A contagem regressiva continua. Enquanto a nossa querida Lindsay tenta desesperadamente ceder a todos o vícios possíveis e existentes nesse mundo, nós vamos levando em frente o mês em homenagem a ela, mesmo sabendo que uma overdose fatal ou um suícidio podem ocorrer a qualquer momento. Falarei agora do terceiro filme de Lindsay (do segundo, Sexta Feira Muito Louca, falarei mais pra frente), Confissões de uma Adolescente em Crise (Confessions of a Teenage Drama Queen), considerado o pior filme já estrelado por ela. Como os césares romanos, venho aqui para apontar o dedo e dizer: "Injustos! Desvairados!". Logicamente todos perderam o ponto. Confissões era visivelmente uma visão moderna, descolada e adolescente (parece slogan de comercial de Fanta) do classicaço-aço-aço A Malvada (All About Eve), do Joseph L. Mankiewicz e estrelado por aquela atriz que ninguém lembra, uma tal de Bette Davis aí. No clássico de 1950, uma golpista se pretende de ingênua para conquistar a amizade de uma veterana e influente artista, mostrando-se uma presença nociva na vida da mesma ao influir negativamente em todos os aspectos da vida da atriz, tanto profissionalmente quanto socialmente.
No caso do Confissões, Lola, uma mimada adolescente (papel da Lindsay no filme) muda-se para uma nova cidade e colégio e acaba entrando em atrito direto com a garota mais popular da escola, gerando uma disputa também pelo papel numa peça que a escola iria apresentar. O filme acaba colocando a personagem de Lindsay como vítima e a garota popular como vilã. Mas aí começa a genialidade não-implícita do filme. No fim, Lola acaba ganhando o papel, conquistando o Garoto roqueiro pelo qual era apaixonada e a garota popular acaba caindo em desgraça. Oras, mas o final não acabou sendo o mesmo nos dois casos, apenas diferenciando-se a visão dada pelo filme às suas personagens?
Essa é justamente, para os olhares mais atentos, a questão colocada pelo filme: a vaidade feminina e os métodos e atos que elas empregam ou não para dar vazão a esses desejos intensos de reconhecimento e veneração. O filme reflete brilhantemente as mudanças que o movimento feminista dos anos 60 provocaram nas mentes das mulheres. Afinal, Lola tinha chegado numa cidade nova, numa escola nova, que diabos ela tinha de ir querer arrumar confusão com o já estabelecido ambiente do colégio? O filme coloca essa situação sem, vejam bem o truque, que a personagem da Lindsay seja vista como oportunista e interesseira. O que era deixado às claras desde o começo no filme de 1950 é agora transformado em dissimulação, rodeios e manipulações da verdade. Hoje, a ambição feminina não precisa mais ser encontrada em aventureiras fora de sua era tentando-se colocar a frente dos fatos. Ela pode existir e conviver no âmago feminino sem necessariamente denotar uma suposta falta de caráter ou intromissõs indevidas, mas sim como um aspecto inerente ao gênero humano, e que propicia também as mulheres uma busca por um papel melhor na nossa sociedade. Então, quero aplaudir o diretor desse filme (sei lá quem é ele) e a nossa Lindsay, por ter reconhecido nesse papel um potencial que todos deixaram passar. Incautos!
No caso do Confissões, Lola, uma mimada adolescente (papel da Lindsay no filme) muda-se para uma nova cidade e colégio e acaba entrando em atrito direto com a garota mais popular da escola, gerando uma disputa também pelo papel numa peça que a escola iria apresentar. O filme acaba colocando a personagem de Lindsay como vítima e a garota popular como vilã. Mas aí começa a genialidade não-implícita do filme. No fim, Lola acaba ganhando o papel, conquistando o Garoto roqueiro pelo qual era apaixonada e a garota popular acaba caindo em desgraça. Oras, mas o final não acabou sendo o mesmo nos dois casos, apenas diferenciando-se a visão dada pelo filme às suas personagens?
Essa é justamente, para os olhares mais atentos, a questão colocada pelo filme: a vaidade feminina e os métodos e atos que elas empregam ou não para dar vazão a esses desejos intensos de reconhecimento e veneração. O filme reflete brilhantemente as mudanças que o movimento feminista dos anos 60 provocaram nas mentes das mulheres. Afinal, Lola tinha chegado numa cidade nova, numa escola nova, que diabos ela tinha de ir querer arrumar confusão com o já estabelecido ambiente do colégio? O filme coloca essa situação sem, vejam bem o truque, que a personagem da Lindsay seja vista como oportunista e interesseira. O que era deixado às claras desde o começo no filme de 1950 é agora transformado em dissimulação, rodeios e manipulações da verdade. Hoje, a ambição feminina não precisa mais ser encontrada em aventureiras fora de sua era tentando-se colocar a frente dos fatos. Ela pode existir e conviver no âmago feminino sem necessariamente denotar uma suposta falta de caráter ou intromissõs indevidas, mas sim como um aspecto inerente ao gênero humano, e que propicia também as mulheres uma busca por um papel melhor na nossa sociedade. Então, quero aplaudir o diretor desse filme (sei lá quem é ele) e a nossa Lindsay, por ter reconhecido nesse papel um potencial que todos deixaram passar. Incautos!
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