sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Cinema - Estréias da Semana

Ultimato Bourne - Diretor: Paul Greengrass; Elenco: Matt Damon, Julia Stiles, David Strathairn
Terceiro e (aparentemente) último empreendimento cinematográfico do espião mais nerd e leso do mundo pós-guerra fria, Bourne, que foi criado pelo escritor Robert "Sou muito melhor que o Tom Clancy" Ludlum. Os outros dois filmes foram sucessos de crítica e público, e com esse o furor aumentou ainda mais, com o filme sendo elogiadíssimo pelos críticos e estourando a banca das bilheterias estadunidenses, desbancando o filme dos Simpsons. Eu nunca fui fã de filmes de espionagem, nem dos que não se levam a sério como os Bonds da vida (zoei agora) nem dos esforços mais sérios e focados na realidade, como as aventuras do Jason Bourne; Mas seria estupidez de minha parte reprovar esse filme, já que o Matt Damon é um ator competente e o Paul Greengrass é um diretor talentoso. Se você for tarado por filmes que envolvam conspirações governamentais, traições em altos-escalões e perseguições envolvendo algumas das cidades mais belas do mundo (aparentemente o Bourne só quer saber de fugir para lugares classudos, ao invés de ir para cidades feias e poerentas), esse é o melhor que você poderia conseguir, jão.

O Grande Chefe - Diretor: Lars "ZZZZZZZZZZZ" Von Trier; Elenco: um monte de nomes dinamarqueses, acho que tinha um Laudrup no meio, não, perai.... não, não tinha.
Imaginem a série The Office, tanto a versão inglesa quanto a americana. Imaginaram? Ok. Agora, imaginem o diretor dinamarquês Lars Von Trier, um dos criadores do finado(será?) movimento Dogma 95, que pregava a destruição do cinema, ops, quer dizer, pregava filmes que não se utilizassem de trilhas sonoras, cenários elaborados e tudo o que remetesse ao, segundo eles, pomposo e inadquado cinema hollywoodiano. Lembrem-se dos filmes anteriores do diretor, Dançando no Escuro, Dogville e Manderlay, da Bjork andando pra lá e pra cá com um lenço na cabeça, da Nicole Kidman virando escrava de uma cidadezinha com 20 habitantes, da filha favorita do Ron Howard, Bryce Dallas, interpretanto a mesma personagem da Kidman no filme seguinte mesmo sendo 10 anos mais nova.. Lembraram? Bom, agora vamos lá, é bem simples: imaginem o The Office, com toda a idéia da comédia preservada, jogado no meio do mundo concebido por Trier para as suas películas. Se a idéia soou absurdamente indigesta para você, então faça o favor de passar bem longe das duas ou três salas que exibirão o filme. Agora, se você ficou interessado, se você pensou, "nossa, toda a subversão e nilismo do Trier jogados num ambiente corporativo dinamarquês? Tô nessa!", eu só te digo uma coisa: boa sorte, se divirta, e faça-me um favor, fique bem longe de mim.


Possuídos - Diretor: William Friedkin; Elenco: Ashley Judd, Michael Shannon, Harry Connick Jr.
Filmeco de suspense que, como todos os filmes estrelados pela Ashley Judd, serve de mero pretexto para ela aparecer pelada em cenas tórridas de sexo. Nem a presença do William Friedkin, diretor do Operação França e do Exorcista, consegue livrar a cara. O que não é de se surpreender, Friedkin é um egocêntrico que jogou a carreira no lixo depois do sucesso nos anos 70. Mas o mais inacreditável nesse filme não é o fato de uma infestação de insetos ser o mote do filme. A "história" versa sobre uma mulher solitária que, aterrorizada pelo fato de seu ex-marido bêbado e violento ter saído da prisão, acaba unindo-se com um veterano de guerra num motel abandonado e assombrado, dando começo ao risível ataque dos insetos. O que nisso tudo é realmente inacreditável? É quem eles escolheram para interpretar o bebum e violento marido. Algum dos irmãos Baldwin? Não. O Vin Diesel? Não. O The Rock? Não. O Kevin Bacon? Não. Eles escolheram para o papel o Harry Connick Jr. Sério. O HARRY CONNICK JR. Só faltou ele bater na Ashley de terno e cantando As Time Goes By. Não dá, é sério, são de causar úlcera esses produtores hollywoodianos. Quer saber? O Lars Von Trier tá certo. Ele é um mala, mas tá certo nessa.

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