Bem, vou me defender, ainda que moderamente. Achei Zodíaco um filme chato; David Fincher, genial diretor de outros três filmes, quis mostrar que era gente grande e tinha largado sua narrativa criativa e sua estética maravilhosa.
Achei fundamental ele não vanglorizar o assassino, conforme apontado pelo Camarada Fundamentalista o tal assassino não passa de um comum, como todos aqueles que o filme foca; sim, todos aqueles são normais: nenhum serial killer minucioso; nenhum terrorista genial; nenhum criminoso cuidadoso. Nada disso, o filme trata do acaso. Às vezes as coisas não são completamente planejadas, às vezes as coisas não têm lógica, por consequência não podem ser solucionadas por um método. Quebrar um código e criar relações e teorias às vezes não leva a nada, somente no mergulho profundo na prática, eliminando - um a um, do impossível ao plausível na busca pelos fatos . Em resumo, é disto que o filme trata: o caos, o estilhaçado passado e a reconstituição dele e seus reflexos nas personagens.
Mas o diretor esqueceu do seu passado, passado elogiado, seja pela crítica e pelo público. E em nenhum time que está ganhando se mexe tanto. Espero que seja por se tratar de um filme baseado em fatos reais.
domingo, 10 de junho de 2007
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