sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Séries do bem, para pessoas do bem
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Vincere
Eu assisti Vincere, então achei que tinha que comentar alguma coisa. É um filme italiano sobre como o Mussolini tinha cabelo por causa do amor, mas então ele deixou de amar e ficou careca. Se bem que é difícil saber se ele amava mesmo Ida Dalser, que é uma personagem do filme, aliás a protagonista, tirando o próprio Mussolini, de quem se pode dizer que é e não é o protagonista do filme. Levando em conta que o título foi tirado de um discurso dele, ele é o protagonista. Mas esse discurso não é feito pelo ator que interpreta o Mussolini, mas pelo próprio Mussolini, numa imagem de arquivo, de modo que, na economia do filme, esse “Vincere”, sendo do próprio Mussolini, não é do filme, que no entanto aproveita a imagem documental, então fica mesmo difícil decidir se o Mussolini é ou não protagonista do filme. Mas o filme se chama Vincere, como eu disse.
Poster do filme, com o busto do Mussolini embaixo aparentemente derrubado, como no filme, talvez simbolicamente derrubado, não sei.
A atriz que interpreta a Ida Dalser não diz "vincere" em nenhum momento, mas na minha opinião ela meio que vincere no final, porque ela sai como que aclamada na última cena em que aparece, e eu não sei se isso foi um spoiler, espero sinceramente que não. E se o Mussolini queria ser o Duce, ela queria ser a esposa do Duce. Isso explica a devoção de pietà que ela nutria pelo ditador antes de ele vir a ser ditador. Daí que a mensagem do filme é que ela teve o que merecia. A cena do sexo acho que foi bem interessante, tirando o sexo, porque sexo só é bom com quem a gente ama, e eu não sei se ele amava mesmo a Ida Dalser. Ele era na verdade um grande amante de si mesmo porque nem olhou pra ela enquanto estavam praticando o sexo. Essa é a minha opinião.
Eu fui ver o filme no Cinesesc, que só tem uma sala, mas que agora está novo e bonito, com um saguão bem bonito, com pinturas de artistas contemporâneos e umas peças móveis, de função lúdica, que as pessoas que frequentam o cinema se sentem na obrigação de tirar de uma tela e colocar na outra, resultando nas combinações mais doidas possíveis, carinha, só vendo. Em resumo, o cinema é 10, a sala é 7, e o filme é 8, beijo pra todo o mundo.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O que eu fiz nas minhas férias
Nessas minhas férias eu fui ao zoológico e vi um leão selvagem e o tratador dele tratando dele. Era peludo e a barriga era toda peludona. O leão também era bem peludo. Só que bem menos. Eu e os meus amigos tiramos várias fotos dos vários animais que tinha lá. Minha tia Ester mandou todo mundo calar a boca, senão a gente não ia ver Eclipse. Então todo mundo calou a boca MESMO. Foi bem comovente.
Meu primo Douglas arranjou um DVD pirata da Origem e a gente se reuniu todo mundo e viu lá na casa dele porque tem uma LCD de 42 polegadas. Tinha tantas explosões que a gente acabou dormindo e o Douglas disse que a gente dormindo no meio do filme era o sexto nível. Eu não ri, não. Aí a gente foi tomar Coca e sorvete. Mas a Coca tava quente e deu vontade de morrer.
Daí eu acordei com a minha mãe dizendo que não era 1999 nem que eu estava na escola. Mas que eu era um blogueiro desempregado. Ela mandou eu pedir desculpas por ter ficado tanto tempo fora. Ela disse que vocês dependem da gente pra parecer inteligentes em mesa de boteco falando de filmes da moda. Desculpae. Vocês passaram um sufoco ae, mas a gente vai compensar.