quarta-feira, 28 de novembro de 2007
As Chagas do Progressista
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
TOP 5- ABBA
TETÉIA DA SEMANA

domingo, 25 de novembro de 2007
Girls just want to have fun yet
Mais fotos da Cyndi Lauper:
Girls just want to have fun
Gostos? Não. Eram parâmetros, e absolutos. Absolutos. Aquele que por eles viver jamais errará. Jamais.
Desconfio que o anti-semitismo se instala sorrateiramente entre nós. Seinfeld e Proust atacados como nunca antes visto. E ambos judeus. Sem dizer que estudos apontam na genealogia de Shakespeare certa ascendência judaica, provavelmente marrana. E alguém duvida? Lady Macbeth não é a típica mãe judia? “Vai, Jacob, não seja frouxo, vai lá e mata aquele goyim, maldito incircunciso!” Mas é claro que só estamos brincando, é claro. Como não?
Mas pra que o clima não fique pesado, e a discussão se encerre enquanto é tempo, algumas fotos da Cyndi Lauper:
sábado, 24 de novembro de 2007
O camarada e seus gostos
Falar de Shakeaspeare é covardia; certos cânones são incontestáveis, é um dever cívico ser simpatizante do bardo inglês, o mesmo que falar que gosta de Homero e, para nós brasileiros, Guimarães Rosa. A penetração cultural e a presença dessas obras são tamanhas que fica difícil dizer o contrário, a obra sai do seu cárater fechado, recluso e aporta suas referências para além: permeando obras, seja por influência direta como também por imanência. Parece que a obra flutua num espaço que contamina outras obras. Por isso, quando o camarada afirmou seu gosto pelo dramaturgo não fez mais que a obrigação.
Enquanto refutou Jack Kerouac, o camarada começou a fazer polêmica e mostra que ele adora também os americanos pré-beatnik: Faulkner e Hemingway, sobretudo. Fundamentalista, um saudosista melancólico, gosta dessa época muito: Edward Hoper é outro que faltou esse camaradinha dizer, mas ele disse negando o cânone da literatura beat, mas ele esquece que quando faz isso, acaba negando Conrad e talvez o próprio Hemingway, como Kerouac, pessoas errantes, expatriados, pessoas pé na estrada. Mas enfim eu também não sou muito fã do Jack, mas ele é longe de ser um embuste como foi Pollock, basta notar sua influência, que permeia até hoje.
Não vou criticar Arcade Fire ou mesmo Seinfeld, já denotei minha opinião acerca disso( o bom e velho embuste indie). Queria é falar de Proust. Como disse em postagem anteriormente, um cara chato . Coitado, ficou vinte e tanto anos escrevendo uma grande merda que ninguém nunca lê, resolveram,por pena do garoto homossexual com problemas respiratórios, dar algum crédito para o francês. Este, ser fanático por brioche, foi o outro fator. Cite outro escritor francês desse período(não, não vale o Sarte); já que não existia, eles resolveram empurrar o menino guela abaixo da cultura ocidental e parece que não deu muito certo, como Pollock, muitos falam dele, mas poucos conhecem a fundo sua obra, pois se conhecessem não falariam dela. Graças a deus, depois de algum tempo, temos autores de verdade, como Georges Perec e Raymond Queneau, mas isto fica pra outro post.
Revolução em imagens
Somos camaradas, e nunca preguei revolução? Ah, Brasil: lógica aqui não tem vez mesmo, o carnaval subsume tudo, e a gente larga os bacamartes e vai ouvir Águas de Março. Mas tá, revolução.
Pelo que se viu até agora, a camaradagem tem uma proposta, sim, antes que a Elite Golpista venha acusar que não. Alguns postulados nossos (agora sistematizados):



sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Do Bom e do Ruim nas Artes e na Cultura
E já colocando em prática minhas resoluções de fim de ano antecipadas (o último post), Parâmetros do Bom e do Ruim nas Artes e na Cultura. É, e eu disse que não manjava dessas transcendências, sei, sei. Mas esquece. Meu passado tá sendo revisionado, já avisei. Lá vai:
- Bom: Shakespeare, Seinfeld, Arcade Fire, Proust.
- Ruim: Manoel de Barros, Robert Rodriguez, college bands brasileiras, Jack Kerouac.
Mea culpa tardio
Chega de falar do que eu não sei; de agora em diante, doutoro-me. E isso, me responsabilizando por tudo o que for dito; e até pelo que foi dito, as cagadas de outrora. Por exemplo, se voltarem a postagens anteriores (se vocês não leram, pelo menos eu li), depararão grosserias e horrores em várias áreas do conhecimento, sobretudo literatura. O único ponto que me parece irreparável, e todos hão de concordar comigo, é minha psicologia comportamental das mulheres. Aprofundado, pode-se consolidar como o caminho mais legítimo, isto é, para mim, no mundo das letras: auto-ajuda para quem não gosta de auto-ajuda. E gente que não gosta de auto-ajuda, não gosta por preconceito. Mas pompa resolve tudo, e o preconceito cai fácil, fácil: com purpurina, até pobre brilha, é o que dizem. Ora, investindo-se um pouquinho na forma, os resultados podem ser surpreendentes. Tipo La Rochefoucauld, Schopenhauer.
Cinema - Estréias da semana (o retorno)


quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Top 5: Cinco boas rãzões para se dar uma bela duma surra no Ben Affleck

quarta-feira, 21 de novembro de 2007
A metalinguagem e metareferência nos quadrinhos publicados hoje, dois exemplos
Tamanha a variedade, surpreendente para um mercado minguado como o brasileiro, onde é capaz de encontrar quadrinhos para não leitores de quadrinhos. Obras que diferem bastante do comum nas bancas de jornais. Daí que parto o meu primeiro exemplo.
Um quadrinho divertido?

A obra apresenta várias referências literárias, com especial atenção para Ulisses, obra de James Joyce(o grande destruidor do romance), e sua relações com a Odisséia, de Homero. No decorrer da própria narrativa, ela própria relaciona sua relação com o pai com as relações paternas de Bloom, protagonista de Ulisses.
Além da narrativa soberba, do texto genial, da metalinguagem e metareferência que enriquecem e acrescentam muito a obra(seria outra obra sem isto, apenas uma história bobinha). Mais, deixam a obra aberta, caso comum da arte moderna, a obra aberta para o diálogo; metareferencial, onde aponta coisas que se relacionam com ela, Alison executa tudo de maneira genial, a obra foi contemplada com Eisner Award de 2007 e também foi eleito o melhor "livro" de 2006 pela revista Time. Quem diria, outro livro de figurinhas desbancando os chatos herméticos viciados em Proust, este, o chato mais hermético de todos.
Grant Morrison

