sexta-feira, 1 de junho de 2007

Da beleza despretensiosa de Lindsay Lohan

Holden Caufield, protagonista de O Apanhador no Campo de Centeio, dizia que um livro é bom quando, terminada a leitura, você tem vontade de pegar o telefone e ligar pro autor. O meu senso de qualidade é muito parecido com isso. Por exemplo, pra mim, uma banda é boa quando dá vontade de ser amigo dos integrantes dela e de tocar junto com eles. Principalmente, quando a própria banda passa essa idéia pra gente, de proximidade, de que a gente podia ser um deles. Quer dizer, é o meu adolescente trouxa interior falando mais alto. Mas é sério. Ele é boboca, mas não erra.
No caso da Lindsay Lohan, da beleza dela: ela não é a menina mais linda do mundo. É uma gracinha, mas não venceria qualquer concurso; dependeria muito das outras concorrentes. Na verdade, ela tem um tipo despretensioso de beleza. Sim, ela é despretensiosamente bonita. E é isso que dá, quando você assiste a um filme com ela, aquela sensação de que, apesar de Hollywood e tudo, essa menina é que nem a gente, que a gente podia encontrar ela andando pela rua. É a beldade de condomínio; a musa da casa ao lado. Em ambos os casos, sempre vai ter gente dizendo, desdenhosamente: "Ah, a menina do vizinho? Ela é bonitinha."

Mas eu sei que vocês, marmanjos, também pagaram pau pra filha do vizinho. No fim, são tão românticos quanto eu. Por isso, entendem se, quando eu faço uma pesquisa no Google sobre a Lindsay Lohan, e de 100 fotos que aparecem, 20 são dela com o seio saltando do vestido, 20 dela cheirando alguma coisa e mais 20 com ela com uma garrafa na mão, eu digo que nem o pessoal: de ilusão também se vive.

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