Morreu hoje aos 89 anos o cinesta sueco Ingmar Bergman. Normalmente quando morre alguém importante no mundo do cinema e temos de dimensionar a sua obra, mentimos dizendo o máximo para fazer do sujeito uma perda realmente relevante. Mas no caso do Bergman, o bicho pega. Dizer o quê de um diretor que entregou ao mundo filmes como Morangos Silvestres, Persona, Cenas de um Casamento, Gritos e Sussurros, O Silêncio, Luz de Inverno, Fanny e Alexander, Sonata de Outono, Através do Espelho e O Sétimo Selo? Provavelmente Bergman queria equiparar a arte de fazer cinema com outra paixão sua, o Teatro, usando de uma refiinadíssima poesia visual para revelar ao seu público todos os segredos e anseios dos seus personagens. Filmes ousados, questionadores, literatos, inteligentes e tão fortes que jamais sentirão a ação do tempo. Bom, agora que temos que aguentar os Michael Bays da vida explodindo coisas a cada dois segundos, usando duas falas de roteiro pra desenvolver personagens e ainda achando isso bom cinema, fica ainda mais amarga a inevitável despedida. O Fomos ao Cinema faz um minuto de silêncio, em respeito ao mestre, e vocês aí façam também, e isso é uma ordem.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
gritos e sussurros me marcou muito!
ResponderExcluirapreciava a ousadia dele de mostrar situações fortes mas que tiveram relevância emocional!
e fanny e alexander marcaram minha infância!
agora faço os 60 segundos de silêncio!!!
...