segunda-feira, 27 de abril de 2009
A Volta do Polêmico: Oliver Stone e o seu W.
domingo, 26 de abril de 2009
Pornografia e Erotismo: um adendo
Perguntaram-me uma vez se sabia a diferença entre essas duas modalidades; sim, era um conversa de bar.
“Bem...”
A conversa durou duas horas: da explicação minha veio a argumentação dos outros, logo da argumentação passamos para uma calorosa discussão e, por fim, uma confusão local. Aqui como a réplica vem através de comentários e ninguém vai ficar gritando comigo “offlinemente”, assim explanarei algumas teorias sobre o assunto.
1)Quando temos o predomínio de planos super-close e detalhe estamos falando de uma produção do ramo do entretenimento do sexo, caso seja o oposto; as pessoas demoram para tirar a roupa, nem isso, muitas vezes transam com as roupas do corpo, aí passamos levemente para o imagético erótico. Considerando que meias, sapatos saltos agulha e adornos de ouro nunca foram roupas e se aparecerem invalida completamente o viés erótico. Exceção para filmes de malandro e rappers, nessas particularidades valem os adornos de ouro.
2) Entregadores de pizzas, encanadores, bombeiros, enfermeiras, aeromoças e colegias não costumam ter uma vida louca cheias de tramas sexuais, muito menos costumam, todas eles, serem adeptos do sexo casual relâmpago com desconhecidas(os) esquecendo assim que deveriam estar trabalhando ou quem sabe fazendo a lição de Estudo Sociais. Caso aparece em abundância tais elementos. voltamos ao universo da pornografia.
3)Se existe algo no mínimo parecido com um enredo,um roteiro onde os personagens movam alguma trama em busca de superação/eliminação de um problema. Se caso aja um mínimo desenrolar de uma trama que não pareça burlesca demais até para a média de filmes B de terror, então parece-me um filme erótico
O Mestre: animando os cinemas do centrão
4) Trilhas incidentais dificilmente são colocadas nos momentos íntimos das personagens, caso ocorra, será algo condizente com a trama e não um clone bêbado do Kennie G com dor de barriga a tocar o saxofone da trilha inteira.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
J.G. Ballard, RIP: 1930-2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
O idoso, nosso amigo
A velocidade e a competitividade do mundo contemporâneo são formas inevitáveis de exclusão. Quem mais sofre nisso são os idosos, os popularmente chamados velhinhos. Somos levados a crer que a democracia não é, afinal, para todos quando os membros mais frágeis de nossa sociedade são submetidos ao descaso das autoridades, em filas quilométricas de hospitais ineficientes, e à indiferença da sociedade civil, enredada em sua sanha consumista que não leva a lugar nenhum.
É nesse cenário desolador, no entanto, que mudanças são sempre possíveis, por mais incrível que pareça. É tempo de refletirmos juntos, reconhecermos deficiências e encontramos soluções. Abrir-se-á então uma grande oportunidade de nos colocarmos no lugar do outro e vivenciarmos a experiência do abandono e da tristeza. E, perplexos, nos perguntaremos: será que não somos também os culpados? Será que, no fim das contas, não tratamos o velhinho como um animal, que deve se contentar com os nossos restos de afeto e – por que não dizer? – de comida?
Basta um dia nas ruas de uma metrópole rica e impessoal como São Paulo para sermos confrontados por uma realidade muito mais atroz que aquela pintada nas cores opacas da mais pungente obra literária. Eu mesmo fiz essa experiência e percorri, em nome dos jovens muito ocupados com seus estudos e suas carreiras, os becos absurdos a que idosos são empurrados pela marcha desumana dos negócios. Em suas fisionomias, contemplei as escolhas que fizemos, escolhas que passam por cima de direitos que qualquer legislação do mundo supõe inalienáveis. Em suas fisionomias, a decadência de nosso modo de vida estava escrita com traços irregulares e fibrosos que apenas o silêncio e a reflexão nos permitem ler.
