
Oliver Stone é um diretor de paixões. Um questionador, um polêmico, um cineasta pronto para desafiar a verdade pré-estabelecida e lançar novos campos de visões sobre fatos marcantes na trajetória da sociedade americana contemporãnea. Depois de demonstrar o seu virtuosismo técnico em filmes que questionavam momentos como a Guerra do Vietnã, o assassinato de John Kennedy, o fascínio que a violência causa no subconsciente americano e a trajetória de homens polêmicos como Richard Nixon e Fidel Castro, Stone volta as suas armas contra o desastroso ex-presidente George W. Bush, cujos 8 anos de reinado na Casa Branca geraram cicatrizes que provavelmente jamais serão curadas na memória coletiva daquele país.
Escolhendo a dedo o ator Josh Brolin para representar o fraco Bush Jr., Stone lança um efetivo e necessário estudo de personagens, que ousa questionar as intenções e latentes inseguranças do personagem, a herança do legado da família Bush sobre as suas ações, a equipe que ele formou ao seu redor e que é considerada por muitos como uma verdadeira quadrilha em busca de petrodólares fáceis (busca essa que gerou uma das guerras mais infrutíferas e inúteis da história da humanidade, a Guerra do Iraque), e o legado que a sua "obra" como presidente deixará para o seu país, que por culpa dos seus atos ficou negativamente marcado pela comunidade internacional, como jamais em momento algum na sua longa história, e a culpa do povo americano por ter dado tanto crédito e poder para um homem com pouquíssimos e duvidosos predicados.

Com isso, e tendo em mente o modus operandis dos outros filmes de Stone, podemos concluir que temos, terminados os 129 minutos de projeção do filme, a história contada da maneira mais isenta possível sobre um personagem que assombrará a nação mais poderosa do mundo por eras. Stone não corre atrás da história, ele se antecipa e arrisca lançar o seu próprio e bem particular olhar sobre ela. E esse combativismo será agradecido por nós, espectadores, por todo o sempre.
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