
O otimismo e a simbologia redentora da data, tão explorada por inúmeros filmes, livros e o escambau e que encontram sua melhor representação nas gloriosas obras de um Frank Capra da vida, esse homem que era até um certo ponto ingênuo no seu inverterado otimismo, e pelo qual todos agradeceram de joelhos no pior momento da história da humanidade; os esforços obstinados de um Godard, para quem o Natal significaria o ideal comunista-igualitário representado pela vermelhidão socialista de um Papai Noel da vida, cuja imagem imortalizada para o mundo, do velinho barbudo, bonachão e gordinho, seria nada mais, nada menos, do que uma alegoria com o alemão mais bonzinho e utópico de todos, Karl
Marx (e o bônus: seria Engels uma das renas?) ; uma análise completa das cartas de Natal enviadas por Jean Paul Sartre, um homem de idéias, existencialismos e panetones (que baita cozinheira era aquela Simone de Beauvoir!); os filmes de um Ernest, criadores de uma das maiores mitologias natalinas da nossa era (Ernest vai ao Acampamento e o escambau); os melhores filmes de Natal já feitos, e aqueles que nós gonzonicamente juramos pelas suas existências; a solidão que por vezes caracteriza o 25 de Dezembro, exposta pelas trágicas obras de um Tim Allen, o maior comediante de ferramentas da história da humanidade e com uma visão de tal alcance que lhe permite enxergar essa época como o matadouro de todas as esperanças, a antítese Capriana na sua máxima expressão; o Natal tropical, quando tentamos fingir que neva em São Paulo para não ficarmos de fora da festa; e muito, muito mais. Preparem a ceia e reservem três lugares para os Camaradas, lógico, e vê se não economiza nesse tender não, em, jão? It's A Wonderful Life, apesar de todos os pesares.

Vocês são ótimos, camaradas. "Existencialismos e panetones", céus, vocês me matam. Adooooro.
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