A DC comics deu liberdade total a Grant Morrison, ele resolveu trabalhar com sete heróis de segunda categoria: Justin, o Cavaleiro Andante; Frankstein; Senhor Milagre; Klarion, o menino bruxo; Projétil; e por fim, Zatanna. Através de um lançamento cronológico onde cada herói teve sua revista, em 4 edições, alternando numa ordem já premeditada por Morrison e começando como também finalizando com outra duas edições, respectivamente: Sete Soldados da Vitória #0 e Sete Soldados da Vitória #1.
O interessante, além dos incríveis artistas convocados para tal empreitada, é como Morrison amarra a trama. Ora, os protagonistas apresentam, aparentemente, um inimigo comum, porém não formam um supergrupo. Longe disso, eles apenas, as vezes, se encontram durante a história, isso só alguns e ocasionalmente. Através do esforço isolado de cada um, acabam minando a força dos Sheedas, os malzões da história, e por fim, um deles tem que se sacrificar para impedir a ceifa dos Sheedas.
Morrison alterna de revista pra revista, citando elas mesmas, uma na outra e assim por diante; as repercussões das ações dos personagens acabam influenciado os personagens de outras revistas. E acaba acrescentando muito a história, ao invés de trabalhar apenas com uma boa história de um supergrupo que impede uma dominação alienigena(coisa que já existe aos montes). Grant não quis ser original, ele já fez isso antes, ele apenas percebeu que seria mais interessante, sobretudo para os tempos atuais e para a obra, tratar da maneira que tratou, isso mesmo, a sensibilidade do roteirista acabou trazendo muito mais valor para os quadrinhos do que a teimosia da pessoas que acham que Proust é o máximo e deve ser imitado, assim como todos os outros chatos herméticos da literatura atual, pois os antigos tinham motivo para serem herméticos e chatos.
Outra coisa interessante, neste outro exemplo de obra aberta: a leitura em conjunto, pois cada leitor perceberá certas referências e influências, sejam elas de quadrinhos, de cinema, de literatura, de cultura. A obra se põe como um jogo, onde cada releitura possibilita outras interpretações e impressões, indiferentes delas serem erradas ou certas. Então, que tal largar seu Proust e jogar um pouco?
Sobre literatura e crítica literária marxista
Um dia haverá uma grande explosão, e todas as cidades e máquinas serão destruídas. Voltaremos à estaca zero tecnológica. Só sobreviverão, coincidentemente, esses indivíduos atualmente perdidos e inúteis, os simpatizantes da literatura. Eu sei bem o perigo dessas categorias vagas e por isso muito abrangentes – qualquer professorzinho universitário é elevado a um Spinoza, por tabela. Mas, ainda assim, peço que tomem simpatizante num sentido lato, lato. Afinal, comigo é que nem estar na cozinha do pensamento, de pijama em casa com as idéias. A gente nunca desenvolve nada que dê pra levar pro boteco pra se mostrar pra rapaziada.
Mas voltando: então, tem esse holocausto, e esses remanescentes maricas que gostam de livros. E finge que esse povo também não vai ter de se ver com nenhum problema relativo à escassez de alimento ou água. Tipo, o mundo vai ter explodido, uma porrada de gente morrido e tal, mas de resto tudo certo. É isso mesmo, isso mesmo, vocês pegaram bem o espírito da coisa. Bom, é aí que esse povo, muito de boa, em vez de encher o saco do público com intermináveis solos metalingüísticos, só pra mostrar como eles são perspicazes e virtuoses e tudo o mais, e também porque eles não tem nada melhor do que isso pra falar, é aí que eles vão escrever uns livros legais, que nem antigamente, quando era impossível que alguém, narrando uma história, dissesse que estava narrando uma história, porque a história era boa demais pra eles precisarem se perder em maçantes questões de método e simplesmente porque todo o mundo ia achar isso muito chato, muito babaca, que nem blog e tal. (Ah, mas antigamente era outra coisa, o sentido estava dado, a totalidade, etc, o crítico dialético vem aqui buzinar na minha orelha. Ah, é? Bom, cala a boca, e deixa eu contar a minha história. Nunca ouviu falar em suspension of disbelief? E não se preocupa que o finalzinho aí embaixo tá do jeitinho que você queria, Lukács.)

Este homem, ele ainda saltita pelo campo de centeio.
Afinal, eles vão ter alguma coisa pra contar que não sejam as desventuras de sua vida pequeno-burguesa de outrora. Eles vão falar sobre essa grande explosão e de como eles salvaram o mundo, mesmo que a verdade (é, a verdade...) seja que eles só tenham sobrevivido à droga da explosão, de cagados que eles eram. E todo o mundo vai pagar pau. E isso é Literatura. E História também, com movimento dialético e o escambau.
A volta do camarada, Algarve nunca mais

