Ontem, ficamos chocados ao receber uma notícia triste e surpreendente. A dupla Sandy e Junior declarou oficialmente a sua separação depois de 17 anos de carreira. Como polaroids de uma época para sempre perdida, os dois refletiram com perfeição as angústias, agruras e anseios de uma geração, estando para a música pop brasileira como a nouvelle vague francesa esteve para o cinema moderno. Mas, como consolo, teremos a oportunidade de acompanhar de perto o surgimento de dois artistas cujos conceitos poderão preencher um vazio imenso na MPB: Sandy virará a cantora de voz, alma e personalidade que tanto sonhamos desde o dia que a Elis Regina tombou no altar dos excessos setentistas. E Júnior, multi-intrumentista de raro talento e cantor de inacreditáveis dotes vocais, poderá lapidar todo esse potencial quase infinito e se transformar numa espécie de Prince tupiniquim, ditando o ritmo da nossa música, os nossos comportamentos e criando e desfazendo a moda, além de poder continuar fazendo belas jams com o guitarrista do Sepultura, aquele barbudo lá. E que venha uma nova era na nossa música, de gente fina, elegante e sincera.
Sandy e Junior, RIP -1990-2007+
Choco-me e calo-me diante de tão surprendente notícia.
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