sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Retrospectiva 2007 - Fomos ao Cinema

Eu não suporto retrospectivas. Quando os canais de tv, jornais e sites de internet resolvem apelar para esse artifício para preencher as suas programações vazias de Janeiro (todo mundo de férias, sabe como é), fico fulo da vida. Então o que diabos estou fazendo aqui assinando um texto que tem como título justamente tão odiada palavrinha? Eu não tenho a menor idéia. Quer dizer, não vamos nos enganar: o quintal dos outros é sempre mais limpo que o nosso. Aí, cê pega essa frase, inverte, e aí explica bem o meu comportamento aparentemente incoerente. Pareceu confuso? Lógico que pareceu. Mas eu vou é cortar esse papinho brabo, e ir direto ao que realmente interessa: relembrar quatro fatos marcantes do nosso primeiro ano de atividade, desde o início de blog, no já longínquo mês de Abril de 2007.

Mês Lindsay Lohan


Como profetas do apocalipse, dedicamos um mês inteiro para a maior periguete do mundo contemporâneo. Textos, crônicas, resenhas de todos os filmes feitos por ela, nada ficou de fora, sempre com o nosso olhar crítico, imparcial e insento. Das party girls, Lindsay é a maior, e como ela vai capotar logo, então já fizemos a nossa parte. Seria como se nós tivéssemos um blog em 1962 e fizéssemos (reparem no uso indiscriminado do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo) um mês inteiro dedicado à Marylin Monroe antes da morte dela. Celebremos os vivos ainda vivos, e não os mortos toda e inteiramente mortos!


Greve da USP e as Tretas Moderado/Fundamentalista X Reinaldo Azevedo

Dois estudantes beneméritos da Universidade de São Paulo, os Camaradas Moderado e Fundamentalista se deixaram tomar pelas chagas da verdade e resolveram meter a real no colunista mais tarja preta do hemisfério sul, Reinaldo Azevedo, o Diogo Mainardi sem talento, quando o incauto resolveu chamar os estudantes públicos e grevistas de "vagabundos" e "neomaoístas". O Fundamentalista deixou o senhor Azevedo tão melindrado, que o mesmo convocou seu exército de nerds republicanos para ofendê-lo, por meio de comentários nos seus posts(o blog do cidadão é moderado e o cidadão pode-se dar ao luxo de escolher os comentários que vão ao ar, um exemplo de democracia). Um verdadeiro baile no fantoche da Veja, sem dúvida.

Seinfeld e as Tretas Moderado X Fundamentalista/Progressista

Uma guerra civil ameaçou tomar conta do até então Suiçamente neutro blog. Depois de um texto meu falando sobre a chegada do box da oitava temporada da série criada por Jerry Seinfeld e Larry David, uma reação em cadeia de pura cólera se deu início, com ataques e ironias de ambos os lados, e que duram até os dias de hoje. Basicamente, eu e o Fundamentalista somos fãs da série, enquanto que o Moderado a abomina incondicionalmente, já que ele acha que a série é coisa de indies imbecilóides, e que o humor do show não se adequa ao seu estilo de humor. A treta foi tão grande que uniu até dois desafetos declarados, como eu e o Fundamentalista.´E também gerou outras discórdias, como quando o Moderado acusou os dois outros camaradas de não seguirem suas dicas. De toda a discussão e de todas as brigas, pouco se resolveu, já que aparentemente nenhum dos lados cederá em momento algum. O que nos restaria? Ignorar o assunto ou seguirmos com as trocas de farpas? Enterrar algo assim não diz respeito à imaculada tradição de combatividade dos camaradas. Por isso, esperem muita treta para esse ano ainda. E prevejo mais um motivo de discórdia em vista: Michael Scott e companhia. Aguardem.

Mês de Natal
Outro mês temático, acabou sendo um completo e profundo estudo dos efeitos da celebração do nascimento de Cristo e seus efeitos dentro da cultura Pop. Filmes, estudos sociológicos-filosóficos e odes aos efeitos que a data cria nos, sobe trilha, corações humanos. Falamos de Ernest, Capra, Sartre e Dwight Schrute, homens que um dia trabalharem por natais mais dignos e humanos para os seus iguais. Estudamos a solidão humana, o assombro de pais em relação ao comportamento errático de seus filhos, a miséria e as sombras que pairam nesse momento que gera tanta reflexão e desalento para os menos afortunados. O que mais poderia se esperar? Um fim grandioso para esse nosso já lendário primeiro ano.

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