"Por aí, dei umas voltas; a pé, carro, trem, bicicleta. Algumas vezes navio."
"E pra onde vc foi, camarada?"
"Por aí, rodei algumas cidades: São Paulo, Araraquara, Bauru, Oswaldo Cruz, Marsilac e daí fui pra Algarve: grande cidade, lá dei umas voltas de bicicleta, sobretudo."
"E por que voltaste?"
"Acabou o dinheiro do google adsense, acabou o 'patrocínio'."
"Ah..."
Momento Reinaldo Azevedo: "A minha vida. A vida de um homem".
Uma breve reflexão para os jovens estudantes
"Aqueles que semeiam o trigo, colhem a tempestade, embora um fenômeno natural não possa ser ocasionado por um evento de cunho agrário, se for essa a terminologia correta. A não ser, lógico, quando falamos em terremotos, os quais podem, sim, ser ocasionados por sementes gigantes capazes de moverem placas tectônicas, o que, como não poderia deixar de ser, ainda não aconteceu. Quer dizer, pelo menos há uma pequena possibilidade, que envolveria a produção de frutos gigantescos e... é... err... bem...ok, na verdade, não há possibilidade alguma. Fiquemos com o sentido metafórico então, tomando certas liberdades de interpretação? Se sim, fico contente".
É fofo esse blog
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Um blog fofo
Depois de trocar os livros pelos blogs definitavemente, uma coisa que eu reparei é que, por mais que fizéssemos braço de ferro com a Natureza, somos um blog fofo, em comparação com outros meninos e meninas tão pretensiosos quanto nós.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
TETÉIA DA SEMANA

