Tenho uma sensação torrencialmente clara na minha mente. Sinto que, toda vez que for escrever um texto para o blog, acabarei, uma hora ou outra, fazendo alguma referência a Lindsay Lohan, por pura força de hábito, tanto ao escrever, quanto situando ela no meio do texto que estiver elaborando. Lógico que esse medo (se é que poderia-se chamar assim) é infundado, afinal estaria me subestimando se achasse que seria incapaz de poder separar situações e contextos dentro do tempo (o Camarada Fundamentalista nunca terá esse problema, pois para ele o passado é coisa de cavalo açoitado. Acho que já falei isso, né?). Mas a mente, há, essa gozadora nata, sempre pronta para jogar na nossa cara todas as nossas limitações e estultices, acaba ela criando um fantasma, grande o suficiente para me fazer temer por uma possível situação de insanidade literária, que acometeu tantos mestres do ofício das palavras, como um Hemingway da vida, vencido e derrotado pelas paranóias que saíram o mundo ficcional criado por ele e juntaram-se aos pensamentos turvos de um já normalmente corrompido depressivo.
Dizem vocês, como ele ousa usar um Ernest Hemingway para tentar contextualizar os seus medos banais e ridículos, um blogueiro achando que tem na Lindsay Lohan um fantasma literário, como se os seus textos fossem algo além de lixo virtual para corpos sem faces divertirem-se superficialmente por alguns segundos? E se esse raciocínio que eu criei para tentar exemplificar um suposto pensamento de vocês em relação a mim ao me verem citando o Ernest Hemingway ficou longo demais, vocês provavelmente devem estar dizendo que eu fugi do assunto que estava tratando para fazer uso de joguinhos retóricos com o intuito peverso de confundir e alienar vocês, tirando a atenção do núcleo real do problema. Provavelmente deve ser verdade mesmo.
Então, voltando ao ponto inicial, eu acho que terei de passar por toda uma reeducação para poder escrever aqui sem nem relacionar os temas dos meus escritos com a Lindsay Lohan, provavelmente terei até de passar num psiquiatra da vida para livrar-me desse direcionamento automático da mente. Um fantasminha ruivo a me afrontar, como se dizesse para mim: "quer dizer que vocês me jogaram num canto qualquer para nunca mais nem olharem para mim? Não era eu a estrela das suas palavras majestosas? O que fizeram de mim agora? Um retrato como o de Dorian Gray, a se corroer e diluir dentro da ação inexorável do tempo? Justo eu, ó, pobrezinha de mim, que nem maldades sou capaz de fazer?". Cala a boca, assombração perva dos infernos! Afaste-te desta mente sã, leve para longe o teu espectro fantasmagórico e as tuas frontes romanescas para outros perdidos que tão vilmente cairão sobrepujados por ti! É o que eu digo para mim. Eis, então, que tiro de uma afirmação subjetiva um clamor por uma verdade que, seja esse o caso por mim desejado, não mais estará lá.
Dizem vocês, como ele ousa usar um Ernest Hemingway para tentar contextualizar os seus medos banais e ridículos, um blogueiro achando que tem na Lindsay Lohan um fantasma literário, como se os seus textos fossem algo além de lixo virtual para corpos sem faces divertirem-se superficialmente por alguns segundos? E se esse raciocínio que eu criei para tentar exemplificar um suposto pensamento de vocês em relação a mim ao me verem citando o Ernest Hemingway ficou longo demais, vocês provavelmente devem estar dizendo que eu fugi do assunto que estava tratando para fazer uso de joguinhos retóricos com o intuito peverso de confundir e alienar vocês, tirando a atenção do núcleo real do problema. Provavelmente deve ser verdade mesmo.
Então, voltando ao ponto inicial, eu acho que terei de passar por toda uma reeducação para poder escrever aqui sem nem relacionar os temas dos meus escritos com a Lindsay Lohan, provavelmente terei até de passar num psiquiatra da vida para livrar-me desse direcionamento automático da mente. Um fantasminha ruivo a me afrontar, como se dizesse para mim: "quer dizer que vocês me jogaram num canto qualquer para nunca mais nem olharem para mim? Não era eu a estrela das suas palavras majestosas? O que fizeram de mim agora? Um retrato como o de Dorian Gray, a se corroer e diluir dentro da ação inexorável do tempo? Justo eu, ó, pobrezinha de mim, que nem maldades sou capaz de fazer?". Cala a boca, assombração perva dos infernos! Afaste-te desta mente sã, leve para longe o teu espectro fantasmagórico e as tuas frontes romanescas para outros perdidos que tão vilmente cairão sobrepujados por ti! É o que eu digo para mim. Eis, então, que tiro de uma afirmação subjetiva um clamor por uma verdade que, seja esse o caso por mim desejado, não mais estará lá.
Hemingway, escritor dos mil dias de agonia.
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