segunda-feira, 28 de abril de 2008

Fomos ao cinema ver Três Vezes Amor

Fiquei pensando, pensando muito nisso, que talvez o Bill Clinton seja muito sexy, mas que eu, na minha cegueira republicana, mesmo eu não sendo republicano – porque, ora, nem norte-americano eu sou –, não consigo enxergá-lo, pena. Mas democratas são mesmo um tipo de gente peculiar, que, até na cama com a namorada, começa a se questionar se isso contribui em alguma coisa para a manutenção dos direitos civis ou para a promoção da igualdade racial na América. E fazem inclusive comédias românticas com o Bill Clinton de interesse romântico, afinal, Hollywood está tomada pelo partido. Morra, Di Caprio!

Bill Clinton: a garota certa no partido certo.

Mas esse Ryan Reynolds, que protagoniza Três Vezes Amor (Definitely, Maybe), que estreou sexta-feira última nos cinemas, daria um bom Holden Caulfield, se fosse mais novo e não tivesse feito Blade. Volta ao Apanhador, veja lá que o garoto tinha um e oitenta e cinco e que agia como os caras altos geralmente agem, sempre com medo de esbarrar nas coisas ou machucar as pessoas. Isso é fundamental na composição da personagem, essa gentileza desajeitada.

"Ai, Ryan, que Cole Porter, que nada: "I've Got a Crush on You" é do Gershwin, seu burraldo!"

Rachel Weisz – cara, o que eu acho da Rachel Weisz? essa mina é muito ambígua, às vezes até esquisita ela é, às vezes esplêndida, poxa, esplêndida – é uma das três vezes do título em português, que (novidade) se equivocou, porque deveria ser “Quatro Vezes Amor”, pois esqueceram do Bill Clinton, ou seja, do mais importante. Bill Clinton é a Inalcançável, o Ideal, do qual Ryan Reynolds acaba abrindo mão, para tentar ser feliz com substitutas sofríveis, como visto na vida real.

Mas a Rachel Weisz faz a personagem má, de quem a filha do Ryan Reynolds não gosta, a Abigail Breslin, a Pequena Miss Sunshine, dããããã, porque Rachel Weisz é tipo uma mulher alfa, que coloca a carreira em primeiro lugar e brinca com os homens; então, má, porque quer ser um homem, aquela perva.

E a Isla Fisher, que o Word aqui em casa insiste pra que eu escreve Islã Fisher, então tá, é a judia muçulmana bonita, esperta, inteligente e bacana, que por isso mesmo, apesar de verossimilmente construída, é claro que não existe, ora.

"Então..., desculpa, mas eu esqueci o seu nome de novo."

E a outra eu esqueci o nome, porque é pra gente esquecer o nome dela mesmo: é a sem-sal, sabe, aquele tipo que serve de figurante na vida da gente, porque precisa.

Ah, o filme é bom.

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