Os idosos são hoje subumanizados, são cidadãos de segunda classe, vivendo numa marginalização sem nome. A verdade é que convenientemente esquecemos que também nós seremos idosos um dia. Mas, em vista de como vão as as coisas, também nós seremos vítimas de uma sociedade que não valoriza a experiência de vida, que não cuida dos fragilizados. O individualismo insano que praticamos é a sentença de morte futura que pesa sobre nossas cabeças. Quem nos acolherá? Quem olhará por nós quando somos incapazes de olhar por estas criaturas inúteis em que se transformaram os jovens de outrora? Rezemos para que nossos filhos e netos demonstrem a compaixão que nós mesmos não demonstramos.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
O mais novo filme de Charlie Kauffman: Sinédoque, Nova York
Completando o elenco, temos um talentoso time de atrizes que, pronto para dar vida às mulheres que provocam tanta dor de cabeça ao atormentado dramaturgo. Samantha Morton, Catherine Keener, Michelle Williams, Hope Davis, Dianne Wiest e Jennifer Jason Leigh estão entre as estrelas que completam o talentosíssimo elenco. As narrativas paralelas que se chocam durante o filme (os eventos ocorridos na vida real do protagonista e as peças de teatros escritas por ele) são metáforas brilhantes para o choque de estilos vivenciado pelos Estados Unidos, que depois de 8 anos mergulhados na administração Bush, agora navegam liderados pelo novo timoneiro Barack Obama. Como se a história tivesse sido escrita de maneira turva e turbulenta com Bush, e agora chegasse Obama com uma pena pronta para descrever a verdade, a justiça e a clareza da vida.
Como o protagonista desse filme, perdido entre essas várias verdades, lutando e esperando a verdade aparecer na linha do seu destino, que será escrito por ninguém mais, ninguém menos do que ele mesmo, assim como os americanos escreveram o seu turbulento ao elegerem duas vezes Bush, e agora encontraram a verdade ao elegerem Obama.
Além de nos proporcionar um raro, elegante e inteligente exercício de estilo, que não se prende ao convencional e nem espera respostas fáceis e soluções simples para os anseios dos seus complexos personagens, Charlie Kauffman também nos traz, com os traços impávidos e belos da melhor ficção, a melhor reflexão lançada até o presente momento sobre o novo mundo que se monta à nossa frente. Mundo esse que tem “Obama” escrito por todo ele. A nós, resta apenas a oportunidade de agradecermos, e desejarmos que momentos como esse possam sempre se repetir.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Post de aniversário de blog
Falar de blog é tão relevante quanto reportagem sobre dona de casa que come tijolo.
Mas o que é um blog?
Um blog é um exercício de narcisismo.
Podia também ser um exercício de halterofilismo.
Semana passada finalmente tomei coragem pra assumir e contei pra minha mãe que sou blogueiro há quase dois anos. Claro que no fundo, no fundo eu sempre fui blogueiro, e ela sempre soube disso. As mães simplesmente sabem. O problema é que se recusam a admitir.
Desde pequeno ela notava que eu era diferente das outras crianças, essencialmente mais frouxo e cheio de manias. Como já existia no mundo um Woody Allen, que era por acaso um judeu novaiorquino baixinho, ela se contentou em me criar pra ser um japonês paulistano baixinho. Não foi fácil crescer em meio ao preconceito. Tive de superar o fato de ser japonês.
Em vez de fazer Engenharia...
Mas eu estava falando da minha infância difícil de exclusão e humilhação. Depois que me roubaram a terceira lancheira consecutiva quando eu ainda estava no Pré, minha mãe teve certeza de que eu era uma criança especial. Para ela isso queria necessariamente dizer que eu era gênio. Foi o que ela me disse. Eu lembro que ela estava enxugando dentro das minhas orelhas daquele jeito enérgico que as mães fazem entochando o tecido grosso da toalha bem fundo até a pele ficar vermelha.
