quinta-feira, 19 de abril de 2007

moderado vs. progressista, Round 1, FIGHT!

Será que o moderado estava brincando com a gente tb? Será, será, será? Bom, usando o direito de resposta, direito esse SAGRADO E IRREVOGÁVEL nesse blog que se pretende como um livre intercâmbio de idéias, conceitos e truculências, eu digo em juízo que tenho uma visão extremamente negativa da produção cinematográfica brasileira pós-retomada, retomada essa iniciada com o horrendo Carlota Joaquina em 1994. Visão essa provocada pelo desgosto que sinto com os métodos usados pelos cineastas para poderem financiar os seus filmes, desgosto por saber que a única produtora rentável de cinema do país, a Globo Filmes, lança uns 6 filmes por ano, ou bobages dirigidas pelo Moacyr Góes (filmes do padre Marcelo Rossi e da Xuxa), ou comédias toscas e sem graça dirigidas pelo Daniel Filho (a Partilha, Se eu Fosse Você), ou novelões bregas feitos em cima de livros que teriam potencial para serem bom cinema(Zuzu Angel, Olga). Aí, restam duas alternativas: parcerias com estúdios estrangeiros, raras mas que acabaram gerando o melhor filme brasileiro da história (Cidade De Deus), ou então a roleta russa do cinema nacional, a lei de incentivo à cultura. Para cada Central do Brasil que é aprovado e financiado, temos os Paixões de Jacobina, Acquarias, Benjamins, Carandirus, Gatões de Meia Idade e cia. Os cineastas independentes que conseguem financiamento (ex, o Cheiro do Ralo) o fazem quando possuem algum astro ou conhecidos para fazer aquele lobbyzinho básico, e nos tapas nas costas daqui e nos apertos de mãos dali é que conseguem exito. Por mérito mesmo, é raríssimo, e além de tudo, temos de aguentar sempre o festival de propaganda nos filmes, as indicações estapafúrdias para o Oscar (Olga e Dois Filhos de Francisco é de fazer chorar). Mas você não deveria ter ficado bravo. Afinal, o Batismo de Sangue está sendo elogiadíssimo em todos os cantos. O cinema nacional continuará nessa toada, e não vai ser um zé ninguém como eu que mudará isso.

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