quarta-feira, 23 de maio de 2007

Magali, minha grafóloga

Existe uma pessoa a quem sempre peço conselhos, uma pessoa que me serve de apoio nas situações mais complicadas da minha vida: Magali, minha grafóloga.

Há tempos lhe devia esta louvação. Ficava ensaiando como fazê-lo, no entanto, até que me surgiu a idéia mais simples possível: traçar um breve perfil dessa pessoa extraordinária.

Magali se formou em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP), em 2005, especializando-se em grafologia, que, se não sabem, é a análise da personalidade pelos traços da escrita. Foi ela a pessoa que me abriu os olhos para o meu egocentrismo, que me desmacarou, por assim dizer. Lembro até hoje dela me falando assim, com a Bic em riste:

- Tá vendo essas iniciais balofas? É que tu é muito cheio de si, malucão! Parece um sapo-boi!

Ela é meio despachada mesmo. Sempre precisei desse tipo de gente perto de mim, incisiva assim. Não importa como eu chegue ao consultório dela, eufórico ou melancólico: com ela não tem meias palavras, ela não muda. É sempre "senta aí, seu sangue-nos-zóio; tá cá a caneta, escreve aí, trinta linha". Depois, ela pega o papel e fala tudinho, exatamente aquilo que eu estava precisando ouvir. É como se me lesse a alma, a danada.

E é um mulherão. Eu falo "ah, doutora, se você fosse mais velha (tem 24), casava com a senhora". Aí, daquele jeitão dela, ela diz: "Se eu fosse mais velha? Então, por que tá me atacando de senhora? Deixa de ser comédia, truta!". Claro que é só brincadeira minha e dela. Ela é muito profissional pra se envolver com um paciente. Mas ela é firmeza, 100%. Mesmo.

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