Calma, mãe, eu só tava blogando!
Quando via as meninas da quarta série, a Andressa, a Fabi, a Simone, a Rita, circulando entre si o caderninho de enquete, eu ficava com um comichão e tinha vontade de arrancar da mão delas e me trancar no banheiro imundo da escola e responder qual era a minha cor favorita, o meu refrigerante favorito e de que menino, quer dizer, menina eu gostava.
Anos mais tarde comprei eu mesmo um caderno a fim de registrar minhas experiências, impressões e sentimentos. E na adolescência tive algumas experiências.
Meus heróis?
Naturalmente, são todos heróis intelectuais. Groucho Marx, Charles Chaplin, Sócrates, Mel Brooks, Woody Allen, Larry David. E eu.
Inclusive, escrevi um samba étnico:
"Se até Sócrates era judeu, por que não eu? Por que não eu?"
Ai, que absurdo, é claro que eu nunca fiz parte do PC aqui, em Itapecerica da Serra.
O que é um blog?
O blog é uma gota, um suspiro, um guarda-chuva, um pato.
Deixe-me explicar a situação para vocês. Isto é um blog, ou seja, por trás dele existem pessoas desocupadas. Se vocês olharem nos arquivos do blog, poderão observar que eu era um idiota no começo e agora sou o Messias e vim lhes dizer que a resposta é uma só:
Uma palavra que me defina? Narcisista.
Eu queria escrever um livro charmoso e irônico como Rhapsody in Blue, que é uma peça musical. Gatsby quase chega lá, mas é romântico em vez de irônico. Tudo bem. Deixa comigo. Seria o seguinte. Um jovem (naturalmente meu alterego) idealista, corajoso e incansável luta contra as injustiças de seu tempo até conhecer, do outro lado das linhas inimigas, Katharine Hepburn, a filha do governador. E daí em diante ele ficará dividido entre seus nobres ideais e o amor. Muita paixão numa prosa sedutora e elegante.
Ele amava o blog, sua vida, sua inconsequência, sua ambiguidade moral.
O que é um blog?
O blog é um "Não!".
Quem escreve quer ser lido. Deveria ser óbvio. Mas tem uma meia dúzia de espíritos livres para quem é feio querer ser lido. Querer ser famosinho. Desde que descobriram a potência crítica do diminutivo, não restou um ídolo sequer a ser derrubado.
Mas quer saber? Eu quero ser famosinho. Acho que quem escreve deveria ser incensado e, por que não?, defumado como são os jogadores de futebol e os atores de Hollywood. Escritores surpreendidos em praias do Mediterrâneo, com seus físicos decadentes à mostra, ou com os seios saltando de vestidos espalhafatosos na noite de entrega do Camões. E claro que também fotografadas nossas Clarices e Cecílias sem calcinha descendo de limusines para sessão de autógrafos e aulas magnas sobre a difícil posição da mulher literata.
O que é um blog?
É um abraço universal e metafísico que eu quero dar no mundo todo pela impossibilidade mesma do carinho.
Aniversário é um momento especialmente constrangedor porque revela que tipo de ideias tolas e extravagantes as pessoas alimentam a respeito de si mesmas. Muito pior quando blogs ou blogueiros aniversariam. Os mais discretos ou hipócritas geralmente acabam dizendo, como desculpa para referir o fato, meia dúzia de platitudes sobre o ridículo da data e querem que os leitores as engulam como uma "reflexão distanciada".
Mas certamente é mais interessante que eu fale sobre a minha vida. Conheço histórias melhores. Histórias de homens que se viram desafiados pelas circunstâncias.
O que é um blog?
