quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vincere

Eu assisti Vincere, então achei que tinha que comentar alguma coisa. É um filme italiano sobre como o Mussolini tinha cabelo por causa do amor, mas então ele deixou de amar e ficou careca. Se bem que é difícil saber se ele amava mesmo Ida Dalser, que é uma personagem do filme, aliás a protagonista, tirando o próprio Mussolini, de quem se pode dizer que é e não é o protagonista do filme. Levando em conta que o título foi tirado de um discurso dele, ele é o protagonista. Mas esse discurso não é feito pelo ator que interpreta o Mussolini, mas pelo próprio Mussolini, numa imagem de arquivo, de modo que, na economia do filme, esse “Vincere”, sendo do próprio Mussolini, não é do filme, que no entanto aproveita a imagem documental, então fica mesmo difícil decidir se o Mussolini é ou não protagonista do filme. Mas o filme se chama Vincere, como eu disse.

Poster do filme, com o busto do Mussolini embaixo aparentemente derrubado, como no filme, talvez simbolicamente derrubado, não sei.

A atriz que interpreta a Ida Dalser não diz "vincere" em nenhum momento, mas na minha opinião ela meio que vincere no final, porque ela sai como que aclamada na última cena em que aparece, e eu não sei se isso foi um spoiler, espero sinceramente que não. E se o Mussolini queria ser o Duce, ela queria ser a esposa do Duce. Isso explica a devoção de pietà que ela nutria pelo ditador antes de ele vir a ser ditador. Daí que a mensagem do filme é que ela teve o que merecia. A cena do sexo acho que foi bem interessante, tirando o sexo, porque sexo só é bom com quem a gente ama, e eu não sei se ele amava mesmo a Ida Dalser. Ele era na verdade um grande amante de si mesmo porque nem olhou pra ela enquanto estavam praticando o sexo. Essa é a minha opinião.

Eu fui ver o filme no Cinesesc, que só tem uma sala, mas que agora está novo e bonito, com um saguão bem bonito, com pinturas de artistas contemporâneos e umas peças móveis, de função lúdica, que as pessoas que frequentam o cinema se sentem na obrigação de tirar de uma tela e colocar na outra, resultando nas combinações mais doidas possíveis, carinha, só vendo. Em resumo, o cinema é 10, a sala é 7, e o filme é 8, beijo pra todo o mundo.

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