Na Paulista: os dois cachorrinhos, um de terninho, outro de vestidinho, se apressam, desesperados, para atravessar a rua. A praça está mergulhada na escuridão. Eu passo por ela, cruzo com os cachorrinhos e penso que, se fazem uma praça dessas, é pra que a gente um dia seja atacado por um bando de vagabundos.
Eu chego em casa e vejo o diretor Philippe Barcinski e a atriz Rita Batata falando do filme Não por Acaso, que estréia essa semana nos cinemas, naquele programa Combo: Fala + Joga, e eu que tinha falado essa tarde mesmo com o Camarada Moderado sobre esse filme.
Eu assisti a Barton Fink ontem. Nele, os irmãos Coen valorizam a ambigüidade das imagens e das situações: ou seja, fazem cinema. É o melhor filme da dupla, mesmo que a multidão dos filisteus fãs de The Big Lebowski venham a encrencar com isso. É também o mais europeu dos filmes deles. Por sinal, eis um critério de qualidade para filmes americanos: quanto mais parecidos com cinema europeu, melhores. Agora, sim: podem me xingar de afrancesado pra baixo.
Nota abortiva: eu estava ouvindo Funeral, do Arcade Fire, que o Camarada Progressista me emprestou e, assim, retardatariamente, fiquei gostando da banda e achei In the Backseat uma faixa comovente.
Eu reforço: posers, olhem mais de perto, Lindsay Lohan não é só um fetiche colegial; pode vir a ser mais - um fetiche very, very classy.
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