quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
O Gênio de Michael Bay - Parte 1 - A Rocha e Antígona
Uma direção sempre genial. De filme a filme Michael Bay nos brinda com explosões cataclísmicas, estética maravilhosa, roteiros bens costurados, direção de atores sempre eficiente. Enfim, grandes obras de arte que humilhariam até os nossos velhos amigos helenos barbudinhos. E é justamente aonde nosso grande diretor tira as idéias para suas melhores peças cinematográficas; afirmo, pois, foi onde o garoto Benjamin passou suas tardes no gramado da sua casa: lendo. Da costa ensolarada da Califórnia todos seus amiguinhos divertiam-se na praia enquanto ele transitava sua mente pelas maiores peças clássicas gregas e justamente Antígona foi a influência de sua primeira obra de destaque: A Rocha( The Rock [1996]).
Logo no início a trama prende o espectador, não se sabe o que acontece direito, nem mesmo o que vê, mas já se anucia a ação que vingará mais breve onde as duas frentes se digladiarão: a primeira vem através de militares insatisfeitos, chefiado pelo sempre expressivo Ed Harris, pois muito deles não recebem todas as glórias que merecem, pior, alguns nem são enterrados como americanos já que estavam em missões secretas; a outra representa o governorepresentantes, oriundos dessa parte temos uma missiva composta de Nicholas Cage e "o ex-james bond" Sean Connery: o novato idealista e o velho sábio. O esquema composto por estas duas frentes representa a dicotomia indivíduo/coletivo onde Bay sempre demostra que bebeu da fonte de Sófocles: enquanto Antígona/Ed Harris defende os direitos individuais clamando justiça e do outro lado temos Creonte/Sean Connery afim de assegurar sua sobrevivência e o status quo.
O filme elimina todas as bobagens que contêm as tragédias gregas, optando por uma ação desenfreada e diálogos espertos e rápidos; uma mistura do melhor de John Woo com Quentin Tarantino, mas mantém a principal característica das tragédias gregas, ora o bom e velho banho de sangue quando o desfecho se vislumbra. Uma discussão acalorada, e por sinal, muito condizente com militares desobedientes ocasiona a vitória inesperada de um velho espião e um jovem cdf do FBI contra o melhor das forças armadas. Assim sem nenhum erro de continuidade e um roteiro bem costurado. Benjamin Bay eleva a já velha dramaturgia grega trazendo a atmosfera helênica para o pragmatismo americano, mas com certa sutileza que pouco se percebe tal relação
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