Lou Diamond Phillips: A Volta do Progressista

domingo, 18 de novembro de 2007
TETÉIA DA SEMANA FAKE



sábado, 17 de novembro de 2007
Como se refinar (madrugada adentro)
Restringir seu gosto aos favoritos, preferencialmente filmes pouco citados e p&b, e autores canônicos mas ofuscados por highlights como Homero, Shakespeare, etc. Mas, sobretudo, restringir seu vocabulário, o que também equivale a granjear uma poética e eventualmente uma ontologia, uma metafísica, whatever.
Como em blogs refinados
Eu sou uma ameaça. Eu sou fino.
(Mas amanhã o Camarada Progressista retorna, ah, ele retorna.)
3º dia e meio
Dois gestos lançariam o Fomos ao Cinema de vez à mera categoria de blog, que eu nem mais poderia me referir a nós mesmos como o Fomos ao Cinema, já não haveria estatura pra isso. A saber: a indicação de um outro blog, por exemplo, o portuga Estado Civil, e eu contar alguma coisa de muito pessoal a meu respeito, por exemplo, dizer que eu tenho prisão de ventre. Não preciso dizer que não farei nem uma coisa nem outra.
3º dia
Hoje eu acordei bem. Ontem, também. Em geral, eu sempre acordo bem, até pra trabalhar. Eu devo ser louco. Eu acordo e lavo o rosto, bem lavado. Quer dizer, às vezes, eu esqueço de lavar o rosto, né? Mas só às vezes, que ninguém é de ferro, gente. Mas aí eu lembro e vou e lavo. Aí eu tomo café. Hoje eu tomei café, por exemplo. E tem café, tem leite, tem pão, tem manteiga (quer dizer, não é Manteiga, é margarina com manteiga; mix, sabe? supergostoso!). E tem bolacha, tem suco, tem tudo. Tipo, feriado ou sábado, que nem hoje, eu fico aqui de boa, blogando, de pijama. O bom do feriado e do sábado é que a gente não trabalha, né? A gente descansa, ufa! Mas tem gente que não, também. Gente que trabalha até de sábado e feriado, aquela correria. A vida da gente é maluca mesmo.
Mas então, eu queria contar mesmo é que eu tô pra conhecer uma mina, olha, que tem tudo pra dar certo. Depois de tantos percalços... Então, vocês me desejem sorte, beleza?
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Sexta-Feira, vem cá!
Esqueci de dizer: só sou eu esses dias. Camarada Progressista viajou pra Shangri-la, volta na segunda; e o Camarada Moderado, bom, ele tá firme. Quatro dias isolado, portanto. Um homem pode enlouquecer desse jeito. Tom Hanks conversava com uma bola de vôlei. Vocês são a minha bola de vôlei.
Por influência de blogues de universitários de Jornalismo, essa gente vislumbrada e por isso mesmo cheia de energia, preencherei o vazio criativo causado pela ausência dos camaradas postando textos curtinhos, sobre coisas descoladas, do tipo "só estou escrevendo sobre o que eu senti", mea culpa tradicional que já te prepara pra um monte de groselha, e da pior, porque o sujeito tem que ter uma subjetividade que se garanta como objetividade pelo menos no caso dos moleques começarem a gritar iééé-iééé, vai deixar? vai deixar?. E vou até postar mais de uma vez ao dia.
Podia também postar textos curtinhos sobre coisas com relevância social, que também faz parte, mas a minha sacolinha de consciência social and stuffs anda vazia, preciso ir mais ao shopping ver a molecada se divertindo no farol.
Ó, gente, mas é só temporariamente que o Fomos ao Cinema vai ficar parecendo um blogue mesmo, que eu vou até chamar ele de blog só. Depois, volta tudo ao normal, e vocês fingem que a gente nunca deixou de ser um site wannabe. Ai, já são tantas as concessões...
Fala que eu te escuto
Cinco coisas que eu gosto e que me deixam mal diante de gente cínica wannabe, universitários leitores de Clarice Lispector e o populacho blasé em geral, aleatoriamente listadas:
- o vídeo do filtro solar;
- Terra dos Homens, de Antoine Saint-Exupéry;
- Melhor é Impossível (e entre os meus 10 mais);
- balanços sobre a vida aos vinte e poucos anos, com questionamentos precoces sobre se eu me tornei um homem de caráter, em conversas estilo filme do Win Wenders, com longas pausas meditativas e, principalmente, paciência do interlocutor com as mesmas, mas em enquadramentos à Edward Hooper frustrados por uma mesa cheia de adolescentes que estudam no Dante Aleghieri, tirando fotos uns dos outros com o celular;
- minas paty.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Tem o Pelé e tem o Edson
Porque a obra, mesmo não sendo muito inteligente, é sempre mais inteligente que o autor:
“Quem é o capitão Nascimento no filme? É um sujeito que dedicou sua vida à tropa de elite. Passou sua vida justificando para si mesmo a violência que perpetra nas favelas. Ele está vendo que a dedicação que teve foi equivocada e não se sustenta numa sociedade civilizada. O filme mostra isso, apresentando o personagem com síndrome de pânico, que não consegue sustentar a realidade na qual apostou ou conciliar uma vida em família com a mulher e o filho, é um personagem angustiado”.
(José Padilha, diretor de Tropa de Elite.)
Burro. Capitão Nascimento não tem conflito nenhum. Fora ter de ouvir a ladainha da esposa, não há outro motivo pra ele querer largar o BOPE.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Traduções do Progressista

