segunda-feira, 19 de maio de 2008

As Inúteis Dissertações do Progressista: Humor

Esse blog anda carecendo de senso de humor. Pessoas tentando explicar a invenção da roda, como se estivessem em palcos ecumênicos rodeados de aprendizes babando como babavam os seguidores de (olhem só, vejam vocês) Platão e aqueles barbudos e sapientíssimos filósofos da escola de Atenas. Muito chocado com tudo isso, venho aqui propor um brevíssimo estudo de humor, usando a figura mais representativa da velha arte de fazer rir: os palhaços. Falarei de dois deles, e quem sabe, ao voltar para as origens, possa então despertar um sentimento de galhofa e malandragem que anda mortinho em muitos, por aí e por aqui?

Primeira Foto: Palhaço brasileiro


Esse é o palhaço Carequinha. Um mito no circuito dos circos mambembes do interior do nosso Brasil. Ele fazia a criançada dar belas risadas com suas flores que jorravam água, suas guerras de tortadas na cara com os palhaços assistentes, e suas encenações cômicas, nas quais invariavelmente era o alvo. Os adultos também compravam, e a graça ingênua e doce de Carequinha alegrou as noites dos sertanejos de todo o nosso país. Isso até Carequinha morrer no ano passado, para o choque de todos. Tchau, Carequinha.

Segunda Foto: Palhaço francês


Esse é o palhaço Sartre. Ele alegrou e entreteu rodas de intelectuais e marxistas por décadas na velha França. Suas hilárias e gloriosamente ingênuas utopias, suas ficções propositalmente baratas e torpes e suas encenações e joguetes de amor com suas palhaça-assistente Beauvoir foram motivo de risos por gerações. Gerou fãs inverterados que tentariam reproduzir fielmente seu estilo em outros meios de entretenimento, como o palhaço Godard, que também usou um intelectualismo piegas e ingênuo para causar risos em diversas gerações de franceses. Sartre foi alvo de impiedosas perseguições por pessoas que não compreendiam sua arte faceira e caipiresca. Pessoas como Albert Camus, intelectuais que corroiam o humor de Sartre com suas ironias ácidas e maldosas. Mas Sartre, assim como Carequinha, viverá sempre no coração dos puros e justos.


Terceira Foto: Privada

Essa é uma Privada. Ela vem alegrando gerações e gerações de... bem, isso é desnecessário. Ela tem uma função importantíssima. Não, uma outra função importantíssima, seus pervos. É nela que você vai jogar todos os livros do palhaço Sartre que tiver em casa. Preparados? Um, dois, três, vai! Agora, existe em toda e qualquer privada que se preze, uma alavanca ou botãozinho em cima das mesmas. Chama-se descarga. Você vai apertar, se for um botão, ou puxar, se for uma alavanca. O que isso vai acarretar? Simples: por um complexo sistema de canos, os livros de Sartre irão fazer uma bela viagem rumo às estações de tratamento de esgoto da sua cidade, onde finalmente estarão em casa, descansando ao lado de companhias realmente merecedoras da sua presença. Pronto. Depois disso, você vai ligar para 190, e denunciar por insanidade temporária um certo Camarada Progressista, que escreve num blog chamado Fomos ao Cinema. Fiquem tranquilos, o elemento é mais do que conhecido pelas autoridades locais, figurinha cativa do sistema penitenciário paulista. Cumpram os seus deveres como cidadões.

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