Estive pensando por esses dias escrever sobre alguns filmes do meu coração, pra me harmonizar tematicamente com o Camarada Progressista, coisa que sempre procuro fazer, já que, freqüentemente, apontam a falta de coesão deste nosso blog.
E que coisa! Coincidentemente, assisti na semana a "A Fraternidade é Vermelha", do Kieslowski, filme citado nos dez mais do referido camarada. Assim que o DVD saltou da bandeja, corri pra registrar minhas maravilhosas e frescas impressões sobre o filme. Mas eis que minha perspicácia usual me chamou a atenção, enquanto eu digitava "A Fra-ter-ni-da-de é... Ver-me-me-me-lhaaaaaaa! Corei.
Ruborizado, me dava conta progressivamente do que, eu, precipitando-me a escrever, ia deixando passar. Vozes me assaltaram imediatamente: "Veja só, não disse que o Camarada Fundamentalista era um vermelho? Petralha! Vá fazer a revolução na casa da tua mãe, esquerdopata!"
Mas, por sorte, o notei. E eu, que sou simpatizante do anarquismo telúrico e do monarquismo cósmico, sim, repito - do anarquismo telúrico e do monarquismo cósmico -, querendo evitar mais mal-entendidos, denuncio quem é o verdadeiro vermelho entre nós:
Camarada Progressista!
Sim, pois é. Até outro dia, dissimulado, se empenhava - com uma aplicação da qual devíamos ter desconfiado - em fazer declarações que o discriminassem muito claramente como um tucano com careca e tudo. Mas era um engano, a disgusting disguise! Porque, no fim, eis que vem introduzir neste blog, subrepticiamente, suas mensagens comunas.
Bem que estranhei que ele, sempre ostentando um americanismo histérico, no que diz respeito à cinematografia - e agora vejo que era tudo, tudo cena -, viesse, do nada, colocar, entre os seus dez mais, um filme francês dirigido por um polonês! Muito União Européia pro meu gosto. Mas o sentido era outro, bem outro. Não era de um europeísmo reprimido. Pior. Era vermelho, e de um maoísmo leninista-trotskista-stalinista asqueroso! Pulha!
Em tempo, em tempo desmascaramos esse pulha! Preparemos, sim, preparemos a fogueira!
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