The Killers - Mr. Brightside
I'm coming out of my cage
And I’ve been doing just fine
Gotta gotta gotta be down
Because I want it all
It started out with a kiss
How did it end up like this
It was only a kiss, it was only a kiss
Now I’m falling asleep
And she’s calling a cab
While he’s having a smoke
And she’s taking a drag
Now they’re going to bed
And my stomach is sick
And it’s all in my head
But she’s touching his—chest
Now, he takes off her dress
Now, let me go
I just can’t look its killing me
And taking control
Swimming through sick lullabies
Choking on your alibis
But it’s just the price I pay
Destiny is calling me
Open up my eager eyes
Cause I’m Mr Brightside
Os Matadores - Mano Lado Bão
Eu estou saindo da minha cela, prisão, gaiola, use a palavra de sua preferência, todas usadas como metáforas para aprisionamentos psicológicos, logicamente
E eu estava me saindo muito bem
Tenho, tenho, tenho de ir com tudo
Por que eu quero o bagulho todo
Tudo começou com um beijo
Como é que foi terminar desse jeito?
Foi somente um beijo, foi somente um beijo
Agora eu tô caindo de sono
E tipo, ela tá chamado um taxi aí
Enquanto o maluquinho puxa um fuminho
E ela toma um ar básico, sabe como é
Agora, tipo, tirem os menores da sala: eles estão indo para a caminha fazer coisa feia
E o meu estômago está ardendo, tipo enjoado, saca?
E está tudo na minha cabeça
Mas ela está tocando o peito do jão agora
Ok, agora fica pesado: ele tira o vestido dela (safado)
Agora, deixe-me ir embora
Eu não posso olhar o bagulho não, está me matando por dentro
E tomando o controle
(agora vai pro refrão. Tomando fôlego, ai vai:)
Ciumento, transformando santos em mares, oceanos e outras metáforas aquáticas (corno)
Nadando por entre canções de ninar doentias (corno)
Engasgado com os seus alibis (corno)
Mas, pô meu, esse é o preço que se paga, tá ligado? (corno)
O Destino clama por mim(corno)
Abrindo os meus olhos ávidos (corno)
Por que eu sou o Mano Lado Bão (CORNO!)
Eu nunca... (repetir o bagulho 245 vezes. Qual a idéia por trás da repetição dessa sentença incompleta? Simples. Mais ou menos, é como se ele dissesse que "eu nunca imaginei que você seria capaz de colocar um par de chifres na minha cabeça, logo você que para mim era a verdadeira divindade.)
Pronto. Lindo mesmo. Mais em breve, rapaziada esperta e boa de praia (?????).
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
TETÉIA DA SEMANA

