sábado, 1 de setembro de 2007

Cinema- Estréias da Semana

Paranoia - Diretor: D.J. Caruso; Elenco: Shia LaBeouf, Sarah Roemer, Carrie-Anne Moss
Filme que homenageia uma certa película dos anos 50, um filminho bem fraquinho, suspense de quinta categoria, um tal de Janela Indiscreta aí, não sei se vocês conhecem .A premissa é idêntica. No original, um fotógrafo quebrava a perna e, tendo de passar um tempo de molho em casa pra se recuperar, adquiria o gosto de bibilhotar com um binóculo a vida dos vizinhos, até suspeitar que um morador do prédio da frente poderia ter matado sua esposa. Nesse, um moleque problemático fica de prisão domiciliar no verão, também começa a espionar os seus vizinhos e também desconfia de um assassinato. Só que esse filme é mil vezes melhor que aquela produção de 1954. Afinal, o D.J. Caruso, diretor do fabuloso thriller Roubando Vidas (grande momento na carreira da Angelina Jolie), é muito superior aquele diretor inglês que não manjava nada de suspense, o tal de Alfred Hitchcock. O Shia LaBeouf, com 20 anos na cara, é muito melhor que o James Stewart, e a Sara Roemer coloca a Grace Kelly no chinelo.Aliás, deixe-me fazer um adendo: Grace quem? Parabéns aos produtores que tiveram essa brilhante idéia, realmente o mundo precisava de uma versão do Janela Indiscreta para miguxos.

Cidade dos Homens- Direção: Paulo Morelli;Elenco: Douglas Silva, Darlan Cunha
Versão para o cinema da série da rede Globo que reaproveitava o contexto do filme Cidade de Deus, contando da história de dois jovens amigos tentando sobreviver em meio ao mundo brutal do tráfico que assola os morros cariocas (ficou bem Globo Reporter essa descrição). Tem gente por aí dizendo que o filme acerta mais que o Cidade de Deus por mostrar a contribuição das classes mais altas do Rio para a violência nos morros. Bobagem, nem é possível comparar a qualidade narrativa e técnica dos dois filmes, já que o Fernando Meirelles é apenas o produtor aqui, assim como no seriado.. De resto, aquilo tudo que já estamos cansados de saber, mais uma tentativa de se fazer um retrato de uma situação que provavelmente tenderá a piorar cada vez mais. Por isso, como dizem por aí, a melhor saída pro Brasil é o aeroporto.

Licença para Casar - Diretor: Ken Kwapis; Elenco: Robin Williams, John Krasinski, Mandy Moore
Pro fundo do poço, e cavando! Bela tentativa, Robin Williams. Uma comédia romântica batidíssima, que recicla conceitos de duzentos filmes que nem eram tão bons assim. Eu tenho uma opinião muito juramentada sobre ele. É bem simples: o Robin Williams não é engraçado. De maneira alguma. Suas melhores atuações sempre se deram em papéis mais sérios. O seu histerismo é caso para ser estudado por comissões psiquiátricas, não para ser apreciado por amantes do humor. Quando se mete a fazer papéis mais sérios, e quando pega diretores competentes pelo caminho, aí sim temos o seu melhor, como nos Sociedade dos Poetas Mortos e Pescador de Ilusões da vida. Nesse filmeco, ainda temos que aturar os trejeitos e caras de tédio da chatíssima Mandy Moore, a versão comportada e sem talento da Lindsay Lohan (ué, não era a Hillary Duff?). Nem o John Krasinski, que atua na sensacional versão americana da série The Office, salva o barco. Passe longe desse lixo, com todas as suas forças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário