Nós não somos Papai Noel, mas gostamos de aproveitar bons clichês para dizer que traremos a vocês belos presentes. Aproveitando o fim do primeiro ano do blog, queremos mostrar toda a nossa gratidão com vocês que acompanharam nesse tempo as loucuras e verdades da vida escritas nesse humilde espaço. Por isso, com as mãos trôpegas e o coração transbordando das legítimas emoções requeridas pelo momento, declaro a abertura oficial do Mês Especial de Natal do Fomos Ao Cinema. Assim como foi feito no já lendário (numa maneira Jesse James de ser) Mês Lindsay Lohan, um mês inteiro com textos abordando toda a mística natalina e o explosivo papel representado por ela na cultura pop.
O otimismo e a simbologia redentora da data, tão explorada por inúmeros filmes, livros e o escambau e que encontram sua melhor representação nas gloriosas obras de um Frank Capra da vida, esse homem que era até um certo ponto ingênuo no seu inverterado otimismo, e pelo qual todos agradeceram de joelhos no pior momento da história da humanidade; os esforços obstinados de um Godard, para quem o Natal significaria o ideal comunista-igualitário representado pela vermelhidão socialista de um Papai Noel da vida, cuja imagem imortalizada para o mundo, do velinho barbudo, bonachão e gordinho, seria nada mais, nada menos, do que uma alegoria com o alemão mais bonzinho e utópico de todos, Karl Marx (e o bônus: seria Engels uma das renas?) ; uma análise completa das cartas de Natal enviadas por Jean Paul Sartre, um homem de idéias, existencialismos e panetones (que baita cozinheira era aquela Simone de Beauvoir!); os filmes de um Ernest, criadores de uma das maiores mitologias natalinas da nossa era (Ernest vai ao Acampamento e o escambau); os melhores filmes de Natal já feitos, e aqueles que nós gonzonicamente juramos pelas suas existências; a solidão que por vezes caracteriza o 25 de Dezembro, exposta pelas trágicas obras de um Tim Allen, o maior comediante de ferramentas da história da humanidade e com uma visão de tal alcance que lhe permite enxergar essa época como o matadouro de todas as esperanças, a antítese Capriana na sua máxima expressão; o Natal tropical, quando tentamos fingir que neva em São Paulo para não ficarmos de fora da festa; e muito, muito mais. Preparem a ceia e reservem três lugares para os Camaradas, lógico, e vê se não economiza nesse tender não, em, jão? It's A Wonderful Life, apesar de todos os pesares.
Vocês são ótimos, camaradas. "Existencialismos e panetones", céus, vocês me matam. Adooooro.
ResponderExcluir