Bem, dia 12 de junho, dia dos namorados nas terras brasilis. Enfim, tal dia me fez lembrar do amor, e filmes recentes que acabam esbarrando nesse tema.
Pensei na verdade em dois filmes em que o protagonista é o mesmo, afinal também gostaria de apontar uma evolução do personagem e não só falar coisas "bonitinhas", afinal isso fica a cargo do camarada progressista. Gostaria de falar de algumas comédias românticas com um certo conteúdo: sim, esta era minha busca, findara quando me lembrei de dois filmes do "francesinho" Cédric Klapisch: Albergue Espanhol(2002) e Bonecas Russas(2005).
Ambos os filmes falam as desventuras do protagonista Xavier, vivido por Romain Duris, como também sua evolução durante esses dois períodos de grande experiência.
Em Albergue Espanhol, Xavier, com 25 anos de idade, consegue uma bolsa para cursar um mestrado em Barcelona onde acaba convivendo com pessoas de diferentes nacionalidades no lugar que ele decide morar em Barcelona; por ventura, suas experiências amorosas e seu futuro rompimento com a sua namorada desde o colégio, esta interpretada por Audrey Tautou. Dois aspectos interessantes deste filme é a narrativa contruída e o modo como o diretor trata do universo dos universitários; certas situações como a plaquinha sobre o telefone com todas os idiomas para atender o telefone de maneira correta e um pouco de verossimilhança com a realidade tornam o filme gostoso de se ver. O amor de Xavier se descobre no final do final, o qual eu não vou contar, recomendo que vejam.
Já em Bonecas Russas o protagonista está mais velho e tenta a todo custo ganhar alguma dinheiro, nem que seja como ghostwriter de pessoas insonsas ou escrevendo novelas de segundo escalão. Se no primeiro filme mostra um personagem cheio de sonhos e esperanças, agora nesse o protagonista parece ter ainda sonhos, mas agora tem que lidar com a conta de luz e água, etc. Se antes tudo era possível, agora mostra o amadurecimento da personagem em busca de algo mais estável, sem deixar de lado suas metas e sonhos. O diretor utiliza mais efeitos nesse filme, enquadramentos ousados e narrativas não-lineares, mostrando que, como o protagonista, amadureceu sua linguagem cinematográfica.
Através desses dois filmes o diretor traça uma evolução do personagem como também uma direção sua, pessoal, seria interessante ele mostrar outro filme com este personagem, o que acham?
E por fim acabei não falando nada fofo, por isso vai lá progressista!
A Wendy ficou um pouco mais bonita de cabelo comprido. Só. De resto, "Albergue..." é muito superior a "Bonecas...", que não nos mostra nada além do problema de impotência (moral e psicológica, não necessariamente sexual) do Xavier.
Até o William (irmão da Wendy) era bem mais engraçado no primeiro filme. Só pra relembrar: quando ele generaliza os espanhóis, imitando a maneira como eles falam, e julgando-os sérios demais, deixando a Soledad puta; ou quando ele enche do Tobias (o alemão) afirmando que o fato de ele ser certinho demais (em comparação ao Alessandro - o italiano) é herança do nazismo, fazendo piada com Hitler; e até quando finge ser gay pra encobrir as puladas de cerca da irmã (a relação dele com a Wendy é ótima).
E o filme ainda mostra o clima de companheirismo entre todos nessa mesma cena, quando todo mundo corre por Barcelona pra tentar impedir que o namorado da Wendy pegue ela na cama com outro cara. Genial.
Em "Bonecas..." não tem nada disso. O segundo filme se concentra nas crises do "agora fracassado" Xavier, que deixa de ser aquele cara certinho que conhece um mundo inteiramente novo a seu redor, pra se tornar um canalha frustrado e indeciso que usa as mulheres a seu redor (algo como um Alfie francês). E nem adianta argumentar que ele já traía a namorada no primeiro filme - a Martine era uma chatinha sem sal, enquanto ver a Wendy sofrer pelo Xavier é de fazer chorar.
Nesse "Bonecas...", os outros personagens (Tobias, Alessandro, Soledad e Lars) mal aparecem na história. E o William, agora romântico, ficou bem menos "politicamente incorreto", o que o deixou um pouco mais chato.
