Detesto quando as pessoas endeusam certas coisas. Não que eu não faça isso, mas atente aos limites; dificilmente eu vanglorizo demais, apenas falo, que além do meu gosto pessoal, a peça ou série ou obra tem coisas que são excelentes: seja a estética, a originalidade da abordagem, os artistas envolvidos. Enfim, aquilo pode ser chamado de obra de arte, de uma forma geral, já que além do fervor do momento tem caracterísiticas trancendentais. Um dia eu entro na questão destas características, voltemos ao discurso; concluindo, não vejo por que endeusam tanto Seinfeld e Neil Gaiman.
Seinfeld, série da década de 90, com o mote "o melhor sobre nada" mostra as aventuras de quatro amigos que vivem em Nova Yorque. A série tem seus bons momentos, algumas boas idéias, mas vendo hj - por exemplo, a quarta temporada, percebo que a maioria das piadas perderam força, as idéias eram pra aqueles tempos, contudo não deixa de ser uma boa série, mas não acho que seja completamente genial, está bem longe disso. Recomendo assistirem até a oitava temporada dos simpsons, isso é genialidade.
Agora outro deus erguido pelo povo: Neil Gaiman. Grande escritor de quadrinhos, ficou famoso pela revitalização de um personagem da década de 40, o Sandman. Neil deixou tal personagem mais sombrio, na verdade ele recriou o personagem criando junto uma nova mitologia junto dessa repaginação; os perpétuos, entidades que são tão antigas quanto o universo e cada uma representa algo, por ordem: Destino, Morte, Sonho, Desejo, Desespero, Destriução e Delírio( na versãoo em inglês todos começam com "d"). O Sandman , ao pé da letra, acabou sendo o senhor dos sonhos. Ele fez muito sucesso com as aventuras desses personagens. Nego que o escritor inglês seja ruim, mas afirmo que ele é longe de genial; as pessoas que costumam gostar e adorar tal autor só gostam dele, pois ele aproxima os quadrinhos da literatura. Este é o problema: quadrinhos são quadrinhos, literatura é literatura. São mídias, ainda que dialoguem muito, diferentes e se quiser ler quadrinhos pretendo ler algo que seja e tenha o intuito de ser quadrinhos e não outra coisa.
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