quarta-feira, 18 de julho de 2007

Audrey Tautou, Claire Danes e a minha ex-namorada

Audrey Tautou lembra uma ex-namorada minha. A Audrey Tautou e a Claire Danes. Não, não é gracejo. O Camarada Progressista pode confirmá-lo. Ele, que testemunhou as terríveis conseqüências dessas semelhanças (imaginárias ou não é algo que não vem ao caso) que eu acho.

Ainda hoje essa associação se estabelece na minha cabeça. Muito tempo depois de tudo haver sido resolvido e sepultado, devidamente sepultado. E, assim, nesses dias em que desespero, atrás do que dizer, me calhou de finalmente perguntar pelo que faz essa ex minha, Audrey Tautou e Claire Danes ocuparem o mesmo espaço numa ordem classificatória implícita em minha mente tão reconhecidamente aristotélica.

E a resposta é simples e imediata, intuitivamente alcançada: todas as três são dessa espécie muito peculiar das moças sem sal. (E aqui cabe uma confissão: tenho uma queda por moças sem sal.) Note que eu disse "moças", e não "mulheres", já que, por causa desse meu romantismo de boteco, não existem mulheres sem sal. Ou têm um "algo mais", ou ainda não chegaram a ser mulheres. Simples assim. E enquanto não me deparo com a mulher que há de me acertar em cheio, vou me enredando com mocinhas sem sal, tão assim meio termo, mas inegavelmente agradabilíssimas.

E o que é uma moça sem sal, assim, na minha visão das coisas, pra que fique claro por que, afinal de contas, a pobre da Audrey Tautou é assim, tão repentinamente, enquadrada ao lado da sonolenta Claire Danes? Bom, sabe alguém que não te desperta grandes sanhas, que não oferece nenhum tipo de oposição ou conflito; alguém que é pura e simplesmente adequada, pertinente; que não mexe com você, nem para o bem, nem para o mal; que, se um dia te tirar do sério, vai ser justamente por nunca te tirar do sério; alguém, enfim, que dá vontade de sacudir, até ficar toda descabelada, e se não acontecer nada, partir pra porrada mesmo, pra ver se ela acorda? (Como vêem, a questão é bem pessoal.) Pois então, eis aí minha tipologia da moça sem sal.

Agora, vão assistir a Garota da Vitrine (Shopgirl) e me digam se a Claire Danes não é desse tipo. Quanto a Audrey... Ô, Audrey, lembram-se dela naquele fime, Albergue Espanhol (L'Auberge Espagnole)? Nunca vi melhor caracterização. De fato, é a moça sem sal paradigmática, que é romantizada, por sua vez, em Amélie Poulain. Quem diria, né? A mulherada toda (se meninota, moça ou mulher, não sei) se identifica com uma moça sem sal! Todas acham que são Amélie! Pois não é que o encanto de uma sem sal é inegável? Se nem a mulherada resistiu, como resistiria eu?

E, pra finalizar, se ainda não se convenceram, vejam a descrição dessa comunidade do Orkut, que não é outra coisa senão uma perspectiva feminina diante do fenômeno (uma perspectiva amarga, é verdade; mas é que as mulheres são assim... - ah, me desculpem o meu sexismo: é involuntário!), e prestem atenção na parte "O pior de tudo é quando o seu carinha te troca por uma...":

Um comentário:

  1. eu só espero que tu não tenha ido às vias de fato, no que remete à violência pra acordar, hehehehehehe...
    com certeza não sou sem sal.... tô mais pra feijoada com pé de porco e tudo mais... e o pior é vcs preferem as sem sal, pois é mais seguro... mulher escandalosa pode não ser confiável...

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