Terei de ser FORTEMENTE contrário ao governo Lula para ter estilo? Será esse o preço a pagar pelo valor estético? Que é pouco, concordo; mas dá muito trabalho ser contrário a qualquer coisa. Ah, as coisas que me exasperam! Em vez de me tornarem mau, inspirando o espírito-de-porco, essa coisa tão benéfica ao estilo, elas me deixam é ridículo, enchendo-me de emoções mulherzinha. Isso me lembra que antes que termine o ano tenho de escrever um post sobre emoções mulherzinha, as minhas e as suas, leitor, que é tão cheio delas.
Por exemplo, quando você vem aqui e começa a dar chutes no ar, que nem o Chaves, porque a gente falou mal do Coldplay ou bem do Proust. Tudo porque você já tentou ler, mas se perdeu depois da terceira subordinada. Eu sei como é viver ressentido; a mesma coisa comigo quando as pessoas me falam de Desperate Housewives, e eu não consigo achar onde está a graça: começo a chutar o ar. Olha ele, mãe, olha ele! Ah, esse é o Kico, perdão.
E quando as pessoas dizem perdão sem realmente quererem perdão, não dá vontade de perguntar “perdão por quê?”? Não, realmente não dá.
Odeio fazer o social, mas odeio ainda mais quem diz que odeia alguma coisa ou diz fazer o social. Fazer o social parece uma combinação lingüística gay pedagoga. “Aí, eu disse que aquelas botas não ficavam bem nela, mas a bicha não entendeu, então tive de fazer a interdisciplinar e comparei com um fenômeno qualquer da Física; ai, amiga, como essa gente é burrinha”.
Mas tudo isso é pra desejar um Feliz Natal ae.
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