terça-feira, 26 de junho de 2007

O silêncio dos moderados

Muitos duvidaram de nós, disseram que não íamos conseguir: levar um mês inteirinho falando sobre Lindsay Lohan? Loucura! O Camarada Moderado nos advertiu de que o assunto se esgotaria rápido. No entanto, lhe apresentamos uma pauta, um planejamento, e terminamos por convencê-lo. Ainda que muito moderado, sempre foi um homem de visão - assim, deu-nos a chance de provar nosso valor. Um homem de visão, mas prudente. Deu-nos essa chance, mas não desconsiderou os riscos, a possibilidade de fracassarmos. Ficou à espera.

Mas viu que demos conta do recado, por isso silenciou nos últimos dias, abrindo espaço para nós. Digo isso porque vocês podem estar pensando: Será que o Camarada Moderado está em férias? Será que ele brigou com o Progressista e o Fundamentalista? Será que ele arregou? Será que ele não tem assistido a filmes como Habana Blues para comentá-los? Será que ele arregou?

Não, minha gente, não é nada disso. O que parecia um sonho, uma loucura, está se realizando - chegamos à última semana do Mês Lindsay Lohan, com aquela sensação de trabalho bem feito, de missão cumprida -, e o Camarada Moderado comemora conosco: à sua maneira, rende-nos um louvor, pois, renunciando à sua habitual eloqüência, muito sucinta e incisiva. Muito moderado, não rasga seda, não se desfaz em elogios freqüentemente vazios. Se algo estivesse errado, se as coisas fossem mal, se manifestaria. Mas as coisas vão bem. Por isso, seu silêncio é a honra que nos presta. E o silêncio dos moderados é o mais alto reconhecimento que podemos esperar.

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