Um pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum. Pum.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Você tem um Twitter? Parabéns! Você é um(a)... (resposta no final do post)
camarada progressista
18:03 minutos 12 Abril por Camarada Progressista
"O homem sensível, emocional e romântico não é um homem. Ele é uma mulher". Autor desconhecido
18:00 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
A música acabou, então eu parei de ouvi-la
17:57 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Ouvindo We Didn't Start The Fire, by Billy Joel
17:52 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Pena
17:32 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Aborto a piada então
17:25 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Na verdade, o Hamlet está mal encaixado também
17:23 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Ai ficaria batuta
17:15 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Preciso encaixar o Harry Potter nisso ai
17:08 12 de Abril por Camarada Progressista
Harry Potter e a Pedra Filosofal
17:03 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Hamlet foi ao banheiro. Qual é o nome do filme?
16:58 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Por terem conseguido levantar o show
16:55 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Parabéns aos roteiristas
16:53 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Aí, nos últimos 5 episódios, a trama deu uma virada maluca e pegou no breu
16:50 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
A recente temporada (quinta) do The Office vinha sendo uma decepção
16:45 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Hoje eu me peguei pensando: o homem é o lobo do homem. Ai eu lembrei que essa sentença já existia
16:35 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
A personagem da Joan Fontaine é a típica mulher de malandro
16:25 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
O personagem do Cary Grant é ambíguo
16:15 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Conta a história de um golpista malandro que casa com uma mulher bonita da alta sociedade, e a mulher começa a achar que o cara é um assassino, e que irá matá-la
16:08 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
O filme é muito bom
16:04 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Hitchcock era conhecido por fazer filmes com muito suspense
15:56 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
O filme tem muito suspense
15:45 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
O filme tem o Cary Grant e a Joan Fontaine
15:32 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Outro filme que eu vi outro dia foi o Suspeita, do Alfred Hitchcock. Para quem não sabe, ele era um diretor inglês.
15:23 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Digo isso porque o Ian era epiléptico, e as cenas mais tristes no filme são as que mostram os seus ataques. Por que as pessoas precisam passar por isso? Vamos fazer o seguinte: pegue nas mãos da pessoa com epilepsia mais próxima de você e cante "Give Peace a Chance"
14:56 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Eu achei a atriz romena Alexandra Maria Lara -que interpretou a amante do Ian, Annik Honoré no filme- um cajuzinho. Ela estava no Leitor, aquele filme do borogodó! Por ela, o Ian deveria até largar a epilepsia, se isso fosse possível
14:50 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Que coisa triste, as pessoas se matarem. Por que as pessoas fazem isso? Por que não podemos todos viver em paz e amarmos uns aos outros? Faça o seguinte: pegue no braço da pessoa mais próxima de você e cante "Imagine"
14:45 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Esqueci de falar, mas o Joy Division era gótico e depressivo, e o New Order era dançante e gay, urban style
14:42 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Esqueci de falar: os 3 membros que sobraram depois do suicídio dele formaram o New Order
14:40 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Esqueci de falar: ele se matou usando o método de enforcamento
14:39 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Esqueci de falar: o Ian Curtis era vocalista do Joy Division
14:38 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Tudo maravilhoso
14:36 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Nossa, gente, ontem eu comprei o DVD do Control, filme sobre a vida do Ian Curtis, e que coisa maravilhosa, que filme maravilhoso, e que vida maravilhosa!
14:30 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Só o Jota Quest sabe expressar tudo o que eu sinto. "Pra que tanto telefonema, se o homem inventou o avião?"
14:22 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Uau! o Velozes e Furiosos 5 será filmado no Brasil! Como é bom estar vivo!
14:16 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Ghost - Do Outro Lado da Vida é o filme DA MINHA VIDA! UÔÔÔÔÔÔÔÔÔU, MAI LÓVI!
14:07 minutos 12 de Abril por Camarada Progressista
Idiota
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Trotsky & Anastácia
Anastácia
16 de Abril - 2 anos de Fomos ao Cinema. Viva a Mãe Rússia.