quinta-feira, 7 de junho de 2007

Kafka e Lohan

Extrapolo? Sim. Profano? Se artístico e sagrado coincidem, pois não. Mas a senhorita Lohan tinha muita coisa em comum com Kafka. Kafka que transformou sua vida interior em literatura.

Como sempre, aponto no texto, que é o procedimento mais idôneo e autorizado do mundo.

E mais pop que Kafka não dá, por isso não me acusem de ostentação. E pra deixar o negócio ainda mais fim-de-feira, exemplifico com a frase inicial das mais óbvias obras do tcheco. Vejam se não parece até uma linha desses tablóides que vivem ocupadíssimos com as desventuras continuadas da pobre garota.
Lá vai:

“Quando certa manhã Lindsay Lohan acordou de sonhos intranqüilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseada em um inseto monstruoso.”

E essa, dos advogados dela:

“Alguém certamente havia caluniado Lindsay L., pois uma manhã ela foi detida sem ter feito mal algum.”

Eu sei que, ao divulgar essas terríveis coincidências entre duas personalidades tão díspares, posso dar margem a todo tipo de charlatanismo místico que se vê por aí. O Camarada Progressista, por exemplo; ele seria o primeiro a dizer que tal coisa se deve ao fato de que ambos são cancerianos. Claro: Franz Kafka e Lindsay Lohan são dois miguxões, muito, muito tímidos e sensíveis, que valorizam, acima de tudo, a família. E caso encerrado.

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