eis aqui a lista.
A verdadeira Gudrun Ensslin, mãe da Guerrilha Urbana alemã. Erguemos o punho em sua homenagem. E cortaremos as cabeças dos leitores que olharem para essa foto e pensarem que "nossa, com essa ai eu quero é fazer uma revolução do amor, que gata!". PORCOS MACHISTAS!
Coisas de cunho burguês (5) e ferramentas de dominação das massas rejeitadas por nós:
Hannah Montana – Hannah é loira, e os povos brancos vêm sistematicamente oprimindo os povos de outras etnias. Por isso, rejeitamos essa garota, por simbolizar a opressão branca. O homem branco é o inimigo. Logo, Hannah Montana é inimiga da revolução.
Selton Mello – Selton Mello quer aparecer em todos os filmes lançados no Brasil. A sua gana e insaciável vontade de aparecer perante os holofotes do cinema nacional nada mais são do que uma representação perversa da onisciência da burguesia (6) empurrando goela abaixo do proletariado as suas muletas culturais descartáveis e vazias de valor. Por isso, rejeitamos o Selton Mello.
Starbucks – A Starbucks é considerada um dos exemplos mais admirados em matéria de valorização de marca e modelo de negócios. Nada poderia ser mais burguês (7), pegar uma bebida do povo como o café e dar um verniz de sofisticação e futilidade. Por isso, queremos a saída imediata da Starbucks do Brasil.
Chistopher Nolan – A bilheteria obscena conquistada pelo filme O Cavaleiro das Trevas em tempos de crise simboliza o eterno assalto promovido pela elite branca em cima do proletariado, que despejou o seu suado dinheiro ganho às custas de uma luta injusta e insana em nome de um filme não muito bom. Rejeitaríamos também o Heath Ledger, mas ele já morreu, então não faz sentido rejeitá-lo.
Angélica – Angélica ganha um milhão de reais para trabalhar quinze minutos por dia. Um milhão de reais equivale a 2 mil salários mínimos. É a matemática do diabo branco. Por isso, rejeitamos a Angélica. Por outro lado, Xuxa Meneghel, com sua história de luta marxista e a sua constante intenção de passar os valores da causa para os jovens, criando assim um importante imaginário coletivo infanto-juvenil, não pode ser desprezada. Por isso que lá embaixo nós aceitaremos a Xuxa.
Luciano Huck – Mesma coisa. Mas no caso dele, são duas horas de trabalho por semana.
Cartaz que os porcos publicaram por toda a Alemanha no auge da atividade da Baader-Meinhof, no início dos anos 70. Punhos levantados em homenagem à resistência dos camaradas.
Coisas que não consideramos serem inimigas da revolução
Black Eyed Peas - o fato dos seus 4 membros representarem a mistura de raças e a igualdade entre os sexos torna esse importante grupo norte-americano amigo da causa revolucionária, embora eventualmente eles se alinhem com ideais burgueses (8).
Morgan Freeman – Por sempre representar toda a dignidade existente na resistência das minorias contra a opressão em nome dos seus inspiradores no cinema, em filmes como Conduzindo Miss Daisy (embora a resistência do personagem nesse filme possa ser considerada moderada) e Apanhador dos Sonhos, Morgan Freeman é aceito por nós, e não é inimigo da revolução.
Commander in Chief – Geena Davis renascendo das cinzas para comandar a nação mais poderosa e burguesa (9) do mundo, subvertendo a noção de comando existente dentro da elite branca, que oprime também as mulheres, é um fator que faz essa série de curta existência, que foi cancelada em nome de uma pressão tipicamente burguesa (10) ser amiga da revolução, e importante material de inspiração para as mulheres.
Oprah Winfrey – A sua atitude tipicamente Robin Hoodiana de, através de uma vida de lutas e resistências contra a elite branca e machista, e que culminou na sua vitoriosa campanha de extração monetária das mesmas mãos que a oprimiam, distribuindo os seus bilhões com as mulheres negras, mostram claramente que Oprah Winfrey é uma aliada da revolução.
O personagem de Adam Sandler em O Paizão – Ele obviamente subverte o paradigma da família burguesa (11), ao constituir uma improvável família com um moleque engraçado e ensinar valores de resistência para ele, como mijar na rua, um típico espaço burguês (12). Que esse moleque engraçado viva no coração de todos os jovens que assistirem a esse filme, e que o personagem do Adam Sandler, que muito se parece com o revolucionário Andreas Baader seja lembrado como um exemplo de atitude benéfica para a revolução.
Em breve soltaremos mais comunicados, revelando ações posteriores e mais doutrinas a serem seguidas. Desejamos a todos os camaradas no mundo toda a sorte, e a luta continuará.
Obs: esse texto é dedicado à memória do casal Andreas Baader e Gudrun Ensslin, cujo fervor revolucionário e coragem de desafiar o sistema eram tão gigantescos quando o amor que sentiam um pelo o outro. O vídeo abaixo, editado pelo nosso Camarada Fundamentalista, é a nossa singela homenagem aos dois. Punhos ao alto, companheiros!
Vocês já foram sozinhos ao cinema?
ResponderExcluirFui ontem, assistir este filme. E foi tão depressivo...