sábado, 10 de novembro de 2007
Ed Wood's fiction: Uma história de sucesso
Joe Fratelli e Rihanna se casaram em Las Vegas, como nos filmes. Também, com esses nomes, não podia ser diferente. Joe Fratelli não perdeu tempo e tratou de fazer um filho em Rihanna, que, apesar de ser coxa, era uma beleza.
Moravam em Marsilac, São Paulo. Rihanna era manicura e Joe Fratelli vivia de biscates. Um dia, acabou se metendo em negócios espúrios. Chorando, disse pros coxinha que um primo dele tinha arranjado o serviço e que ele não sabia o que é que tinha na caçamba. Como não adiantou o da cerveja, tomou cacetada pra ficar esperto. Por falta de provas, foi liberado e saiu contando vantagem pra rapaziada.
O moleque nasceu. Rihanna sorriu pra Fratelli, que fez uma churrascada olímpica pra comemorar, e naquele momento eles achavam que eram as pessoas mais felizes do mundo inteiro. Isso até descobrirem que o moleque era a cara do Escobar, truta firmezinha do futebol de quarta-feira. Como Fratelli era escocês, o fato da criança não ser cabeluda só piorou o lado de Rihanna.Sem dizer que o lance todo era incrivelmente noveleiro, mas pré-Projac, o que Rihanna, muito dissimulada, fez notar. Fratelli não entendeu, como sempre, a espirituosidade da adúltera e meteu a mão na cara da safada pra ela largar de ser besta.
A vizinhança, silvícolas corrompidos pelo homem branco e agora prisioneiros do vício da maconha e do YouTube, munidos de um celular com uma câmera de 3.0 megapixels, filmaram e fizeram upload da coisa toda. Assim, Fratelli acabou atrás das grades novamente; só que, agora, com 3000 acessos de prova que ele tinha realmente sentado a mão na cara da mulher. E pior: foi cair justo nas mãos dos mesmos policiais corruptos (frustrados por terem sido transferidos pra uma delegacia da mulher) que o tinham soltado muito a contragosto da outra vez e que aproveitaram pra compensar nessa.
Liberta do opressor, Rihanna deixou o filho - que batizaram de Elvis da Conceição - com a mãe e, com o dinheiro da venda da caminhonete de Joe Fratelli, se mandou pros States. Lá foi descoberta por Timbaland, que a viu contar sua trajetória de sofrimento e superação na Oprah.
Hoje, ela metaforiza sua emancipação em canções intimistas que falam de guarda-chuvas.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Ed Wood's fiction: Try a little tenderness
Olive Hoover tem nove anos de idade e quer vencer o Pequena Miss Sunshine, um concurso de beleza infantil organizado pelo cineasta indie Gus Van Sant no interior da Califórnia. Para realizar o sonho da baixinha, os Hoover (pai, mãe, irmão, tio gay suicida e avô junkie) topam participar de um reality show da MTV, As Quebradeiras. As Quebradeiras são seis minas superbaladeiras e cheias de atitude que vão ensinar o verdadeiro significado da felicidade para a família Hoover.
No inicío, muita curtição, muita pegação, mas uma surpresa bem desagradável está por vir. Quando, após ser preso numa ação comandada pelo Capitão Nascimento numa balada em Campinas, o vovô morre, de causas desconhecidas, Dwayne, desiludido, desiste de entrar pro Bope e acaba surtando. Sensibilizadas, as Quebradeiras o levam pra pular da tirolesa. Mas Dwayne interpreta mal a boa vontade de Erika, força uns amassos, e o clima fica pesado. Mas tudo volta ao normal quando Larissa pergunta o que quer dizer “polidactilia”, e ninguém sabe responder, daí todo o mundo cai na gargalhada.Nesse meio-tempo, Olive aprende um ou dois truques com Vanessa para se dar bem na passarela. Mas a coisa fica realmente divertida quando J. T. LeRoy, convidado por Gus Van Sant para ser um dos jurados da competição, vem cumprimentar a pequena Olive e lhe dizer que realmente não importa quem vence, mas o que o ser humano é em seu interior. As meninas insistem, e ele aceita bater uma foto sem os óculos escuros. Mas, arrependido, toma a câmera da mão de Vanessa, e daí a confusão. Olive começa a chorar, o que deixa as Quebradeiras furiosas. Vendo a situação engrossar pro seu lado, LeRoy sai correndo, mas tropeça, cai de boca e quebra o nariz.
Apesar do processo movido pelo escritor, a temporada termina em alto astral, com todo o mundo cantando Try a Little Tenderness, do velho Otis Redding, puxada pela Camile, no caminho de volta pra casa. Vocês conhecem a letra?
“[This is for you] Ooh she may be weary
And them young girls they do get weary
Wearing that same old shaggy dress
But when they get weary
[You gotta] try a little tenderness
[Tell you, might not believe it, but]
You know she's waiting
Just anticipating
The thing that she'll never, never, possess, no, no
But while [all the time] she's without it
Go to her and try just a little bit of tenderness
[That’s all you gentlemen gotta do]
Oh, but its one thing
It might be a bit sentimental yeah, yeah
She has – her greaves and care
But the soft words [they] are spoken so gentle
But, oh, that makes it, makes it easier to bear, yeah
You wont regret it
No, no,
Them young girls they don’t forget it
[Cause] Love is their whole, whole happiness Yes, yes, yeah
And it’s all so easy
Come on and try
Try a little tenderness
Yeah try
Just keep on trying
You've got to love her
Squeeze her
Don't tease her Make love [Get to her]
Hold her tight
Just, just try a little tenderness
That’s all you gotta do
You’ve gotta hold her tight
One more time
You’ve got to love her hold her
Don't tease her
Never leave her
Make love to her
Hold her, man
Try a little tenderness
[Just one time] God have mercy now”
Heroes, The Office e a greve dos roteiristas