(só mais uma coisa: o que é aquela ridícula e repetitiva referência sexual toda vez que o Xavier cruza o Eurotúnel?)
Enfim, não dá pra gostar mais de "Bonecas..." que de "Albergue..." não dá, Moderado! Não dá!
Eh uma trilogia na verdade. o terceiro ainda esta pra sair... Eu achei o segundo bem bem inferior... Alias o que salva é a gostosa da Wendy e suas novas pernas torneadas e madeixas ruivas... Espero que no terceiro as cenas de sexo voltem...
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O sonho
Depois de torrar sua herança milionária em cafés e revistarias pelo Velho Mundo, Camarada Progressista vagou durante meses pelo Texas, em busca de um mítico lote de terra desorientadoramente chamado Paris. Em suas andanças, deparou-se com o Camarada Fundamentalista, fracassado dançarino de twist, que vivia de vender “mensagens de sabedoria” em papeizinhos amarrotados na Paulista. Um dia, saindo da faculdade, Camarada Moderado viu dois vagabundos na calçada e, tal qual outrora Sidarta, subitamente percebeu que aquela vida junto aos descolados não lhe servia. Abandonando tudo, retomou a sintaxe curiosa que os anos 1970 lhe haviam legado e, com aqueles dois, virou blogueiro, algo que lhe pareceu o fundo do poço ideal à sua trajetória ascética em direção da Plenitude Espiritual Absoluta. A criação da Lei Rouanet veio como uma confirmação de que estavam no caminho certo.
O Albergue espanhol é muito bom.
ResponderExcluirO Boneca Russas já é mais fraquinho. Mas eu estava esperando no texto que você me relembrasse dos momentos bons do filme.
Mas paciÊncia
eu gostei um pouco mais de bonecas russas, afinal adorey o novo look da Wendy
ResponderExcluirA Wendy ficou um pouco mais bonita de cabelo comprido. Só. De resto, "Albergue..." é muito superior a "Bonecas...", que não nos mostra nada além do problema de impotência (moral e psicológica, não necessariamente sexual) do Xavier.
ResponderExcluirAté o William (irmão da Wendy) era bem mais engraçado no primeiro filme. Só pra relembrar: quando ele generaliza os espanhóis, imitando a maneira como eles falam, e julgando-os sérios demais, deixando a Soledad puta; ou quando ele enche do Tobias (o alemão) afirmando que o fato de ele ser certinho demais (em comparação ao Alessandro - o italiano) é herança do nazismo, fazendo piada com Hitler; e até quando finge ser gay pra encobrir as puladas de cerca da irmã (a relação dele com a Wendy é ótima).
E o filme ainda mostra o clima de companheirismo entre todos nessa mesma cena, quando todo mundo corre por Barcelona pra tentar impedir que o namorado da Wendy pegue ela na cama com outro cara. Genial.
Em "Bonecas..." não tem nada disso. O segundo filme se concentra nas crises do "agora fracassado" Xavier, que deixa de ser aquele cara certinho que conhece um mundo inteiramente novo a seu redor, pra se tornar um canalha frustrado e indeciso que usa as mulheres a seu redor (algo como um Alfie francês). E nem adianta argumentar que ele já traía a namorada no primeiro filme - a Martine era uma chatinha sem sal, enquanto ver a Wendy sofrer pelo Xavier é de fazer chorar.
Nesse "Bonecas...", os outros personagens (Tobias, Alessandro, Soledad e Lars) mal aparecem na história. E o William, agora romântico, ficou bem menos "politicamente incorreto", o que o deixou um pouco mais chato.
(só mais uma coisa: o que é aquela ridícula e repetitiva referência sexual toda vez que o Xavier cruza o Eurotúnel?)
Enfim, não dá pra gostar mais de "Bonecas..." que de "Albergue..." não dá, Moderado! Não dá!
Eh uma trilogia na verdade. o terceiro ainda esta pra sair...
ResponderExcluirEu achei o segundo bem bem inferior... Alias o que salva é a gostosa da Wendy e suas novas pernas torneadas e madeixas ruivas... Espero que no terceiro as cenas de sexo voltem...
Como disse, gosto da wendy pacas e nem gosto tanto de loiras e ruivas, certo, tenho uma leve queda.
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