segunda-feira, 5 de novembro de 2007
TETÉIA DA SEMANA

Ex-integrante da banda indie Belle & Sebastian, que fez um baita barulho no início da década, e hoje empreendendo uma digna carreira solo. Isobel entrou na banda depois de um breve romance com o fundador, Stuart Murdoch, e participou da banda desde o início das atividades, em 1996 (tinha parcos 20 anos na época) até 2002, quando saiu por motivos pessoais, formando uma outra banda chamada Gentle Waves que durou dois discos, e depois, ai sim, produzindo discos solos, inclusive lançado um álbum com o cachaceiro mor do grunge Mark Lanegan, ex-Screaming Threes e membro honorário do Queens of The Stone Age. Ela chegou a vir para o Brasil com o Belle & Sebastian, lembro dela até no programa do mala do Jô Soares entrevistando a banda, e ela quieta, com a famosa cara de "como fala esse gordo chato!". Ela era, junto com os dois Stuarts, Murdoch e Davis (esse também saiu da banda recentemente) a porta-voz da banda. Pena que hoje em dia, sem Isobel e Davis, ninguém se lembra mais que o Belle & Sebastian existe. Mas da senhorita Campbell, não nos esquecemos. Como poderíamos?
Woody Allen, Godard e o American Pie



sábado, 3 de novembro de 2007
Camarada Fundamentalista escorregando no tomate
As pessoas não acreditam que eu sou romântico, elas riem quando eu digo que sou carinhoso. Pra ser sincero, não entendo por que tanto ceticismo a meu respeito. É o fundamentalismo? É o esnobismo fake? Ou só porque eu escrevo que não gosto de fã do Chico Buarque?
Chega uma hora em que todo homem cede e admite que é fraco, de alguma maneira fraco. Acho que a minha vez chegou. Porque vocês aprenderam muito de mim. Vocês ouviram muitas coisas a respeito do amor e das mulheres, coisas que por força do medo, da ignorância ou da má-fé das pessoas costumam ser caladas. Mas mesmo um mestre como eu, um Sócrates no amor, mais cedo ou mais tarde, há que se confessar limitado, possivelmente ignorante. Até mesmo, estúpido. Mas qual seria a minha estupidez no amor, a minha estupidez acerca das mulheres? Eu vou lhes contar.
Tem a ver com Edward Hopper. Vocês sabem, aquele pintor norte-americano, que, por causa de Paris, Texas, do Win Wenders, acabou caindo nas graças da molecadinha. Eu podia me gabar, dizendo que já gostava de Edward Hopper antes de ter assistido Paris, Texas. Mas seria medíocre, seria desnecessário; além do mais, gostar de Edward Hopper, pelo que eu sei, não é lá muito highbrow.
De qualquer forma, é a pintura de Hopper que alimenta as minhas maiores ilusões em relação às mulheres. Daquelas ilusões que fazem John Wayne corar. Contemplar uma de suas telas me faz suspender, momentânea e inadvertidamente, minha misoginia aguçada, criada a leite e ovos. Talvez eu devesse parar por aqui. Já me expus o bastante. Mas não, prossigamos.Outro dia eu estava olhando pra New York Movie (1939).
E comecei a imaginar que talvez esta moça gostasse de assistir Charlie Brown, não porque o Snoopy era uma gracinha; que talvez ela já tivesse visto Persona mais vezes do que eu, mas sem essa história de se identificar com a Elisabeth ou com a Alma, uma distinção extremamente duvidosa; que talvez ela só gostasse de sentar num banco de praça e ver as nuvens e as pessoas passarem. Mas aí, quando você começa a tecer idílios em bancos de praça, que fica até parecendo poema do Manuel Bandeira, é que a coisa tá feia; aí, você sabe que está perdendo o juízo, que está querendo ser lírico, quando não tem um pingo de lírica no seu coeficiente de gênio. E o contra-senso se revela como tal: uma mulher que seria, tipo, um homem. E aí eu achei que a coisa tava ficando muito esquisita, parei e fui assistir as Quebradeiras, na MTV.